sexta-feira, janeiro 21, 2022

A Lapa e o Aqueduto da Carioca com 230 anos de diferença


Construído entre 1725 e 1750, o aqueduto carioca foi uma tentativa da Corte Portuguesa de resolver a falta de água no Rio. Sua primeira versão foi feita com canos de ferro, mas logo trocada por pedra e cal, pois o material não era resistente a corrosões. O aqueduto é formado por 42 arcos duplos com 17,6 metros de altura e 270 de comprimento.

Antes uma área rural, no século 19 a região foi incorporado à vida urbana dos cariocas. Em 1896, a estrutura tornou-se obsoleta, passando a ser utilizada como uma via para transporte de bondes.

A partir do século 20, o Rio de Janeiro passou por uma intensa urbanização iniciada pelo presidente Rodrigues Alves e o engenheiro Pereira Passos.

Para a construção de avenidas largas com asfalto, como a Mem de Sá, várias casas e edifícios históricos foram demolidos. O projeto era encabeçado por higienistas, que argumentavam que muitas casas populares - os cortiços - geravam epidemias e precisavam ser demolidos. Contudo, foi nula a assistência que muitas famílias receberam para assentarem-se em novos espaços. Muitos moradores estabeleceram-se no Morro da Providência, criando algumas das primeiras favelas.



No meio do século 20, a Lapa tornou-se uma das regiões mais vibrantes culturalmente do Rio. Várias figuras ilustres moraram na Lapa, em diferentes épocas, tais como: Machado de Assis, Lima Barreto, Madame Satã, Silvio Santos, Millôr Fernandes, Aguinaldo Silva, Jorge Amado, e muitos outros.

Todas as imagens colocadas nessa postagem foram feitas pelo artista Carlos Gustavo Nunes Pereira, conhecido como Guta, que foi um dos precursores da arte fotorealística no Brasil. Infelizmente, não conseguimos encontrar nenhuma foto de 2021 que tenham sido tiradas do mesmo ângulo.

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ADM:@zottes

Um comentário:

Marcos Valério disse...

Quanta diferença!