Jamais houve na história da nossa cidade madrugada mais louca que a de 2 de agosto de 1958.
O Estado ainda vivia o clima de euforia gerado pela conquista da Copa do Mundo disputada pouco antes na Suécia, quando, perto da meia-noite, uma grandiosa explosão na direção da serra do Gericinó fez iluminar todo o céu, tremer chão, rachar paredes, além de quebrar vidros, fazendo com que os moradores de Bangu e bairros adjacentes, muito assustados, abandonassem correndo suas casas, e sem saber ao certo o que estava ocorrendo, caminhassem, desesperados, com seus filhos e os poucos pertences que conseguissem amealhar, na direção oposta àquela espetacular e barulhenta tragédia.
Outras explosões logo se fizeram sentir, gerando mais comoção popular e aumentando o desespero de todos. Perguntavam entre si... Seria uma nova guerra? Uma revolução? Um acidente nuclear? Ou mesmo o fim dos tempos? Somente no dia seguinte, quando os jornais do Estado noticiaram, é que todos iriam saber. O paiol ou Depósito Central de Armamento e Munição do Exército, localizado na serra do Gericinó, Bairro de Deodoro, havia explodido.
Para que todos tenham ideia do tamanho do estrago, o complexo de Deodoro, o maior da América Latina, era formado por dez paióis e 60 depósitos de armamento bélico, com uma quantidade de armas e munições suficientes para mandar todos os bairros do Rio de Janeiro pelos ares. Foi quase isso o que ocorreu.
Contam que sepulturas foram arrasadas no cemitério de Ricardo de Albuquerque, que ficava ao lado do paiol, e restos mortais dos defuntos apareceram boiando na Praia de Ramos, distante muitos quilômetros do local, tal a dimensão do explosivo acontecimento.
O desfortúnio foi de tal forma grandioso, marcante, inesquecível para qualquer carioca que testemunhou aquela distante madrugada do ano de 1958, que permanece como o evento mais barulhento e luminoso de uma cidade naturalmente explosiva, ao ponto de, tanto eu quanto o meu irmão Rogerio Melo, ainda crianças, até hoje, lembrarmos claramente daquele catastrófico dia.
Quem mais aí ainda se lembra daquele evento?
Texto de Romario Melo.
Publicado no Acervo Rascunho
80 comentários:
Uma história assustadora!
Grato Omar Teixeira, pela visita e comentário!
Morava em Coelho Neto e passei infindáveis horas de agonia!
Tinha 4 anos de idade, morava em Magalhães de Bastos e ainda lembro da noite das primeiras explosões. O bairro foi evacuado e fomos para Realengo, para a casa de amigos. Como era muito cedo pra chegar na casa dos outros, paramos pra tomar café num boteco já em Realengo. Foi a primeira vez na vida que entrei num boteco.
O Deco tinha a mesma idade que eu. Moravamos em Magalhães Bastos na Rua Leandro Joaquim 77. Caiu granada na minha casa. Na esquina da Leandro Joaqum com a Intendente magalhães tinha uma casa de materiais de construções de um Portugues chamado Cláudio e lá caiu uma serie de morteiros em um monte da areia.Fugimos em caminhão tigre de um vizinho chamado Nelson. Ele deixou-nos na estação de trem em Cascadura. Lá pegamos um ônibus para a casa de um tio em Del Castilho.
Gente eu vi e me lembro dessa tragédia, tinha 6 anos e me recordo até hoje, morávamos em Bento Ribeiro e acordamos de madrugada com a casa tremendo e saímos do jeito que estávamos com roupas de dormir e só pegamos documentos. Lembro que caminhamos de Bento Ribeiro, até Madureira, quando chegamos encontramos as pessoas da casa que pretendíamos nos abrigar também de saída, de lá seguimos todos até Irajá... onde tínhamos amigos. Nas ruas víamos pessoas desesperadas sem entender o que acontecia, muitos pensavam que era uma guerra. Todo esse trajeto fizemos a pé... Morávamos na Rua Caiena era bem no alto e de lá jamais esqueço que vi as explosões e as labaredas pareciam que chegariam até onde estávamos.Lembro que meus pais diziam assim que parecia um lençol de fogo... Jamais esqueci...
