terça-feira, junho 16, 2020

Manuel Jacinto Nogueira da Gama, Primeiro Marquês de Baependi, e sua esposa Francisca Mônica Carneiro da Costa



Retrato de Manuel Jacinto Nogueira da Gama, Primeiro Marquês de Baependi, e sua esposa Francisca Mônica Carneiro da Costa, Marquesa de Baependi. Pintura de Claude Joseph Barandier, 1826.

Baependi era membro da tradicional família dos Nogueira da Gama, que prestara importantes serviços à Coroa portuguesa. Nascido em São João del Rei, Minas Gerais, em 1765 iniciou seus estudos no Brasil, até ingressar na Universidade de Coimbra, onde se graduou em filosofia natural (1789) e matemática (1790). Em Portugal, foi lente substituto de matemática da Academia Real de Marinha, nomeado por decreto de 16 de novembro de 1791. Usou de sua influência com o Principe Regente para proteger amigos envolvidos na Inconfidência Mineira.

Foi escrivão do Erário Régio no Rio de Janeiro (1809-1821) e conselheiro do Conselho de Fazenda (1821). Integrou o Conselho de Procuradores-Gerais das Províncias do Brasil (1822-1823), criado pelo príncipe regente d. Pedro, após o regresso de d. João VI para Portugal. Foi secretário de Estado dos Negócios da Fazenda em diversas ocasiões (1823, 1826-1827 e 1831). Teve ainda uma carreira política, tendo sido deputado geral pelo Rio de Janeiro na Assembleia Constituinte de 1823, senador pela província de Minas Gerais (1826-1847), e presidente do Senado (1838).

Em 1823 integrou o Conselho de Estado, encarregado de elaborar a Constituição outorgada em 1824, após a dissolução da Assembleia Constituinte. Casou-se em 1809 com Francisca Monica Carneiro da Costa e Gama, filha do importante comerciante português Brás Carneiro Leão e de Anna Francisca Maciel da Costa, baronesa de São Salvador de Campos dos Goytacazes.

Seus filhos tiveram destaque na administração imperial: Brás Carneiro Nogueira da Costa e Gama, segundo conde de Baependi, Manuel Jacinto Carneiro da Costa e Gama, barão de Juparanã e Francisco Nicolau Carneiro Nogueira da Costa e Gama, barão Santa Mônica. Recebeu os títulos de visconde (1825) e marquês (1826) de Baependi. Foi agraciado ainda com a Grã-cruz da Ordem da Rosa, dignitário da Ordem do Cruzeiro, e comendador da Ordem de São Bento de Avis. Como militar, chegou à patente de marechal-de-campo. Faleceu em 1847 aos 82 anos de idade.

Texto original: Brazil Imperial

Obs: Francisca Mônica Carneiro da Costa, Marquesa de Baependi, era uma das cinco irmãs de Mariana Eugênia Carneiro da Costa, a grande senhora de Engenho da Mata da Paciência (1773 – 1840) (área que englobava os atuais bairros de Cosmos, Inhoaíba e Paciência), na periferia ocidental carioca.

Segundo Adriano Novaes do Inepac. Esse óleo sobre tela do casal ficava em uma das várias salas da Fazenda Santa Mônica, lá em Valença. O tela hoje encontra-se no Museu do Forte de Copacabana, no Rio.


Postado neste blog por Adinalzir Pereira Lamego

2 comentários:

Helio Santos de Oliveira disse...

Texto muito interessante!
Fico imaginando como deveria ser naquela época.

Anônimo disse...

Você sabe me dizer a linhagem dele com a família Jacintos?