terça-feira, setembro 07, 2021

O que significou a Independência do Brasil? Por que a mesma não veio acompanhada da queda da família real portuguesa, da abolição da escravatura ou de uma maior autonomia econômica nacional?

 

Para alguns teóricos marxistas brasileiros, representados aqui por Florestan Fernandes, o processo que tornou o Brasil um país independente faz parte de um contexto mais amplo, de transição gradual de uma sociedade colonial, onde as relações de poder eram comandadas de fora para dentro, para uma dinâmica de sociedade de classes, onde as elites nacionais passam a desempenhar seus domínios.


Com base nessa interpretação, que não é consenso na historiografia ou nos estudos sociológicos brasileiros, é possível entender as razões pelas quais as classes que se articularam em torno da Independência não estavam interessadas na libertação negra no país, por exemplo.

Ao longo dos anos, o 7 de setembro foi ressignificado pelos movimentos populares. Desde 1995, a manifestação do Grito dos Excluídos questiona as mazelas sociais.


“A principal razão para a escolha do dia 7 de setembro para a realização do Grito dos Excluídos e Excluídas é fazer um contraponto ao Grito da Independência. Além de questionar os padrões de independência do povo brasileiro, a manifestação busca uma reflexão sobre um Brasil que deve ser mais justo e com oportunidades para todos os cidadãos.”

Apesar das mobilizações fascistas que estão ocorrendo hoje, os movimentos sociais confirmaram suas presenças nas ruas clamando pelo Fora Bolsonaro.

Referências:

1. FERNANDES, F. A Revolução Burguesa no Brasil. Editora Zahar, 2008;

2. PAIVA, C. A. Florestan, o obscuro, e o liberalismo monárquico. Estud. av. 11 (30). Ago 1997. https://doi.org/10.1590/S0103-40141997000200020

3. https://spbancarios.com.br/

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