Tinha oito anos morava em Cascadura, porém meu pai tinha sido sargento do Regimento Sampaio e havia ido para o front da Itália, na 2° Guerra Mundial. Ele nos acordou por volta de 01 h da madrugada e disse vou no telhado( morávamos no 4° andar de um prédio) ver ser é o que estou pensando que seja. Pedi para ir com ele e fomos, nunca esqueci das imagens...parecia de filmes de guerra...afinal são só 07km de Cascadura até Deodoro...tinha momentos que o céu no horizonte ficava todo vermelho e estremecia tudo... descermos e ele disse para minha mãe ( nunca esqueci)..." Vamos sair daqui porque, se esplodir o paiol "x"(não lembro qual) vai dedaperever tudo até, pelo menos, o Méier.
Morávamos lá na época.. meu saudoso pai fazia o curso da ESAO do exército.. eu tinha 6 anos e fomos retirados de madrugada em caminhões do exército
Meu nome é Sonia KUERQUES, eu tinha 8 anos, quando isto aconteceu,já residia em Nilópolis, estava dormindo, foi de madrugada, fui acordada com a cama balançando, meus pais com os quatro filhos, fugiram, fomos caminhando até o Centro de Nova Iguaçu,com roupa de dormir, e encontramos pelas ruas muita gente, com seus animais de estimação,objetos,as portas de aço dos comércios, subiam e desciam, achávamos que o mundo estava acabando.
O barulho,as cenas, nunca saíram das minhas lembranças.
Foi aterrorizante!
Fui uma testemunha ocular dessa história assustadora. Meu pai, minha mãe e meus irmãos tivemos que fugir na madrugada para casa de outros parentes no Irajá. Um fato que nunca mais vou esquecer.
É Unknow, não foi nada fácil.
Meu caro Fernando Neves, foi terrível.
É Sônia Kuerques!
Foi realmente assustador.
Quantas pessoas morreram e qual foi o prejuízo? Eu não sabia dessa explosão
Tenho 50 anos, moro em Ricardo de Albuquerque na rua Umbuzeiro e minha mãe e os mais antigos ainda comentam desse infortúnio da explosão do Paiol, terrível!
Eu morava em Senador Camará, tinha 6 anos, minha nós acordou assustada, saímos para a estação de Camará pra ir de trem para a casa de uma tia que morava em Campo Grande, a estação lotada, não tinha trem, então pasmem, fomos a pé pela Av Santa Cruz para Campo Grande, eu como criança muito me diverti kkkkkkk chegamos em Campo Grande de manhãzinha kkkkkk muito divertido.
Minha mãe nós acordou e não minha nós kkkk
Meu nome é Joecy e o começo da minha vida coincide com o dia dessa explosão! Meus pais moravam em Marechal Hermes e no momento da explosão estavam me concebendo! E, no desespero de abandonarem a casa com meus 2 irmãos pequenos, não houve tempo de minha mãe tomar as precauções caseiras habituais que, segundo ela, eram métodos contraceptivos muito efetivos.
E no dia 26 de abril de 1959, boom!! eu nasci!🙌 Essa é a história de uma pessoa que tem muito a agradecer a um evento de explosão que, literalmente, salvou a minha vida! 🔥👼💜
Minha mãe contou que tinha feito um bolo para a comemoração do meu primeiro aniversário em 2 de agosto de 1957. Ela contou que ela e meu pai e minha irmã de 4 anos, andaram comigo no colo de Guadalupe até Vaz Lobo na casa de parentes.
Obrigado com essa história eu fui saber a verdade da minha vida
Lembro desta madrugada eu meus pais e irmãos fugindo das explosões , andando a ermo, com frio. Até que amanheceu. Embarcamos num trem em Realengo e fomos para a casa de um amigo de trabalho do meu pai em Senador Camará. Tomamos café com leite integral, e bisnaga quentíssima derretendo a manteiga. Essa parte foi boa!
