terça-feira, abril 14, 2020

Mansão da família Peixoto de Castro

Foto 1: Fachada lateral da mansão. (c.1930)

Mansão da família Peixoto de Castro, na Rua Santa Amélia 70, na Tijuca, esquina da Rua do Matoso, construída na segunda metade da década de 1920, possuindo 12 salas, um tanto igual de banheiros, quartos para toda a família, com muita suntuosidade e requinte.

Foto 2: Frente e entrada da mansão da família Peixoto de Castro. (c.1930). Rua Santa Amélia 70.

Inicialmente a propriedade pertenceu ao Barão de São Francisco de Paula, Comendador Joaquim José do Rosário (1826 - 1903), tesoureiro e agente das loterias da Província do Rio de Janeiro desde a década de 1850 até à sua morte.


A foto 3 acima apresenta, a parte lateral da primeira residência do Barão, possivelmente construída na década de 1870, que viria a ser derrubada em 1924, para dar lugar ao novo palacete que aparece lá em cima representado nas fotos 1 e 2.

O filho do Barão, João Carlos de Almeida Rosário, casado com Adelaide Monteiro de Castilho Rosário, tiveram uma filha, Maria Candida de Castilho Rosário, que veio a se casar com João Antonio de Almeida Gonzaga, também agente de loterias.

Maria Candida veio a falecer em 1889, tendo João Antonio de Almeida Gonzaga casado novamente com Alice Guimarães de Almeida em 1894.

Este casal veio a ter 6 filhos: 5 mulheres e 1 homem.

O filho, Adhemar Gonzaga, viria a ser o conhecido jornalista, cineasta e criador da Cinédia, marcante produtora de filmes nas décadas de 1930 e 1940. Aliás, no filme “Barro humano” dirigido por Adhemar em 1929, pode-se ver diversas cenas no interior da mansão.

Hall de entrada da mansão da família Peixoto de Castro. (c.1930). Rua Santa Amélia 70.

Das 5 filhas, Zélia Rosaria de Almeida Gonzaga viria a se casar em 1912, com o comendador Antonio Joaquim Peixoto de Castro Junior, alterando o seu nome para Zélia Gonzaga Peixoto de Castro.


Antonio Joaquim Peixoto de Castro Júnior, além de advogado conhecido, assumiu a concessão de loterias dando continuidade a esse ramo da família da mulher desde do século XIX. Em paralelo começou a participar de diversos empreendimentos industriais e comerciais, tendo como primeira empresa do grupo, a Cia Cirrus, fundada em 1933, e dentre outras mais, a conhecida Refinaria de Manguinhos de 1954, levando a família a ser uma das mais poderosas e ricas do país. Mais um lado deste empreendedor, era sua paixão por cavalos, tendo fundado em 1934 o famoso Haras e, depois, Fazenda Mondesir, em Lorena, Estado de São Paulo.


Do casamento de Antonio e Alice, em 1913 nasceu Nina, Maria Candida Peixoto de Castro, que veio a se casar em 1933 com Heitor Dias Palhares.

Nina, como os pais, era também uma amante das artes e colecionadora conhecida, com uma queda especial na temática Napoleão Bonaparte.

O palacete era repleto de obras e coleções, nacionais e estrangeiras. Três anos após o falecimento de Nina, em 2010, os herdeiros promoveram um icônico leilão do grande e precioso acervo, incluindo jóias, pratarias, aparelhos de louça, móveis, tapeçarias, e tudo mais.

Autores do Projeto: Archimedes Memoria e Francisque Cuchet.
https://orioqueorionaove.com/tag/archimedes-memoria/
https://orioqueorionaove.com/tag/francisque-cuchet/


Hoje existe no local o Residencial Santa Amélia, com dois blocos de apartamentos. Conforme podemos ver pela foto mostrada acima:

Fonte: Memória Carioca Original - Rio de Janeiro em fotos e vídeos antigos.
https://www.facebook.com/groups/memoriacarioca/permalink/3698691953505363/

Postado neste blog por Adinalzir Pereira Lamego

17 comentários:

Anônimo disse...

