domingo, julho 26, 2020

Thomas Ender, pintor, aquarelista e desenhista


Reprodução - Thomas Ender

O austríaco Thomas Ender deve ser incluído, entre os chamados pintores viajantes, que também veio ao Brasil a partir até  da época do príncipe regente D. João VI até os últimos anos do século XIX. Pintor, aquarelista e desenhista, aos 13 anos, iniciou seus estudos na Academia de Belas Artes de Viena, dedicando-se com pinturas de paisagem e aquarela, recebendo vários prêmios na academia, com destaque para o Grande Prêmio de Pintura, de 1817, na categoria paisagem. O quadro premiado teve o príncipe Metternich, como seu principal patrocinador.

Em 1817, vem ao Brasil na Expedição Científica de História Natural que acompanha a comitiva austríaca, por ocasião do casamento da arquiduquesa Leopoldina com D. Pedro I.

Igreja de Santana e o Chafariz das Lavadeiras no Campo de Santana.

Em sua curta permanência no Brasil, devido a problemas de saúde, pintou panoramas do litoral e cenas urbanas. Apesar de executar mais de 700 obras, entre desenhos e esboços, sobre o Brasil, não publicou seu trabalho, do qual era considerado material. No entanto, algumas de suas criações aparecem em livros de cientistas naturalistas da época. No Rio de Janeiro, esse artista registrou suas obras, dando destaques as igrejas, os edifícios públicos, as praças e seus arredores.

Vista do Rio, de 1817

Retratou a sociedade brasileira da época e a escravidão, enfocando um modo crítico, se interessando especialmente pelas diversas nacionalidades dos escravos. Em 1818, fez parte da comissão para uma viagem científica com afamados integrantes que se dividiram para explorar diferentes regiões. Ender seguiu inicialmente com Spix e Martius, em regiões do Rio de Janeiro e São Paulo e Minas Gerais, pela Estrada Real, registrando paisagens e cidades. No regresso ao Rio de Janeiro, adoeceu gravemente e retorna, levando os desenhos e aquarelas relativos à viagem, que em grande parte se encontram atualmente no Gabinete de Gravuras da Academia de Belas Artes de Viena.


Todo o seu trabalho, revelou ao europeu um Brasil de beleza incomum. Para historiadores, junto com Debret e Rugendas, Thomas Ender fecha a trilogia de desenhistas e pintores que passaram pelo Brasil no início do século XIX e que registraram imagens de um país, que saía da condição de colônia, e experimentando uma nova vida, primeiro como Reino Unido a Portugal e Algarves, e depois, como um país independente.

Fonte e crédito das imagens: Brasiliana Iconográfica

Pesquisa feita por Adinalzir Pereira Lamego

7 comentários:

Manoel Teles de Oliveira disse...

Um grande artista viajante que precisa ser mais conhecido!

Adinalzir disse...

Prezado Manoel Teles de Oliveira
Agradeço pela visita e comentário!

Adinalzir disse...

Meu caro Anônimo
Eu também fico muito grato.
Abraço!

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