A respeito deste último, o Conde Francesco Matarazzo, um dos maiores empreendedores do país, proprietário das Indústria Reunidas Matarazzo (IRM) e o homem mais rico do Brasil em sua época (a quinta maior fortuna do planeta), foi o exemplo do típico imigrante enriquecido pelo trabalho. O trabalho é o valor proposto por estes imigrantes na Consolação, em contraponto aos títulos de nobreza da aristocracia local.
Entretanto, em 1917, já bilionário, lhe foi concedido pelo Rei Vítor Emanuel III da Itália a divisa de Conde, o que foi prontamente adotado. Esses imigrantes incorporavam os brasões e títulos de Conde para se aproximarem da oligarquia brasileira e, como modo de distinção usavam a temática do trabalho para distinguir uma nova moral e maneira pela qual desejavam ser recordados.
O primeiro sepultamento neste mausoléu foi o do Comendador Ermelino Matarazzo, falecido na cidade italiana de Bruzola em 1925. O Conde Matarazzo só viria a falecer em 1937, denotando que o patriarca esteve atuante durante todo o processo de escolha e construção deste monumento, decidindo, ainda em vida, de que maneira seria lembrado em sua morte. Este mausoléu, comporta uma narrativa mítica de imigrante italiano bem-sucedido, cumpre, até os dias de hoje, o desígnio deste chefe de família de proteger o núcleo formado por seu nome.
Fonte: @cemiteriando
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