sábado, novembro 15, 2025

O Oriente Atlético Clube de Santa Cruz

Essa foto foi tirada no início da década de 1970.

Ela mostra a Rua Nestor e o Oriente Atlético Clube em um dos seus momentos de auge, com o campo ainda em atividade e o Largo do Gonzaga logo abaixo.

Fundado em 13 de junho de 1927, o Oriente foi um dos clubes mais tradicionais de Santa Cruz, reunindo gerações em torno do futebol e da vida social do bairro.

Nos recortes de jornais da época, aparecem nomes como Ary, Farrel, Vale, Cecílio, Paulinho e Valter, atletas que marcaram o time e o futebol local.

Por lá também passaram grandes jogadores, entre eles Bebeto, que mais tarde se tornaria tetracampeão mundial com a Seleção Brasileira. 

O local era conhecido pelos seus bailes de carnaval, festas e shows, que animavam a comunidade e fizeram parte da história cultural da Zona Oeste. Com o passar do tempo, o clube passou por transformações e chegou a ser conhecido como Atlético Clube e Social Show, mantendo viva a proposta de integrar esporte, lazer e cultura na comunidade.

Com os anos, o espaço perdeu suas atividades esportivas e o campo foi concretado.

Hoje, o terreno pertence (ou foi alugado) ao Material de Construção Sérgil, que transformou o antigo gramado em depósito de materiais.

Mesmo assim, o nome Oriente continua vivo na memória de quem viveu essa época dourada do bairro de Santa Cruz. 

Domingos da Guia também atuou com a camisa do Oriente, li uma vez sobre. Me amarro nas histórias dos clubes antigos, disputavam o Departamento Autônomo. O Oriente foi campeão estadual de 31, apesar da FERJ não os listar na cronologia oficial do campeonato carioca, era organizado na época pela Liga Metropolitana de Desportos Terrestres.

Aproveira e escreva nos comentários se você tem alguma foto ou lembrança do local !

Pesquisa feita pelo @raizesdesantacruz

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sexta-feira, novembro 07, 2025

O bairro mais populoso do Brasil impressiona: são 352 mil moradores, 12.500 hectares de verde e uma história que atravessa séculos

Campo Grande RJ

Com 352 mil moradores, o bairro mais populoso do Brasil abriga a maior floresta urbana do mundo e preserva raízes rurais mesmo integrado à metrópole.

Com tanta diversidade de culturas, paisagens e populações, o Brasil abriga bairros que se destacam por dimensões que lembram verdadeiras cidades. O bairro mais populoso do Brasil impressiona com números gigantescos e ajuda a entender a complexidade da urbanização brasileira.

De acordo com o Censo Demográfico de 2022, o território nacional contava com 17.576 bairros oficialmente reconhecidos.

Entre os dez mais populosos, oito estão localizados no Rio de Janeiro, revelando o peso da capital fluminense na concentração urbana.

Além disso, o Brasil possuía 468.097 setores censitários, distribuídos entre 5.568 municípios e o Distrito Federal. O país também registra 10.698 distritos e 643 subdistritos espalhados em 54 cidades.

Em várias capitais e regiões metropolitanas, há bairros cuja população supera a de municípios inteiros, evidenciando um crescimento desigual e intenso nas áreas urbanas.

Esse levantamento destaca as localidades mais habitadas e mostra como esses territórios abrigam uma fatia expressiva da população brasileira.

Bairros e delimitações oficiais

Os bairros são divisões administrativas criadas pelas prefeituras para organizar e gerir os municípios.

Diferentemente de regiões ou zonas de interesse imobiliário, essas áreas seguem critérios técnicos e institucionais, com base em parâmetros definidos por órgãos públicos.

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) é responsável por divulgar as delimitações oficiais, ajustando os limites para que coincidam com os setores censitários usados em suas pesquisas.

As atualizações ocorrem a cada novo Censo, incorporando mudanças nos contornos e nas áreas urbanizadas em expansão.

O bairro mais populoso do Brasil

O título de bairro mais populoso do país pertence a Campo Grande, localizado na Zona Oeste do Rio de Janeiro.

Segundo o Censo de 2022, ele reúne 352.356 habitantes espalhados por 104,9 quilômetros quadrados. Esses números colocam Campo Grande à frente de muitos municípios brasileiros em população e extensão.

