Parte da região era pertencente à Fazenda dos Coqueiros, fundada por Manuel Antunes Suzano em 1720. Suas terras iam desde os limites com a Fazenda do Viegas até a Serra do Mendanha. Já a Fazenda do Viegas foi sede do antigo Engenho da Lapa, fundado pelo colonizador Manuel de Souza Viegas, que deu nome ao morro, ao caminho e à estrada, no século XVII. Em 1725 a fazenda pertencia a Francisco Garcia do Amaral, que nela construiu a Capela de Nossa Senhora da Lapa.
A Fazenda do Viegas produziu cana-de-açúcar por quase 80 anos, sendo considerada a segunda em importância na Freguesia de Campo Grande. Com o surgimento da cafeicultura no início do século XIX, a fazenda foi uma das precursoras da produção de café no Brasil e suas lavouras se espalharam pelas serras de Bangu, Lameirão e do Mendanha, atingindo o ápice nos anos de 1800. Atravessada pela Estrada Real de Santa Cruz (atual Avenida de Santa Cruz), serviu de hospedagem ao imperador D. Pedro II em suas viagens a Santa Cruz. Nessa época, pertencia aos herdeiros de Helena Januária Campos Cardoso. Em 1938, a sede da Fazenda do Viegas e capela anexa foram tombadas pela União.
Além da Estrada Real, eram importantes vias da região as estradas de Taquaral, dos Coqueiros e do Viegas, interligando Bangu a Campo Grande. Com o final do século XIX, o trem chegaria à região por intermédio do ramal de Mangaratiba, sendo inaugurada a estação Senador Camará em 01/06/1923, em homenagem a Otacílio de Carvalho Camará, gaúcho, deputado pelo Distrito Federal (1915) e senador em 1919, falecendo um ano depois. Historiadores não esclarecem quem teve a ideia de batizar a localidade como Senador Camará, mas contam que o referido político morava no bairro de Santa Cruz, beneficiando com verbas sua área e Campo Grande, em detrimento de Bangu e adjacências, onde a Prefeitura deixava as melhorias a cargo da Fábrica Bangu.
Fonte: Prefeitura do Rio de Janeiro.
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Um comentário:
Muito bom saber!
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