A Elevatória do Lameirão foi chamada de “obra do século” nos anos 1960.
A obra do Lameirão foi iniciada no final de 1960, contou com mão de obra de 45 mil operários, foi toda escavada em rocha a 64 metros de profundidade, exigiu a retirada de 70 mil metros cúbicos de rocha e consumiu cerca de 35 mil metros cúbicos de concreto.
A construção do túnel-canal de 32 quilômetros exigiu estudo elaborado para aproveitamento da topografia e maciços rochosos. No percurso, a existência de vales obrigou a construção de três pontes-canais (aquedutos) ligando um maciço ao outro.
A Elevatória propriamente dita conta com estruturas hidráulicas a 64 metros de profundidade. Uma galeria de acesso, com 180 metros, liga o prédio administrativo ao elevador social para acesso ao salão de bombas. Uma galeria de serviço com 130 metros de extensão é utilizada para acesso ao elevador de cargas, por onde entram e saem equipamentos de grande porte, como motores e bombas.
Os elevadores social e de carga dão acesso ao salão de bomba e motores, galeria de válvulas, salão de bombas de esgotamento e galerias de acesso, todos a 64 metros de profundidade. Por questões de segurança, as galerias subterrâneas são dotadas de sistema de alarme, bombas de esgotamento e portas estanques do tipo submarino.
Na superfície, ainda há a subestação principal de energia e um prédio de dois pavimentos que abriga o setor administrativo, uma subestação auxiliar, as salas de painéis e de comando.
A Elevatória do Lameirão começou a operar em 1966 com cinco motobombas (duas com vazão de 2.3 metros cúblicos por segundo e três com 4.6 m³/s) para abastecer 7,5 milhões de pessoas até o ano 2000. Em 1981, ganhou mais um conjunto de motobomba com vazão de 4.6 m³/s e, em 1987, outro conjunto de mesma capacidade, totalizando sete motores.
A singularidade desta obra de engenharia faz com que a Elevatória do Lameirão seja considerada a maior elevatória subterrânea de água tratada do mundo até hoje.
Fonte: @cedaerj
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