O palacete da foto 1 nunca foi construído na Tijuca.
Ele foi construído sim na rua Benjamin Constant, em PETRÓPOLIS, é ainda está lá, muito bem conservado.

Adinalzir disse...

Valeu, meu caro Anônimo!
Fico muito grato pela observação.
Já foi retificado. Abraço!

J. Pina Gomes disse...

Professor Adinalzir, fico honrado em ter trazido minha publicação, feita no Grupo Memória Carioca Original do Rio de Janeiro, sobre a Mansão da Família Peixoto de Castro, para sua prestigiosa Página de História. A publicação foi motivada pela curiosidade que vem da minha infância e adolescência, na Tijuca, pois, sempre que podia, passava pela Rua do Matoso, esquina com a Rua Santa Amélia, e parava para admirar aquela residência. Até ficava contornando os jardins na pequena colina tentando descobrir mais detalhes, tanto da casa quanto dos automóveis que possuíam.
Abraços e obrigado.
J. C. Pina Gomes, aluno do Instituto Venturo na Pós Graduação em História do Rio de Janeiro, em que tive oportunidade de ter aula com o Sr. agora em março.

Adinalzir disse...

Prezado J. Pina Gomes
Também fico honrado em ter a sua visita aqui no meu blog e mais ainda em saber que você é meu aluno no Instituto Venturo. Várias vezes esse casarão me deixava curioso quando passava pela rua do Matoso, nas várias vezes que precisava ir ao Hospital Central da Aeronáutica. Até que um dia percebi que ele não mais se encontrava lá. Sendo uma grande surpresa para mim encontrar lá no seu lugar um condomínio.
Bastante feliz pelo encontro. Deixo aqui um grande abraço!

Unknown disse...

Eu acompanhei todo o processo de demolição desta mansão e depois a construção do condomínio,pois morava num prédio ao lado,na rua do matoso

Unknown disse...

Eu moro na fazenda deles at hoje.em sp lorena

Unknown disse...

Moro na fazenda mondezir (aras teorema em sp lorena)

Unknown disse...

Eu moro ainda nesta fazenda. Horas teorema. há ela está falinda

Unknown disse...

Eu ainda moro na fazenda mondezir haras teorema fazenda só ficou a saudade hj ela está falinda pelos netos .

Augusto de Oliveira disse...

Antes da demolição da mansão houve uma período aberto a visitação. Eu era criança quando minha mãe me levou por uma visita ao palacete. Lembro bem até hoje.

Anônimo disse...

o casarao é o da Rua Santa Amelia 70.. , não é o de Petropolis

Anônimo disse...

Engano seu. Esta casa ficava na rua Santa Amelia esquina com rua.do Matoso. Eu morei neara casa. Tinha outra casa em Petropolis mas esta era na Tijuca.

Anônimo disse...

Morava, na Rua Alberto Sequeira, próxima à Rua do Matoso. Durante a demolição do palacete, portas, janelas, telhas, etc, foram vendidas ao publico. Por sorte, comprei uma luminária, 3 tampas de ferro de esgoto e 1 pequena porta de ferro. Usadas até hoje em minha residência.

Anônimo disse...

Passei um final de semana na santa

Amélia
Era amigo e colega de classe do João Carlos futuro capeta fim de semana de rei dona Zélia levava o café na cama fora outras mordomia
Na garagem tinha 13 carros
Inclusive a casa tinha piscina e uma vaquinha que fornecia o leite
Fim de semana INESQUECÍVEL
A JOÃO FOI ME BUSCAR NO FLAMENGO ONDE EU MORAVA COM UM CADILLAC COM CHOFER É CLARO
1959

Anônimo disse...

Paulo Roberto Sales Nobre

Anônimo disse...

Preciosos momentos de amizade. Trabalhei no GPC. Conheci os filhos de d.Zelia. De todos, o João Carlos era o POVÃO, apesar da vida milionária que a família vivia.

Anônimo disse...

Show !!!!