Retrato de Manuel Jacinto Nogueira da Gama, Primeiro Marquês de Baependi, e sua esposa Francisca Mônica Carneiro da Costa, Marquesa de Baependi. Pintura de Claude Joseph Barandier, 1826.
Baependi era membro da tradicional família dos Nogueira da Gama, que prestara importantes serviços à Coroa portuguesa. Nascido em São João del Rei, Minas Gerais, em 1765 iniciou seus estudos no Brasil, até ingressar na Universidade de Coimbra, onde se graduou em filosofia natural (1789) e matemática (1790). Em Portugal, foi lente substituto de matemática da Academia Real de Marinha, nomeado por decreto de 16 de novembro de 1791. Usou de sua influência com o Principe Regente para proteger amigos envolvidos na Inconfidência Mineira.
Foi escrivão do Erário Régio no Rio de Janeiro (1809-1821) e conselheiro do Conselho de Fazenda (1821). Integrou o Conselho de Procuradores-Gerais das Províncias do Brasil (1822-1823), criado pelo príncipe regente d. Pedro, após o regresso de d. João VI para Portugal. Foi secretário de Estado dos Negócios da Fazenda em diversas ocasiões (1823, 1826-1827 e 1831). Teve ainda uma carreira política, tendo sido deputado geral pelo Rio de Janeiro na Assembleia Constituinte de 1823, senador pela província de Minas Gerais (1826-1847), e presidente do Senado (1838).
Em 1823 integrou o Conselho de Estado, encarregado de elaborar a Constituição outorgada em 1824, após a dissolução da Assembleia Constituinte. Casou-se em 1809 com Francisca Monica Carneiro da Costa e Gama, filha do importante comerciante português Brás Carneiro Leão e de Anna Francisca Maciel da Costa, baronesa de São Salvador de Campos dos Goytacazes.
Seus filhos tiveram destaque na administração imperial: Brás Carneiro Nogueira da Costa e Gama, segundo conde de Baependi, Manuel Jacinto Carneiro da Costa e Gama, barão de Juparanã e Francisco Nicolau Carneiro Nogueira da Costa e Gama, barão Santa Mônica. Recebeu os títulos de visconde (1825) e marquês (1826) de Baependi. Foi agraciado ainda com a Grã-cruz da Ordem da Rosa, dignitário da Ordem do Cruzeiro, e comendador da Ordem de São Bento de Avis. Como militar, chegou à patente de marechal-de-campo. Faleceu em 1847 aos 82 anos de idade.
Texto original: Brazil Imperial
Obs: Francisca Mônica Carneiro da Costa, Marquesa de Baependi, era uma das cinco irmãs de Mariana Eugênia Carneiro da Costa, a grande senhora de Engenho da Mata da Paciência (1773 – 1840) (área que englobava os atuais bairros de Cosmos, Inhoaíba e Paciência), na periferia ocidental carioca.
Segundo Adriano Novaes do Inepac. Esse óleo sobre tela do casal ficava em uma das várias salas da Fazenda Santa Mônica, lá em Valença. O tela hoje encontra-se no Museu do Forte de Copacabana, no Rio.
Segundo Adriano Novaes do Inepac. Esse óleo sobre tela do casal ficava em uma das várias salas da Fazenda Santa Mônica, lá em Valença. O tela hoje encontra-se no Museu do Forte de Copacabana, no Rio.
Postado neste blog por Adinalzir Pereira Lamego
2 comentários:
Texto muito interessante!
Fico imaginando como deveria ser naquela época.
Você sabe me dizer a linhagem dele com a família Jacintos?
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