Tinha feito 4 anos em janeiro. Lembro bem daquela noite. Saímos de casa, eu, meu irmão com 6 anos, minha mãe e minhas tias. Saímos à pé de Rocha Miranda até Vicente de Carvalho. Nos abrigamos na casa de parentes. Depois de 2 meses teve a segunda explosão
Eu tinha 3 anos de idade e morava em Padre Miguel. Lembro-me que estava dormindo quando fui acordado com a gritaria e choradeira dos meus irmãos e minha mãe me puxou dizendo que meu pai já estava com o Reo (Caminhão do Exército onde ele servia) e ia nos levar para Campo Grande, só sei que tinha muitas famílias caminhando naquela direção e meu pai deu carona a muitas pessoas. O caminhão foi cheio. Mais tarde, já adulto é que fui entender melhor o que aconteceu.
Morava em Magé ouvi o estrondo
Me lembro bem deste evento. Tinha dez anos. Morava na Praça Seca, em Jacarepaguá a menos de um mês do ocorrido. Meu pai, ex-combatente, não se assustou. Fui o último dos oito filhos a acordar com o reboliço instaurado. Olhei por uma janela tipo basculante, vi os clarões avermelhados bem longe, não me lembro se ouvi barulhos e voltei pra cama. Não tinha ainda reconciliado o sono quando ouvi os chamados em alto tom de uma tia, que tinha vindo a pé do bairro de Valqueire. Não sei o desenrolar do que ocorreu em seguida porque consegui dormir de novo. Acho que só entendi direito o que ocorreu no dia seguinte.
Ricardo Martins
Sou Mario. Naquele fatídico dia 2 de agosto de 1958 eu iria comemorar o meu segundo ano de vida. Minha mãe conta que o bolo ficou em cima da mesa. Ela e meu pai fugiram comigo e minha irmão no colo e andaram de Guadalupe, bairro vizinho a Deodoro, até Vaz Lobo onde foram se refugiar na casa de parentes. Meus pais contaram que muitas granadas sem explodir caíram no quintal da minha casa.
Eu tinha 2 anos
Hoje moro em Realengo bem perto
Eu tinha 6 anos e morava com meus pais, irmãs e avó.
Meu pai servia no 2° Regimento de Infantaria na Vila Militar da Av.Duque de Caxias.
Morávamos no Conjunto Residencial do Exército.em Deodoro, de frente para o Paiol do Exército, na Av.Brasil.
De repente era noite, quando fomos acordados com um imenso estrondo, e numa sequência de bombas explodindo, da janela vimos uma imensa bola de fogo em nossa DIREÇÃO e saímos desesperados correndo escadaria a baixo.
Com roupas de dormir, minha mãe grávida de 8 meses, com minha avó segurando nossas mãos, e direcionadas pelo soldado da guarnição, nós orientou a corrermos no sentido centro do Rio.
As bombas caiam próximas a nós e os estilhaços também e nós agachávamos com as mãos na cabeça como se nos protegêsse de algo.
Meu pai estava na manobra do Quartel e não sabia para onde tínhamos ido.
Foi terrível...chegamos em Quentino Bocaiúva, subindo e descendo morros, com as bombas passando por nossas cabeças.
NÃO parou por aí...todo dia quase, explodia o paiol.
Dormíamos arrumados e calçados. Todas as vidraças das residéncias foram arrancadas...todos os móveis saíram do lugar as cadeiras de perna pro ar, nossa cristaleira no chão...e assim convivi com uma GUERRA sem ser uma GUERRA por 5 anos, e depois meu pai foi transferido de Quartel para o 1°REGIMENTO DE CAVALARIA DE GUARDA em S.Cristóvão e nos mudamos.
Ficamos com sequela de uma GUERRA,. mas depois o BONDOSO DEUS, curou toda nossa família.
Lembranças de um sobrevivente (rsrsrs)!
