Otávio Ribeiro Malta, jornalista brasileiro, natural de Nossa Senhora da Goiânia, Pernambuco.
Escreveu
vários artigos em jornais contra o governo do Estado Novo de Getúlio
Vargas, chegando a ser preso em 1935. Como jornalista do Jornal
Última Hora, escreveu vários artigos contra o Golpe Militar de
1964, sendo perseguido pela ditadura dos generais.
Foi
um dos fundadores, junto com Samuel Wainer, do jornal Última Hora.
Segundo o jornalista Paulo Mota Lima, “Malta foi um brigão
político, propenso a combater péssimos governos, antes da década
de 20”.
Em
1919, aos 17 anos, Malta viajou para o Recife, onde trabalhou no
Diário de Pernambuco, em O Estado e na Notícia. Em 1925
transferiu-se para o Rio de Janeiro e escreveu para A Folha, A
Tribuna, O Imparcial e o Diário de Notícias, já como redator. Foi
durante os períodos de governos de Artur Bernardes e Washington Luiz
que se tornou redator político e cronista. Trabalhou em folhas
oposicionistas de grande influência na época, como A Esquerda, A
Batalha e o Diário da Noite. Também foi secretário de redação de
A Manhã. Segundo Paulo Mota Lima “Depois do Levante de 1935, por
mais de um ano, Malta passou a condição de personagem O Velho Graça
de Memórias do Cárcere, do escritor Graciliano Ramos.
Quando
saiu da Casa de Detenção, um ano depois, Malta trabalhou no Diário
do Povo de Niterói. Foi nessa época que conheceu Samuel Wainer, na
revista Diretrizes, que foi fechada e relançada por ele, por Samuel
e pelo Maurício Goulart, em 1940. Para o governo do Estado Novo,
essa revista era considerada um “ninho de cobras”. Porque lá
trabalhavam também Joel Silveira, Augusto Rodrigues, Aporeli (Barão
de Itararé), Álvaro Moreira e Francisco de Assis Barbosa, todos
inimigos do sistema.
A
partir daí, a revista acabou sendo novamente fechada, desta vez pelo
(DIP) Departamento de Imprensa e Propaganda da ditadura Vargas. No
jornal Última Hora, Wainer e Malta remodelaram a imprensa, mas foram
prejudicados pelo golpe de 1964. Nessa época, Octávio Malta
escreveu um livro, “Os Tenentes na Revolução Brasileira” e
continuou escrevendo no jornal Última Hora com o pseudônimo de
Manoel Bispo, para fugir das perseguições políticas.
Malta
morreu em 25 de abril de 1984, aos 82 anos, vítima de edema
pulmonar, em sua casa no bairro do Flamengo, Rio de Janeiro. Era
casado com Dona Rosa Malta e deixou três filhos: o jornalista Dácio
Malta e os economistas Sérgio e Márcio.
Através
da iniciativa do governo do Estado do Rio de Janeiro. Desde 2006 o
nome desse jornalista homenageia o CIEP 336, localizado no Conjunto
Campinho, Campo Grande, Rio de Janeiro, RJ.
Fonte de consulta:
Jornal do Brasil, 20 de maio de 1984.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Oct%C3%A1vio_Malta
Pesquisa de Adinalzir Pereira Lamego – Professor de História que trabalhou nesse colégio de 1994 até 2012.
Jornal do Brasil, 20 de maio de 1984.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Oct%C3%A1vio_Malta
Pesquisa de Adinalzir Pereira Lamego – Professor de História que trabalhou nesse colégio de 1994 até 2012.
2 comentários:
Parabéns, meu amigo. Muito boa sua pesquisa. Ano passado fiz uma breve pesquisa sobre Castro Rebello, colégio próximo ao mencionado no artigo.
Muito obrigado, Carlos Eduardo!
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