quinta-feira, outubro 21, 2021

Porque devemos valorizar nossos bairros e as pessoas que ajudaram a construir a história deles?


Quintino Bocaiuva foi tão importante para a história brasileira e para a história carioca (onde viveu e ainda existe sua casa) que quando ele faleceu, parou parte da cidade para acompanhar seu enterro. Aqui vemos milhares de pessoas na estação de Cascadura indo reverenciar o antigo morador e importante brasileiro.

Veja o trecho tirado da página "UM CORAÇÃO SUBURBANO" sobre essa situação!

"O enterro de Quintino Bocaiuva e porque o bairro da zona norte ganhou o nome do politico republicano.

Foto publicada na Revista O Malho de Junho de 1912, mostra o momento do enterro do jornalista e politico Quintino Bocaiuva no Cemitério de Jacarepaguá (Pechincha).

Quintino Antônio Ferreira de Sousa Bocaiuva (nasceu em 4 de dezembro de 1836 e faleceu em 11 de junho de 1912) foi um jornalista e político brasileiro, conhecido por sua atuação no processo da Proclamação da República. Como político, foi o primeiro ministro das relações exteriores da República, de 1889 a 1891, e presidente do estado do Rio de Janeiro, de 1900 a 1903.

Quintino Bocaiuva faleceu no bairro do Rio de Janeiro onde morava, e que hoje, em homenagem, leva o nome: Quintino Bocaiuva.

Quintino era, até o início do século XX, parte da Freguesia de Inhaúma, área da cidade que compreendia vários atuais bairros da região. O lado sul era pantanoso e fazia parte da Fazenda da Bica, com sede próxima à atual Rua Souto. Em 1876, foi inaugurada a Estação Cupertino de trens. Com a morte do jornalista, político e morador da região, Quintino Bocaiuva, em 1912, a estação próxima à sua casa ganhou seu nome e acabou também dando o nome ao bairro.

Em 1912, já eletrificado, o bonde de Jacarepaguá serviu de cortejo fúnebre a Quintino. O senador, antes de morrer, pediu para ser sepultado no Cemitério de Jacarepaguá. O féretro veio do Centro do Rio pelo trem da Central até Cascadura, de onde o cortejo seguiu de bonde até o Pechincha."

Por Historiador Paulo

Fonte: Revista O Malho, Ano 1912.

Imagem: Biblioteca Nacional e Um Coração Suburbano.

3 comentários:

RODRIGO PHANARDZIS ANCORA DA LUZ disse...

Sem dúvida essa memória histórica é de grande importância, seja para a nossa vida em sociedade, no sentido de mantermos a identidade, bem como na preservação do legado das gerações passadas e ainda para desenvolvimento do turismo. É fundamental que os nomes dos bairros e das ruas numa cidade, assim como os prédios públicos, sejam divulgados para fins de conhecimento porque muitos moradores nem sabem o porquê de determinada pessoa ser homenageada num determinado logradouro.

RODRIGO PHANARDZIS ANCORA DA LUZ disse...

Em tempo! Poucos sabem, mas, assim como casarões históricos em Quintino, a casa onde nasceu o jornalista, em Itaguaí, precisa de mais valorização.

Adinalzir disse...

Prezado Rodrigo Phanardzis
A preservação e valorização da memória dos bairros deveria fazer parte das políticas públicas de todos os nossos governantes. Mas infelizmente isso não acontece.
Um grande abraço e muito obrigado pelos comentários!