Eu tinha um pouco mais de 2 anos e era morador da Vila militar, pois o meu pai era capitão, à época. Essas são as minhas mais remotas memórias. Lembro nitidamente das vidraças tremendo e da evacuação nuns carrinhos com carroceria de madeira. Carros esses, que na Paraíba chamava-mos de "marinetes". Seriam hoje os correspondentes aos "SUVs", mas que tinham a função de transporte coletivos e assim talvez fosse mais adequada a comparação com as atuais "Vans". Sim as explosões eram imensas, mas à mim, em tão tenra idade ñ transmitinham-me medo. Inquietava-me a reação dos meus irmãos mais velhos e da minha mãe e isto posteriormente gerou discussões no seio da família pois acharam que o meu pai, um tanto "Caxias", retardou a nossa evacuação. Meus irmãos fazem referências a um segundo evento explosivo, ocorrido em outro dia posterior, porém não recordo-me de algo neste sentido.
Tinha 7 anos de idade. Hoje, com 70,toda vez que vejo um clarão no céu, sinto um desconforto terrível. Talvez porque naquele dia, ou melhor, naquela madrugada, tenha me sentido totalmente abandonado, visto que meus pais somente se preocupam com pessoas que chegavam de ônibus, esquecendo que tinha um filho totalmente desesperado..abs
Estava com com 7 anos e me lembro como se fosse hoje.
Tonho 8 anos fomos da casa de minha avó em Olinda andando até Nilópolis nos abrigar no Colégio Filgueiras que pertencia a meus tios Josué e Falares.
Tinha cinco anos, morava ao lado do paiol e lembro perfeitamente que realmente o chão tremeu, e foi apenas por algumas horas, logo voltamos para casa sem problemas; mas defuntos na praia de ramos parece mais história de telefone sem fio. Muito exagero em algumas publicações...
A mídia como sempre queria era vender jornais com suas histórias mirabolantes.
Lembro vagamente, porque, morando em Madureira e com um pouco mais de quatro anos de idade, meus pais saíram comigo e minha irmã pelas ruas do bairro, em direção rigorosamente oposta à do clarão ocasionado pela explosão. Nos abrigamos em casa de parentes. Foi sinistro...
Eu tinha 9 anos de idade, e guardo na memória meus pais me acordando para sair de casa. Residiamos em Bento Ribeiro e relembro a imagem de um grande clarão na madrugada. Uma multidão de pessoas caminhavam apressadas pela rua que residiamos. Meu pai nos colocou em um carrinho de 2 rodas e foi empurrando pois a minha avo era muito idosa e minha mãe estava de resguardo da minha irmã. Eu lembro que chorava e nesse momento que escrevo essa narrativa aos 71 anos as lagrimas retornam aos meus olhos, muita emoção. Essas poucas palavras não conseguem expor toda a realidade dramática que passamos. Lembro que 2 senhores penalizados parou o carro sem nos conhecer e nos levou para um local mais afastado onde teriamos mais segurança, sem nada sem nenhuma cobrança financeira. Que Deus os abençoem onde quer que estejam. Teria mais o que expor mais estou muito emocionado. Agradeço essa oportunidade de relatar algo que marcou minha vida.
Tinha caminhão evacuando? Meu pai era militar e depois de deixar meus irmãos na Penha, voltou para casa pois estavam saqueando as casas. Meu pai pode ficar porque era militar. Branca pelas casas... Mas transporte nunca ouvi ninguém que viveu isso falar que teve. Era uma multidão, tudo correndo até com cachorro e filhos de vizinhos.
Tinha 8 anos naquele tempo, morava em São João de Meriti, e ouvimos as explosões que foram muito fortes.
Morava lá perto e tinha somente 6 meses de idade.
Ficou gravado no meu subconsciente.
Isso ocorreu dois anos antes de eu nascer mas minha mãe contava que o ceu ficou vermelho. Eles moravam em Cascadura e minha mãe tambem quis sair de casa. Ai, meu pai que era ex militar e instrutor de morteiro 105 mm fez os calculos balisticos e disse que os projetis nao conseguiriam chegar ate ao bairro. Minha mãe disse que de madrugada, cossaram a passar uma multidão de pessoas andando pelas ruas sem rumo e de pijama. Deve ter sido aterrorizante.
Caramba... Eu tinha 6 anos e morava na Rua Frei Miguel em Realengo. Lembro-me do céu avermelhado, umas bolas de fogo ao longe, uns estrondos... Saímos de pijama, eu, minha irmã Sônia de 12, irmão Carlinhos de 14, minha mãe Noêmia, meus tios e fomos andando, andando e olhando pra trás...era uma multidão na rua, pessoas rezando, chorando. E o medo dos adultos era a Fábrica de Cartuchos, em Realengo mesmo. Resolvi hoje pesquisar e, me emocionei...
