sexta-feira, novembro 29, 2024

Uma síntese da Ditadura Militar Brasileira (1964–1985)

A história brasileira é marcada por grandes manifestações de luta entre a população e aqueles que detêm o poder. A ditadura militar é considerada um dos períodos mais aterrorizantes vividos pela sociedade brasileira, que, no ano de 1964, inconformada com a crise política do País, realizou passeatas contra o governo do então presidente João Goulart, que até então prometia a reforma das bases. Contudo, a parte conservadora da sociedade realizou manifestações contrárias ao discurso presidencial e, visto a enorme crise política e tensão social, a fim de evitar uma guerra civil, os militares tomaram o poder. 

O então presidente se refugiou no Uruguai e, consequentemente ao longo dos anos, diversos "generais mãos de ferro" controlaram o País, cerceando a liberdade em geral, oprimindo e perseguindo a população opositora ao regime instalado, que na tentativa de salvar o País, lutou como guerrilheira, sendo que nem todos os contrários eram comunistas. A maioria era contrária às arbitrariedades que eram cometidas.

No final de 1968, foi instituído AI-5, com consequências muito graves, como o fechamento do Congresso Nacional, a censura total dos meios de informação, perseguição a funcionários públicos (inclusive Juízes, Deputados e Senadores), artistas, intelectuais, professores, escritores e demais engajados na luta contra os desmandos dos militares, com perseguições diversas, torturas horrendas, exílios e mortes, até mesmo de pessoas não envolvidas, por simples "achismo", sem julgamento nem contemplação.

Com o passar dos anos, a situação econômica e as tensões sociais seguiam aumentando, mas, no ano de 1984, com a fragilização do poder militar e a vertiginosa crise econômica, ocorreu o movimento "Diretas Já", um movimento social no qual milhares de brasileiros saíram às ruas a fim de exigir a aprovação, pela Câmara dos Deputados, da emenda do político Dante de Oliveira, que buscava o retorno das eleições presidenciais e o fim da ditadura. Contudo, apesar de a emenda não ter sido aprovada, a ditadura militar findaria e, no ano seguinte, deu espaço à redemocratização do País, com a escolha do deputado Tancredo Neves como presidente, o qual, em virtude do seu precoce falecimento, foi substituído pelo vice-presidente José Sarney, que, em 1988, aprovaria a nova Carta Magna, ou seja, a Constituição Federal de 1988 e, assim, o Estado Democrático de Direito.

Pesquisa feita pelo Saiba História.

Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Ditadura_militar_brasileira

4 comentários:

Anônimo disse...

Parabéns!!! Lindo e corajoso texto.

Adinalzir disse...

Valeu amigo! Que eventos como esse nunca mais se repitam!

RODRIGO PHANARDZIS ANCORA DA LUZ disse...

Quem, no início do outono de 1964, poderia imaginar o que seria a intervenção militar que, em 31/03 daquele ano golpeou a nossa democracia. Curiosamente, a OAB e Lacerda foram apoiadores do golpe e se deram muito mal. JK, que teria votado em Castelo, após ter sido decretara a vacância da Presidência da República, não pôde concorrer em 1965 assim como o ambicioso Lacerda. A democrática Carta de 1946, promulgada após o fim do Estado Novo, foi aos poucos sendo rasgada e, há exatos 58 anos, o próprio Castelo, que permaneceu na Presidência após o fim do mandato tampão, decretava o AI-4 para que o Congresso aprovasse uma nova Constituição. Assim foram ocorrendo vários golpes dentro do golpe em que o AI-5 teria sido o pior de todos eles... No entanto, o povo esquece. Muita gente que sai às ruas defendendo Bolsonaro, intervenção militar e o fim da Constituição de 1988 não tem consciência do que significa abrir uma parcela do poder democrático, permitindo uma ruptura. Que os golpistas do dia 08/01/2023 sejam devidamente responsabilizados! Sem anistia!

Adinalzir disse...

Que assim seja, Rodrigo! Democracia sempre. Ditadura nunca mais!