A 52 quilômetros do Centro do Rio, Campo Grande também abriga um dos maiores patrimônios naturais da cidade: o Parque Estadual da Pedra Branca, considerado a maior floresta urbana do mundo, com 12.500 hectares.

Essa característica faz do bairro um espaço singular, onde áreas de urbanização intensa convivem com amplas porções verdes e históricas.

História e transformações

A história de Campo Grande remonta ao século XVII. Inicialmente habitada pelos indígenas Picinguaba e posteriormente ocupada por jesuítas, a região teve sua fundação formal em 1673, com a criação da Paróquia Nossa Senhora do Desterro — marco que deu origem à ocupação local.

O avanço dos transportes redefiniu o território. A chegada da ferrovia em 1878 impulsionou o desenvolvimento econômico e populacional, transformando a antiga área rural em um polo urbano em crescimento.

Em 1925, o bondinho elétrico ampliou ainda mais a integração com o restante da cidade, movimento que se intensificou em 2014 com a implantação do sistema BRT.

Emancipação e identidade

Em 1968, o então governador do Estado da Guanabara, Fernando Negrão de Lima, chegou a decretar a emancipação de Campo Grande. No entanto, com a extinção do estado em 1975, a lei foi revogada, e o bairro voltou a fazer parte do município do Rio de Janeiro.

Mesmo após o Plano Diretor de 2011 ter extinguido oficialmente as áreas rurais da cidade, Campo Grande ainda mantém traços do campo.

Agricultores urbanos e feiras agroecológicas preservam parte da tradição rural dentro de uma das regiões mais populosas e dinâmicas do país.

Entenda por que o Grajaú, em São Paulo, não entra na lista dos bairros mais populosos do Brasil

Grajaú - Distrito de São Paulo

Apesar de leitores apontarem que o Grajaú, em São Paulo, possui população maior que a de Campo Grande, o distrito não aparece na lista porque a capital paulista é oficialmente dividida em 96 distritos.

Na Zona Sul da cidade, o Grajaú concentra 384.873 habitantes e 154.205 domicílios, segundo o Censo de 2022.

Apenas 130 municípios em todo o país têm mais moradores do que ele, o que significa que a população do Grajaú supera a de 97,7% das cidades brasileiras.

A média de moradores por domicílio na região é de 2,88 pessoas, revelando o peso demográfico do distrito mais populoso da capital paulista — mas que, por questões administrativas, não se enquadra na lista de bairros mais habitados do país.

Qual o maior bairro de São Paulo?

Embora o Grajaú, em São Paulo, seja o distrito mais populoso do país, o título de maior bairro paulista pertence ao Pimentas, em Guarulhos.

Localizado na Zona Leste do município e próximo a importantes vias, como a Rodovia Presidente Dutra, o bairro soma 168.232 habitantes, segundo o Censo de 2022.

O Pimentas se destaca por sua infraestrutura completa, que inclui escolas, unidades de saúde, comércio diversificado e transporte público eficiente.

Além disso, o bairro é um importante centro de referência cultural, com associações e movimentos comunitários que promovem eventos e fortalecem o senso de identidade local.

Hoje, a região é muito mais diversificada economicamente. Anteriormente, o perfil era industrial e tinha todo o peso na economia do bairro, mas a expansão dos serviços (com a chegada principalmente de grandes centros logísticos) e comércio nos últimos anos equilibrou a balança econômica.

Essa combinação de densidade populacional, estrutura e participação social faz do Pimentas o maior bairro do estado de São Paulo e um dos mais representativos da região metropolitana.

Os 10 bairros mais populosos do país

Além de Campo Grande, outros bairros se destacam pela densidade populacional e extensão. O segundo colocado é Santa Cruz, também no Rio de Janeiro, com 249.130 moradores e 123,11 quilômetros quadrados.

Em seguida vêm Jacarepaguá, com 217.462 habitantes; Bangu, com 209.302; e Cidade Industrial de Curitiba, com 172.510.

Na sexta posição está Pimentas, em Guarulhos, com 168.232 moradores, seguida por Realengo (167.027), Guaratiba (159.888), Barra da Tijuca (151.603) e Tijuca (142.909).