Eu tinha 4 anos morava na rua dom vital em bento Ribeiro e minha mãe estava gravida da minha irmã que nasceu em novembro,foi eu com dois irmãos mais velho para casa dos meus avôs em Rocha miranda e de lá fomos para caxias. Meu pai foi com minha mãe e minha outra irmã para casa de parentes no jantarzinho. Coisa horrível,bolas de fogo no céu,pessoas gritando pela rua dizendo que o mundo estava acabando. Triste momento aquele.
Eu me lembro bem desse dia 02, de agosto 1958 foi uma madrugada de terror tinha 8 anos morava em mesquita lá dava pra ouvir os estrondo e vê o fogo subindo foi horrível não da pra esquecer.
Ao ver hoje o desespero do povo Ucraniano,
na guerra, me vem à lembrança de forma viva as famílias deixando suas casas em busca de abrigo a cada explosão. Tinha eu 8 anos.
Não procede a narrativa de que a explosão teria arremessado restos humanos na praia de ramos. O autor do texto deve ser repórter da Globolixo!
Morava lá perto; na rua olímpico de Castro 720 em Sulacap,foi uma madrugada tensa .
José Otavio
Eu tinha nessa época 1 ano e 4 meses não lembro em si do fato! Talvez no fundo da memória! Mas sempre.ouvi dos meus pais e parentes essa historia! Morávamos em Nilopolis e foi perto ! Do que lembro que contaram que tinha um.tio motorista de caminhão de carnes fechado, levou toda família inclusive a minha para três Rios no RJ e uma tia minha perdeu um filho com o susto do fato estava grávida! Deve ter sido horrível! Naquele tempo não havia informação rápida e todos sem saber o que era aquilo! Luiz
Caramba que relato incrível, fez reativar minha memória para a época. Eu tinha 12 anos e morava em Padre Miguel e acho que ainda ainda se chamava Moça Bonita. Tal qual como foi descrito em acordamos apavorados. Acho que eram as balas ou torpedos que passavam assoviando pelo céu e os clarões das explosões como numa guerra. Todo mundo correndo para a serra com a roupa que estava dormindo. Quem vivia nesta época e vive até hoje viveu muitas emoções neste RJ e tem histórias pra contar em todos os sentidos. Geração que tem na memória um acervo incrível.
História incrível e assustadora,mais assustador mesmo, é a memória desse povo que ainda diz:"EU TINHA APENAS 2 ANOS E ME LEMBRO MUITO BEM DA EXPLOSÃO 🤣🤣🤣".Povo é d+
Eu tinha 7anos quando ouve a esplosao do paiol de Deodoro eu estudava na escola rural santa Mariana em jacare pagua eu todos os alunos assistia-mos as bolas de fogo subindo com imensas esplosao , ouvíamos falar que essas esplosoes era em Deodoro mas parecia que era em jacare pagua de tao forte era as esplosoes.
Eu nasci neste dia, minha mãe me disse que eu nasci na última explosão que se deu as cinco da manhã, por ter sido um fato muito perturbador ela não tem noção qual foi o horário do meu nascimento já que tive parto normal e em casa.
No momento da explosão estava na barriga da minha mãe aos 9 meses. Minha foi andando de Guadalupe até Irajá com minha malinha. Nasci no dia 12 de outubro bem graças a Deus!
Eu tinha 8 anos quando isto aconteceu. Morava em Madureira. Eu vi as explosões, do alto de um morrinho que tinha perto de casa. Tive uma crise de asma, me levaram para o hospital e só voltei para casa 3 dias depois, quando ainda se ouviam algumas explosões em surdina. Na parede da sala havia uma rachadura onde passavam 2 dedos e que nunca foi consertada. Não sei porque ontem à noite me lembrei de tudo que aconteceu com uma nitidez impressionante, o pai,a mãe, as explosões.... acho que algo vai acontecer.
Excelente relato. Obrigada por compartilhar.
