domingo, março 05, 2023

Palácio Imperial de São Cristóvão: Evangélica Mansão dos Príncipes


Fotografia de Marc Ferrez, RJ, 1870. Acervo do Instituto Moreira Salles.

"Dom Pedro II, do mesmo modo que seu avô Dom João VI, e seu pai Dom Pedro I dava a desvalidos, romeiros, poetas e literários, abrigo nos fundos e lados do Palácio Imperial de São Cristóvão. No fundão do palácio, morava, ao ser Proclamada a Republica, gente que havia conhecido Elias Antonio Lopes, doador da primeira Quinta a Dom João, príncipe regente. Caridade havia de farta naquela evangélica Mansão de Príncipes. Mendigos, viúvas necessitadas, órfãos e romeiros pobres, recebiam abrigo da família imperial.

O aluguel era de 8 moedas de 100 reis. 500 para o Imperador e 300 para a Imperatriz. O Grande Tesouro do Palácio era o Legado da Caridade Familiar, que superava sua arte, que era o mais belo das Américas.

Em 1862 a escritora e poetisa francesa Adèle Toussaint-Samson escreveu: "Eu devo dizer que a simplicidade sempre reinou na corte brasileira, onde o Imperador e a Imperatriz são os maiores exemplos de virtude. A Condessa de Barral disse uma vez que a maior riqueza do Imperador é o amor de seu povo.

A Vida da Imperatriz Teresa Cristina é regida pela caridade com o povo e pela dedicação a sua família. Mesmo assim o casal imperial não pode fazer tudo o que deseja, pois os recursos financeiros não são enormes. O Imperador priva-se dos luxos pela benemerência pública."

Fonte: Múcio Teixeira — "O Imperador visto de perto" Anuário do Museu Imperial. 1942 Biblioteca Nacional / Une parisienne au Brésil (Uma parisiense no Brasil), da escritora e poetisa francesa Adèle Toussaint-Samson, que viveu no Brasil de 1849 a 1862.

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