A lista reforça o domínio do Rio de Janeiro entre os bairros mais habitados, evidenciando como a metrópole fluminense concentra boa parte da população urbana do país em territórios que continuam crescendo e se transformando.

Posição Bairro Cidade População (aprox.)

Campo Grande Rio de Janeiro (RJ) 352.356

Santa Cruz Rio de Janeiro (RJ) 249.130

Jacarepaguá Rio de Janeiro (RJ) 217.462

Bangu Rio de Janeiro (RJ) 209.302

Cidade Industrial de Curitiba Curitiba (PR) 172.510

Pimentas Guarulhos (SP) 168.232

Realengo Rio de Janeiro (RJ) 167.027

Guaratiba Rio de Janeiro (RJ) 159.888

Barra da Tijuca Rio de Janeiro (RJ) 151.603

10º Tijuca Rio de Janeiro (RJ) 142.909

Algum bairro de Manaus na lista?

Outros leitores também questionaram a ausência de bairros de Manaus na lista, como São José Operário e Cidade Nova, ambos conhecidos pela grande concentração de moradores.

De acordo com o Censo de 2022, o São José Operário tem 63.455 habitantes, enquanto o Cidade Nova soma 124.935. Já o bairro mais populoso da capital amazonense é o Jorge Teixeira, com 133.448 moradores.

Mesmo sendo expressivos em população dentro de Manaus, esses números não superam o corte do ranking nacional, cujo décimo colocado — a Tijuca, no Rio de Janeiro — possui 142.909 habitantes.

Esses dados mostram que, embora Manaus tenha bairros densamente habitados, nenhum deles atinge o patamar populacional necessário para figurar entre os dez maiores do Brasil.

Repostado do https://clickpetroleoegas.com.br/

sábado, outubro 25, 2025

“Vou dançar o chá-chá-chá, Casas da Banha!” Você se lembra?

Quem viveu nas décadas de 1970 e 1980 certamente já ouviu o famoso jingle do supermercado carioca Casas da Banha, com aqueles seus inesquecíveis porquinhos animados dançando e fazendo compras. A peça foi criada por Miguel Gustavo - compositor, jornalista, radialista e publicitário — o mesmo autor da canção “Pra Frente, Brasil”, da Copa do Mundo de 1970.

Fundada em 1955 pelos irmãos Waldemar, Climério, Venâncio e Hildebrando Velloso — que também foram donos do extinto Jornal dos Sports, impresso em suas páginas cor-de-rosa — essa grande rede de supermercados chegou a ter mais de 200 lojas em vários estados e cerca de 25 mil funcionários.

Nos anos 1970, a Casas da Banha ganhou mais projeção nacional ao patrocinar o programa a Discoteca do Chacrinha. O “Velho Guerreiro” passou a estrelar comerciais do supermercado e, ao saber que o bacalhau estava “encalhado” nos estoques, teve a ideia de lançá-lo à plateia em pleno programa de TV. Nascia ali o icônico bordão: “Vocês querem bacalhau?”. Então as vendas dispararam e o velho Chacrinha teria comentado: “brasileiro adora ganhar um presentinho”. Outros famosos também foram participando das campanhas, como Marília Gabriela, Hebe Camargo, Diogo Vilela e o músico Tim Rescala.

Na década de 1980, a rede investiu pesado em publicidade, adotando a marca “CB” e popularizando aquele slogan “CB, Muito Mais Você”, que virou assinatura da marca. A sigla ficou tão conhecida que entrou no imaginário cultural da época e foi citada em músicas de Raul Seixas, Rogério Skylab e Titãs.


Em 1972, o grupo inaugurou no Rio o 1° hipermercado da América Latina, na Rua Dias da Cruz, no Méier, onde hoje funciona o Prezunic e, pouco depois, o “Porcão”, na Av. Brasil (Penha), com sua torre-relógio de quatro faces. Foi também a primeira rede a abrir um supermercado 24 horas no Brasil, em Copacabana.

Na década de 1990, a crise no setor varejista afetou a rede. Suas lojas começaram a fechar até que, em 1994, a Casas da Banha encerrou suas atividades. Em 1999, a falência foi então decretada.

Repostado do perfil @riomemorias