sexta-feira, janeiro 26, 2024

Júlio Verne: um escritor visionário

Júlio Verne em fotografia de Étienne Carjat (1828 - 1906)

Júlio Verne, autor de clássicos da literatura como "Viagem ao Centro da Terra", "Vinte Mil Léguas Submarinas" e "A Volta ao Mundo em 80 Dias", nasceu na França em 1828, e é considerado um dos criadores do gênero ficção científica. Nascido na França, com o nome de Jules Gabriel Verne, era conhecido nos países de língua portuguesa como Júlio Verne.

Interessado por ciências e inovação, incluía em seus livros tecnologias que só viriam a ser inventadas décadas depois. Veja nesta lista 15 momentos em que Júlio Verne previu como seria o mundo depois de um século. 

Cabo Canaveral

Nos livros "Da Terra à Lua", de 1865, e "Ao Redor da Lua", de 1869, Júlio Verne dá as coordenadas geográficas para o lançamento da primeira nave a fazer uma viagem à Lua. Um século depois, a Nasa concluiu que o melhor lugar do planeta para fazer os lançamentos da Missão Apollo estava a poucos quilômetros da posição definida por Verne. O funcionamento dos módulos lunares e até a espessura e o material de construção das naves também estavam descritos nos livros de Verne.

Automóveis

No romance "Paris no Século 21", escrito em 1863, Júlio Verne narra como seria a vida na França na década de 1960. Uma das novidades seriam os carros que se moveriam sem cavalos, impulsionados pela força invísivel de um motor

Computador

"Paris no Século 21" é o livro de Verne que traz mais previsões tecnológicas. Uma delas, o Casmodage, é um aparelho com teclas que, pressionadas, fornecia o resultado de somas, subtrações e multiplicações.

Monotrilho

Ainda em "Paris no Século 21", os meios de transporte têm grande destaque, antecipando o sucesso dos trens subterrâneos. Outro meio de transporte citado no livro são os trens que flutuam no ar.

Internet

O livro "A Ilha de Hélice", de 1895, há um equipamento que contém livros iconográficos que não precisam ser lidos - basta apertar um botão e o aparelho os lê para nós. Além disso, "a Ilha toma conhecimento das novidades pelas telecomunicações telefónicas com a baía Magdalena, onde se unem os cabos submarinos na profundidade do Pacífico.". Exatamente como, hoje, a internet chega de um país a outro.

Telejornal

No texto infantil "O Dia de Um Jornalista Americano No Ano 2889", escrito "mil anos antes", Júlio Verne conta que o jornal não seria impresso, mas que as notícias do dia serial lidas todas as manhãs para seus assinantes. Verne errou feio na data

Chamada com vídeo

Ainda em "No Ano 2889", era citado o "fonetelefoto", que permitiria conversas à distância. Serviços de teleconferência populares, como o Skype, surgiram no começo dos anos 2000.

Submarino

A obra mais famosa de Verne, "Vinte Mil Léguas Submarinas", de 1870, apresenta o submarino Nautilus, movido a eletricidade. Dezesseis anos depois seria construído o Gymnote, primeiro veículo submarino equipado com motor elétrico.

Mergulho autônomo

Ainda em "Vinte Mil Léguas", os mergulhadores usam um equipamento autônomo, com um reservatório de ar preso às costas. Até então, só era possível mergulhar em profundidade com um tubo ligado a uma bomba de ar na superfície. Em 1943, Jacques Costeau e a empresa Air Liquid inventam o escafandro autônomo.

Arma de choque

No mesmo livro, aparece uma espécie de arma que dispara projéteis carregados de energia estática. O taser, arma de eletrochoque, começou a ser produzido em 1993.

Satélite

Em "Os Quinhentos Milhões da Begum", escrito em 1879, Verne fala do lançamento de um satélite de comunicações artifical. O primeiro satélite artificial, o Sputnik, foi lançado pela União Soviética em 1957.

Coincidência terrível

Este item está mais para profecia de Nostradamus do que para previsão científica: no livro "Os Quinhentos Milhões da Begum", há um personagem chamado Herr Schultze, que pretendia destruir a cidade de France-Ville. Setenta anos depois, Adolf Hitler, que era chamado de Herr Fuhrer, decidiu invadir a França durante a Segunda Guerra Mundial.

Bomba atômica

No livro "Em Frente da Bandeira", de 1896, Verne descreve uma arma com dispositivo auto-propulsivo, carregado de substâncias explosivas, que não se inflama ao se chocar com o alvo, com capacidade para destruir tudo o que estivesse num raio de 10 mil metros do ponto de impacto. A bomba atômica foi usada pelos Estados Unidos para destruir cidades japonesas em 1945.

Esquadrilha da Fumaça

Em 1889, Júlio Verne vislumbrou veículos aéreos que poderiam escrever no céu com fumaça, para que todos pudessem ler. Hoje, esses anúncios até já saíram de moda, mas naquela época ainda não havia sequer aviões. 

Cerca elétrica

Em "O Castelo dos Cárpatos", publicado em 1892, Verne descreve quando um personagem escala um muro, grita e tem suas mãos agarradas a uma corrente, para depois cair no fundo de um poço, "como se tivesse sido ferido por uma mão invisível". A ação poderia ter sido causada por uma cerca elétrica, criada apenas na década de 1930.

Fonte: Wikipédia

Um comentário:

Antonio Felipe disse...

Um escritor com muitos livros interessantes.