O sargento Florentino de Barros, do Batalhão Bahia, foi o único soldado que resistiu ao frio do Tunnel, tendo permanecido dentro delle durante todo tempo em que as nossas tropas ocuparam a região, hoje histórica.
Foi cognominado o 'Coruja do Tunnel' por esse facto e também por causa de sua vista poderosissima que conseguia divisar as pessôas através dos 950 metros daquelle subterrâneo de escuridão pavorosa. Era tal o seu ardor pela causa, que passava todas ás noites de vigia, sem dormir. Seus serviços foram relevantíssimos. Era a sentinella de confiança do tenente Moacyr Antonio de Moraes, official que commandava aquella posição.
Florentino de Barros evitou, com os prodigios da sua vista, um assalto ao Tunnel durante o dia, tendo supprido com galhardia a falta de binóculo na trincheira."
Relato publicado na página 3 da edição de 9 de julho de 1935 do jornal Correio Paulistano.
Acima, a icônica imagem do Túnel da Mantiqueira em 1932, na saída pelo lado mineiro, guarnecida por combatentes paulistas durante a Revolução Constitucionalista. A imagem foi originalmente publicada em 14 de setembro de 1932 na capa do Suplemento de Rotogravura do jornal O Estado de São Paulo. Redação de Guardiões de 32.
Texto repostado de Marcelo de Lima. (Grupo História do Brasil no Facebook).
NOTA: O dia da Revolução Constitucionalista é celebrado em 9 de julho e é feriado no estado de São Paulo. Sendo o primeiro grande levante contra a administração de Getúlio Vargas e também o último grande conflito armado ocorrido no Brasil. Nesse momento as elites paulistas buscavam reconquistar o comando político que haviam perdido com a Revolução de 1930, pediam a convocação de eleições e a promulgação de uma nova Constituição.
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