domingo, fevereiro 04, 2018

Por dentro da Matriz de Campo Grande


Foto. Fonte: Carlos Eduardo de Souza.

Localizada numa pequena elevação, no centro econômico e comercial do bairro de Campo Grande, a Igreja de Nossa Senhora do Desterro possui uma história que acaba se confundindo com a origem do bairro. A construção da Capela original se deu em 1673, em terras que atualmente localiza-se o bairro de Bangu. Segundo alguns pesquisadores, também nesse ano, foi criada a Freguesia de Nossa Senhora do Desterro de Campo Grande. Ainda em terras que hoje é o bairro de Bangu, a capela é palco de uma tragédia, no ano de 1716, com assassinatos, incluindo a de um padre. Mais tarde, a igreja "mudou-se" para uma área onde atualmente encontra-se o bairro de Campo Grande.
    
Em 1757 é concedido o Alvará, que é o título da criação de uma freguesia. Por isso, para alguns historiadores, só a partir dessa data é que realmente foi criada a Freguesia de Nossa Senhora do Desterro de Campo Grande. Já em solos campograndenses, em 1882, a igreja passa por outro momento terrível: o templo sofre um incêndio, praticamente destruindo a Paróquia. Porém, com a atitude e os esforços do Padre Belisário dos Santos, de fazendeiros e de autoridades, a Igreja foi reconstruída.
    
Em seu interior, é possível encontrar anotações antigas nas paredes que dão acesso aos sinos, feitas por colaboradores (talvez pintores) que atuaram nas reformas que aconteceram na igreja.



Fotos. Créditos: Carlos Eduardo de Souza.

Abaixo, imagens de um sino da Paróquia e informações sobre ele.


Fotos. Créditos: Carlos Eduardo de Souza.

No local do presbitério e no altar-mor, abaixo encontra-se um ossário, que abriga restos mortais do padre Belisário dos Santos, de Freire Alemão, botânico e médico conceituado que nasceu e morreu no bairro, além de famílias ilustres do bairro.

Foto. Crédito: Carlos Eduardo de Souza.

No teto e nas paredes do templo, imagens que ilustram o religioso.

Abaixo, uma imagem de Jesus Cristo, considerada uma arte Roca, porém, incompleta. Essas imagens eram usadas em procissão, mas perderam espaço para as imagens de gesso, com a chegada da industrialização. O detalhe é o "cabelo", que lembra muito o de um humano.

 Foto. Crédito: Carlos Eduardo de Souza.

Outros "pertences" da  Paróquia.

Órgão de muitas décadas atrás.

Capela ou oratório localizado ao lado da Paróquia, sob o domínio da mesma.


Acima imagens do teto da Igreja.


Imagem de Damião de Molokai, padre que partiu em missão para o arquipélago da Havaí para cuidar de pessoas atingidas por uma epidemia de lepra que havia se instalado no local. A imagem se encontra no que chamam de átrio da igreja.

Foto tirada de dentro das torres dos sinos da Paróquia.




Fotos e Reproduções: Carlos Eduardo de Souza.

Colaboração para o artigo: Deca Serejo.

Postado neste blog por Adinalzir Pereira Lamego

2 comentários:

Francisco Cesar disse...

História das igrejas sempre me fascinam.

GIL disse...

Conheça a @riodeigrejas