Filho primogênito dos agricultores Jerônimo Honório Abreu e Antônia Vieira de Abreu, iniciou sua educação em Maranguape e continuou-os em Fortaleza, frequentando o Colégio de Educados, o Ateneu Cearense e o Seminário Episcopal da Capital e foi (1870) para o Recife, Pernambuco, onde concluiu os estudos colegiais no Colégio de Artes e fazer os preparativos para o ingresso no curso de Direito.
Na capital pernambucana frequentava as livrarias e bibliotecas e quando voltou à Fortaleza, fundou a Escola Popular (1874), juntamente com Thomaz Pompeu, um estabelecimento que oferecia educação no período noturno para pessoas de baixa renda. Ainda em Fortaleza, foi um dos fundadores da Academia Francesa, órgão de cultura e debates, progressista e anticlerical (1872-1875). Após um período de atuação intelectual pelo Nordeste, quando esteve ligado a parceiros como Sílvio Romero e Tobias Barreto, viajou para o Rio de Janeiro (1875), a convite de José de Alencar, para participar da vida literária da corte. Aí se fixou, tornando-se empregado da Editora Garnier (1875) e colaborador de O Globo e redator da Gazeta de Notícias.
Ensinou no Colégio Aquino e, por muitos anos, funcionário da Biblioteca Nacional. Casou-se com a carioca Maria José Fonseca (1881), com quem teria 5 filhos. Com a tese O descobrimento do Brasil e o seu desenvolvimento no século XVI (1883), em cujo concurso impressionou até o próprio Imperador, obteve a cátedra de corografia (descrição histórico-geográfica de um lugar) e história do Brasil no Colégio Pedro II, onde ensinou até o fim do século (1899). Prestigiado como um importante pesquisador, neste período foi eleito membro do Instituto Histórico e Geográfico do Brasil (1887).
Altamente rigoroso quanto às fontes de pesquisa, publicou inúmeras obras sobre história, geografia e antropologia do Brasil e com seu trabalho modernizou os estudos históricos no Brasil do ponto de vista da investigação e interpretação.
Tornou-se definitivamente reconhecido como grande historiador ao publicar Capítulos da história colonial, 1500-1800 (1907), seu livro mais importante. Tornou-se pioneiro da etnografia e do interesse científico pelas culturas indígenas com Rã-txa hu-ni-ku-í, a língua dos caxinauás (1914) com gramática, textos e vocabulário, um dos melhores trabalhos sobre a linguagem indígena sul-americana, além de uma abordagem sobre a vida econômica, os costumes e o folclore da tribo nomeada do título. Morreu no Rio de Janeiro, aos 73 anos, e foi enterrado no Cemitério São João Batista.
Fonte: https://www.instagram.com/fotografiashisttoricas/
2 comentários:
Amo História. Não sabia. Grato!
De nada, meu amigo! Bom saber que você gostou.
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