Camorim é um nome derivado da palavra tupi camury, que significa “mata com muitos mosquitos”. Ao longo do século XVII, a região foi objeto de disputa entre a família Sá e a Ordem Beneditina. Em 1597, a coroa portuguesa confirmou a doação de terras entre a restinga da Tijuca e Guaratiba, realizada três anos antes por Salvador Correia de Sá a seus dois filhos, Gonçalo e Martim de Sá.
Gonçalo ficou com a sesmaria à esquerda da Lagoa de Camorim, onde construiu o Engenho do Camorim. Na área então denominada Pirapitingui, que em tupi significa “peixe de escamas brancas”, e atualmente corresponde ao bairro do Camorim, Gonçalo mandou construir, em 1625, uma capela em homenagem a São Gonçalo do Amarante. Na época, essa era uma fórmula eficiente de conseguir prestígio junto à comunidade.
Martim de Sá ficou com a propriedade situada à direita da Lagoa do Camorim e encomendou a construção de uma capela dedicada à Nossa Senhora da Cabeça no Engenho D’Água, na localidade hoje conhecida como Gardênia Azul, que era sua principal propriedade. Seu neto, Martim Correia de Sá e Benevides Velasco, iniciou a dinastia dos viscondes de Asseca, cujos descendentes tentaram, em vão, anular o testamento que havia concedido a propriedade das terras aos religiosos.
No Rio desde 1589, os beneditinos se instalaram na zona oeste da cidade em 1670. Ali montaram uma estrutura de grande prosperidade, com fazendas dedicadas à criação de gado, cultivo de cana-de-açúcar e de mandioca, onde havia até mesmo o beneficiamento da farinha. Ao longo do século XIX, passaram a arrendar parte de suas terras, que foram definitivamente colocadas à venda em 1891.
Originalmente postado em Instituto Histórico e Geográfico Itaborahyense
Fonte: Portal MultiRio - Educação, Cidadania, Cultura e Informação
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Postado neste blog por Adinalzir Pereira Lamego
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