Desde os primórdios do estabelecimento da Companhia de Jesus no Brasil, em meados do século XVI, os jesuítas tiveram um papel fundamental no plano da medicina, incorporando esta tarefa aos árduos ideais missionários e educacionais. Alguns deles vinham já de Portugal formados nas artes médicas, mas a maioria acabou por atuar informalmente como físicos, sangradores e até cirurgiões, aprendendo, na prática, o ofício na colonia. A escassez de médicos leigos formados por escolas de medicina na Europa, pelo menos até o século XVIII, o alto preço dos remédios oriundos de Portugal e do Oriente, e a sua frequente deterioração nos navios e nos portos, obrigou-os a voltarem-se para os recursos oferecidos pela terra e para os saberes curativos dos indígenas. Para o enfrentamento das moléstias que assolaram a população colonial, as boticas dos colégios dos inacianos foram singulares, acondicionando diversos medicamentos e elaborando e recopilando receitas para variadas moléstias. O que pretendemos mostrar nesta comunicação relaciona-se, pois, à ação jesuítica no domínio da saúde e das artes curativas no Brasil colonial.
Fonte: Texto de Daniela Buono Calainho
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
2 comentários:
Valeu professor! Que texto sensacional! Já baixei o pdf.
Beijos,
Valeu Helenice Correa!
Sua presença é sempre muito importante por aqui. Volte sempre.
Abraços,
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