Desculpe,mas coisas ruins ficam gravadas em nossas mentes,mesmo tendo pouca idade. Eu tinha nessa época quatro anos e não entendia o que estava acontecendo. Só me sentia apavorada achando que todos íamos morrer porque parecia uma guerra.
Depois que tudo se acalmou e estavamos seguros em Tinguá porque morávamos em Nilópolis e fugimos pra lá, meu avô descobriu o que houve e nos contou.
Adultos nós contavam detalhes e nós crianças só lembramos do terror sentido.
Tudo que realmente aconteceu era contado pelos adultos.
Só quem era criança naquela época sabe o pavor que ficamos ao ver a madrugada toda clara como dia e o barulho do estrondo das munições.
Esse acontecimento nos marcou muito. Não substime a mente de uma criança.
Deus te abençoe e que ninguém mais tenha que passar por isso.
Não é um assunto que possa ser motivo para sarcasmo ou chacota
Prezados amigos comentaristas!
Sei que as vezes fica complicado responder a todos vocês devido a demanda de perguntas.
Mas de qualquer forma fico muito honrado pela visita e pelo apoio.
Um abraço fraterno e um 2023 cheio de paz!
Eu trabalhava em um bar em Madureira, centenas de pessoas vagavam pelas ruas, com roupas de dormir, assustadas, muitas não sabiam do que fugiam. Foi o dia em que servi mais café na minha vida. O bar era ao lado do antigo mercado, onde hoje é o Império serrano. Foi, realmente, assustador
Verdade. Eu tinha 8 anos. Foi uma madrugada de terror. Morávamos ao lado cemitério(Praca de Ricardo. Só lado do paiol) minha mãe, meu irmão de 9 anos, outro irmão de 3 anos, um irmão da minha mãe, que fazia companhia, pois meu trabalhava à noite(usina da LIGHT no centro da cidade) fugimos com uma multidão, a pé, até Anchieta. Uma explosão aconteceu ali na ponte Anchieta. Que horror, bem onde estávamos aguardando para voltar para casa. Só DEUS sabe o passamos. Um caminhão tipo guincho nos levou para Olinda. Meu avô nos resgatou no dia seguinte. Gente boa essa que nos acolheu, alimentou e providenciou o contato com meu avô.
Eu morava no 500 da Olimpio de Castro em frente a Celina.
Morávamos em uns edifícios da Vila Militar
Inesquecível
Eu tinha oito anos morava na Av suburbana em Piedade, o clarão e estrondos imensos a rua estava cheia de gente correndo em direção ao Meire, finalmente as 3 da madrugada chegou minha tia e primas que moravam em Marechal Hermes
Meu nome é Paulo roberto , tenho 67 anos e , naquele dia já estávamos dormindo quando derrepente minha mãe olhou para o lado de Ricardo de Albuquerque e o céu estava todo vermelho , observamos que os militares do exército estavam pedindo que os moradores saíssem de suas casas e fossem para um local distante pois moramos até hoje no bairro Jardim água branca na beira do campo do gercinó em realengo , então arrumamos algumas cobertas e fomos em direção à santíssimo onde passamos a noite ao lado de um sítio de plantação de daquí, quando amanheceu retornamos para nossa casa , não só a nossa família, mas todos que haviam feito aquele êxodo fugindo daquela guerra .
EDMILSON - Eu tinha 11 anos, quando fui acordado de madrugada pela minha mãe, ela me falando para me vestir rápido, pensei que era para ir para a escola. Aí foi que observei o apavoramento de todos. Quando saímos para a rua, muita gente caminhando, e vi quando um velho ia andando com um quadro debaixo do braço, puxando um cachorrinho, e ele estava só de cueca ( samba-canção ). Fomos fomos a pé de Padre Miguel até.quase chegando em Campo Grande!! Foi terrível!!
Bom dia, minha mãe morava dentro do terreno da PM Sulacap. E o padre Miguel -que deu nome ao bairro - foi o padre com quem ela fez a primeira comunhão.
