Após a Rendição dos Holandeses do Recife em 1654. O Mestre de Campo das tropas luso brasileiras Francisco Barreto de Meneses exigiu dos holandeses uma lista de todos os judeus residentes da cidade. Uma das exigências dos portugueses era de que os judeus do Recife realizassem a liquidação dos seus negócios e perdoassem as dívidas dos senhores de engenhos de Pernambuco.
Segundo o Historiador José Antônio Gonsalves de Mello, a atitude do General Barreto de Meneses com os judeus foi sempre justa e favorável. Sobretudo a um deles, o comerciante Josef Abenaca, mais conhecido como José Francês.
Após a Capitulação do Recife José Francês possuía grande quantidade de Pau Brasil para aguardar embarque. Caso não conseguisse seria sua ruína financeira. Se não conseguisse levar aquela carga preciosa para as Antilhas onde muitos judeus do Brasil Holandês se refugiaram fugindo dos processos da Inquisição.
Barreto de Meneses autorizou que o judeu Jorge Francês e o Católico Flamengo Luis Heyns a deixarem o Brasil com sua cargas de Pau Brasil. A atitude de Barreto, foi alvo de protestos indignados dos comerciantes de Pernambuco.
Francisco Barreto de Meneses desculpou-se, alegando que seu ato em favor de José Francês e Luís Heyns teria sido uma retribuição pelos favores que recebeu quando foi prisioneiro dos holandeses no Recife anos antes.
José Francês era na verdade o judeu mais rico do Brasil Holandês e nos seus anos finais havia enriquecido com o comércio do Pau Brasil.
Fontes de consulta:
Testamento do General Francisco Barreto de Menezes.
A cartografia holandesa no Brasil e a Rendição Holandesa no Recife. Por José Antônio Gonsalves de Mello.
Postado neste blog por Adinalzir Pereira Lamego
3 comentários:
Texto muito interessante sobre o Brasil Holandês!
Prezado Fernando Manoel da Silva
Fico muito feliz que você tenha gostado da publicação. Volte sempre a este blog.
Um forte abraço!
Dados que fornecem uma maravilhosa contribuição para a nossa história.
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