A observação astronómica no Brasil remonta ao Século XVII durante o Governo de Maurício de Nassau no Recife com a construção do primeiro Observatório em Mauritsstad.
O segundo Observatório mais antigo do Brasil foi na Bahia. Também no Século XVII, Valentin Stansel cientista jesuíta tcheco radicado na Brasil e citado por Isaac Newton, fez grande contribuição para astronomia com sua observação dos Grandes Cometas de 1664 e 1665, notados em todo o mundo. Stansel observou e estudou a passagem desses cometas em seu observatório no Colégio dos Jesuitas na Bahia, onde era professor de Matemática, Aritmética, Geometria euclidiana, Perspectiva e Trigonometria. Escreveu uma pequena obra narrando e analisando os resultados obtidos.
No seu escrito, ele procurou resolver os principais problemas referentes aos cometas discutidos na época: matéria do cometa, sua localização no céu, natureza do seu brilho, trajetória, etc. O manuscrito, composto no primeiro semestre de 1665, circulou na Europa entre várias mãos. O texto chamou a atenção pela qualidade e foi publicado num periódico erudito, o Giornale dei Letterati, de setembro de 1673. A observação do Jesuíta foi citada como fundamental no estudos dos cometas por Isaac Newton em seu livro "Princípios Matemáticos da Filosofia Natural"
De acordo com o padre e historiador Serafim Leite, um dos Observatórios Astronômicos mais antigo do Brasil foi instalado no Colégio dos Jesuítas no Rio de Janeiro, no morro do Castelo em 1730 pelo Padre Miguel Lopes, superior da Companhia de Jesus, com o objetivo de realizar observações regulares de astronomia e meteorologia.
Em 1753, segundo Paola Focardi, o Pe. Jesuita de origem croata Ignac Szentmártony, acompanhado pelo Pe. italiano Giovanni Angelo Brunelli, foi enviado para a Amazônia, a fim de determinar com a máxima exatidão, latitude e longitude de alguns lugares para poder desenhar um novo mapa geográfico do Brasil. O mapa deveria controlar as novas linhas das divisas entre as possessões portuguesas e espanholas que tinham sido estabelecidas anteriormente, pelo Tratado de Madrid.
Fonte: As ciências no Brasil. Fernando de Azevedo, 1955.
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