Eu tinha 6 anos de idade e morava em Anchieta. Me lembro bem dessas terrivel experiencia
Meu nome é Aroldo,morava na rua 13 em Guadalupe,estava com 4 anos e nos refugiamos no morro do careca,fui levado na garupa da bicicleta de minha irmão,no trajeto diversos projéteis passaram ao nosso lado,foi impressionante;um fogo intenso com explosões e lançamento de bombas.Nossa casa rachou paredes. Bombas caíram por todos os lugares. Só sei que dormi entre as pedras.Consegui dormir apesar de tudo.
Derrepente me lembrei do paiol e perguntei para o meu irmão se ainda funcionava ele falou que só tinha mato e na estrada lixo.Minha mãe até hoje conta o que passou eu com 8 meses ela correu com outras pessoas e meu pai ficou porque estavam saqueando as casas. Foi desativado mas é os pais ninguém fala nada dizem que eram 60,e ainda querem fazer um autódromo lá.Respeitem as lembranças dos que passaram por isso pode uma criança de 2 anos lembrar sim pois minha mãe hoje com 86 anos não esquece esse dia fatídico.
Correção, paiol e não pais
Minha mãe ainda mora lá, estrada do camboatá próximo ao Nacional meu irmão também Naldo filho da D. Deise minha mãe .
Morávamos em Ricardo , ao lado do cinema. Eu, meus irmãos e meus pais. Na primeira explosão, estávamos sem meu , pois trabalhava por turnos . Foi um horror. Vamos , caminhando ,com a população até a ponte de Anchieta . Quando um rojão caiu bem próximo. Foi uma gritaria e as pessoas separaram-se, crianças perdidas , um caos. Não se via nada por alguns instantes. Depois que a poeira acalmou, podemos juntar os irmãos com minha mãe. Fomos levados na carroceria de um caminhão quincho até Olinda. Ao amanhecer fomos acolhidos por uma família, que telefonou para o meu avô, que foi nós buscar. Uma noite de terror, inesquecível para todos.
Eu estava com cinco anos e meu Renato com três, nós estávamos com sarampo, morávamos em Magalhães de Bastos bairro vizinho e foi uma correria total dos moradores, meu saudoso país não queria fugir os bairos vizinhomas minha saudosa mãe quase deu uma coça nele e ele obedeceu, quando saímos para rua podíamos ver o céu para o lado de Vila militar e Deodoro se podia ver o céu sendo riscado como as explosões das bombas as ruas cheias de pessoas fugindo só de cueca, pijama, mulheres só de combinação e sultean, automóveis , caminhões passando lotados em fuga, pessoas de bicicletas, motos, carros de bombeiros e ambulâncias indo em direção a Deodoro, algo assustador, eu tinha vindo anos mas me lembro tal foi assustador o ocorrido, uma vizinha viúva de frente de nossa casa na rua Javanês, não fugiu ficamos sabendo quando voltamos para casa, minha mãe deixava roupa num grandinho que tinha atrás de casa às roupas estavam cobertas de fuligem, foi algo que eu não esqueço, fugimos a pé para serra do Barata em Realengo, eu e meu irmão cheios de febre por causa do sarampo, mas sobrevivemos graças a DEUS. Dizem que a mão de Deus não deixou que a explosão não atingisse o os depósitos onde estavam a bombas de maiores calibres, pois se tivesse atingido os bairros arredores tinham idos pelos ares, se não me engano a estação de trem de Deodoro a cobertura era igual a de Engenho de dentro e foi toda danificada que teve de ser desmontada, foi terrível, o paiol foi transferido para Paracambi, onde permanece até hoje, fossem que já houve uma explosão lá mas sem danos, fossem que lá as munições ficam armazenadas dentro morros construídos para esses fins. Esse trágico fato me marcou e eu conto quase sempre para meus filhos e pessoas mais jovem, estou com setenta anos e vivi tal ocasião e falar para pessoa que disse que apareceu vários corpos na praia de Ramos lançados pela explosão, meu amigo você pode disputar com o Pantaleão, personagem do Chico Anisio, melhor humorista que existiu, imagine como estariam os bairos mais proximos, como Magalhães, Vila Militar, Realengo,Guadalupe, Ricardo de Albuquerque e outros, a explosão se tivesse atingido o paiol de bombas de maiores calibres a tragédia seria algo que derrepente eu não estaria relatando o que eu vivi mas graças Aquele Todo Poderoso lá de cima, o paiol não foi atingido. Esse foi o ocorrido .
