domingo, outubro 10, 2021

Rua Coronel Agostinho

A Rua Coronel Agostinho, onde fica o Calçadão de Campo Grande, foi reconhecida pelo Decreto 1.165, de 31 de outubro de 1917, e homenageia “um negociante muito respeitado nela residente há muitos anos e que pertencia aos quadros da Guarda Nacional” (Patropi – Jornal da Região Oeste – Semana de 19 a 25/11/87).

Inicialmente chamada de Rua Tenente-Coronel Agostinho, ela “subiu de patente” e passou a abrigar muitos estabelecimentos comerciais, principalmente quando por ela passava o bonde, durante boa parte do século XX até a extinção deste meio de transporte na região, em 1967.

A princípio, ela era calçada com paralelepípedos, até que em 1934 começaram as obras de asfaltamento em seus 415 metros de extensão. Sua primeira loja importante foi a Padaria Adelaide, dos irmãos Peixoto, que acabou se transformando em um ponto de encontro dos mais prestigiados da sociedade campograndense. Outras lojas importantes da Coronel Agostinho foram a Casa Eunice, a Casa Abrahão (pioneira em artigos masculinos), a Drogaria Luzes, a Casa Nilza (uma das melhores sapatarias da Zona Rural) e a Casa Neves e Barros, um grande estabelecimento de ferragens, madeira e material de construção. Tivemos também por lá a saudosa Silbene (com entrada também pela Rua Augusto Vasconcelos), os Supermercados Leão, a Churrascaria Rio Grande, a Casa de Saúde Campo Grande e a primeira sede do Colégio Afonso Celso, entre muitos outros estabelecimentos importantes.

Em relação aos imigrantes que se estabeleceram na rua, os italianos e os libaneses foram os que mais prosperaram.

O projeto do Calçadão surgiu no início da década de 70 e teve como seu grande impulsionador o professor Moacyr Bastos, Administrador Regional de Campo Grande e, depois, vereador. Com projeto paisagístico de Roberto Burle Marx, o Calçadão foi inaugurado em 1976 e permanece sendo a principal rua deste imenso bairro, com lojas como as Casas Bahia, Lojas Americanas, Papelaria Tid´s, o bom e velho Mercado São Braz e o Centro de Comércio de Campo Grande, no número 76, o prédio de 12 andares que marcou o início do “crescimento vertical” do bairro.

“Nesta rua, aconteceram as maiores e melhores festas de Campo Grande, tais como Carnaval, as paradas escolares e a grande procissão do Corpo de Deus, durante a qual os moradores enfeitavam as janelas de suas casas com colchas de rendas e muitas folhagens que, no auge da festa, constituía-se num extenso tapete” (Patropi – 29/11/1985).

Por André Luis Mansur

Fonte: http://aecg.rio/2021/10/artigo-rua-coronel-agostinho/

Um comentário:

cesar disse...

Esqueceu de falar das LOJAS MAGAL E DO SUPERMERCADO CASAS BAHIA