Eu lembro tinha 10 anos e eu minha mãe caminhamos de Bento Ribeiro ao Bairro da Penha na Rua Belisário Pena 🏡 da minha irmã há falecida...
Eu tinha 2 anos e moravamos em Cascadura.
Minha mãe contava que horas depois da explosão, que ela e meu pai ouviram, uma multidão de pessoas de pijama e camisola vagavam pela madrugada como zumbis fugindo a pé.
Meu pai que havia sido militar e instrutor de tiro, para acalmar minha mãe que queria também sair de casa, pegou um lápis e fez os calculos para saber se um projétil poderia chegar ate o bairro. So depois disso ela se convenceu que era melhor ficar em casa.
Cláudio Cotias 67 anos.
Eu me lembro que naquela madrugada eu tinha 06 anos de idade e dormi em um berço em um dos quartos no segundo andar do bloco 05, nos apartamentos da Fundação da Casa Popular de Deodoro que fica enfrente a avenida Brasil próximo ao antigo Paiol que explodiu. Lembro que tinha acordado e olhava para o céu e via tudo vermelho. Meu pai mandou todo mundo correr e fugir , não sabíamos o que estava acontecendo, meu pai saiu de cueca samba canção e minha mãe de combinação e fomos parar pra lá de Honorário Gurgel . Fomos apé até Cordovil na casa de uma tia nossa, éramos 07 irmãos. Lembro que quando estávamos correndo na altura de Honorário Gurgel, uma bola de fogo passou por cima de nossas cabeças, meu pai empurrou minha mãe pro chão e gritou pra que ela se abaixasse pra não ser atingida pela bola de fogo que era uma granada que vinha em nossa direção. Depois disso se não me lembro ocorreu mais duas explosão . Lembro quando voltamos pra casa encontramos soldados do exército lá dentro , e diversas cascas de bananas espalhadas pela casar panelas remechidas.
Devemos ter nos encontrado naquele êxodo que varou a madrugada.Também morando em Cascadura com 7 p/ 8 anos caminhando até Engenho de Dentro p casa de avós onde chegamos com dia clareando.Inesquecivel a bola de fogo pelos ares quando passávamos no IAPC de Quintino na R
GOIÁS.
Olá.
Eu tinha seis anos. A minha recordação é de uma grande confusão e minha mãe agarrada a uma das colunas da nossa casa na Rua 3_ quadra P casa 14, casa de esquina da rua do Colégio Pio Doze, pedindo aos gritos para salvarem seus filhos.ey urnao Ivan com17 e Ivone com 18 anos e eu e Mirian irmã mais nova com cinco anos. Vi uma bola de fogo em um céu vernelho que também parecia umbpassaro enorme de fogo. Correnos em meio a buracos até Rocha Miranda. De lá seguimis para casa de parentes na Praça Mauá . Foram mais duas explosões. Tínhamos roupas organizadas e prontas para serem colocadas em malas. Uma das vezes que ocorreram as explosões fomos para a casa de uma tia em Caxias. Outra os doces e salgados do noivado da minha irmã Yvore estragaram. O deslocamento foi tão forte que uma parte da fechadura da porta ficou alojado na perna de uma cadeira da sala. Minha ficou traumatizada e tivemos wue vender a casa e deixa o local.So em idade adulta tive dimensão do que havíamos passado. Fui a guerra e não sabia
Sou Miro Ribeiro, radialista e jornalista.
Eu moro em Santíssimo, na época eu tinha 4 anos de idade. Não lembro de ter ouvido a explosão.
Lembro sim tinha apenas seis anos minha Tia-mãe ligou o radio para saber das noticias e ouvia o reporte da rádio globo sobre o sinistro e também nada sabia. Saimos correndo pois as paredes estavam rachando o céu
Bastante vermelho e as ruas cheias de gente sem saber como e oque fazer pegamos um caminhão da Light que passava ja com bastante fugitivos o destino não lembro, sei que foi complicado
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