A partir do século XVIII até o fim da monarquia no Brasil, o local passou a ser chamado Fazenda do Grumari e se dividia em poucos latifúndios de propriedade de Deolinda Maria de Santa Rita, Jacinto Barbosa, João Caldeira de Alvarenga e Francisco Chagas, além de quatro pequenos sítios. Até a implantação do ramal ferroviário de Santa Cruz, que aconteceu em 1879, a proximidade com o mar proporcionava grande prosperidade ao Grumari: naquele trecho do litoral havia embarque e desembarque de mercadorias, que eram comerciadas com o centro urbano do Rio de Janeiro. A partir de então, Santa Cruz passou a ser fonte produtora de alimentos para o restante da cidade.
Mais tarde, em meados do século XIX, o transporte de café, farinha de mandioca e peixe salgado produzidos na região se alternava com a chegada de sal, tecidos, louças, ferramentas e outros manufaturados para a localidade. Mais distante da costa, havia cultivo de frutas diversas, além do café e da mandioca, e das lavouras de subsistência das famílias do povoado, que, segundo os historiadores, eram animadas e realizavam festas com as danças típicas da época, como o xote e a mazurca, além das mais populares – ciranda e batucada. Numa fase posterior, os plantios foram substituídos por bananais, que passaram a ocupar também as encostas.
Segundo Francisco Alves Siqueira, em 1888 foram inauguradas em Grumari a primeira escola municipal e uma agência de correios. Em 1895, surgia a segunda escola na Fazenda do Grumari Grande, na qual as aulas eram ministradas pela proprietária Mafalda Teixeira de Alvarenga. Na década de 1960, com o movimento migratório para os grandes centros, a região ficou esvaziada. A denominação, a delimitação e a codificação do bairro foram estabelecidas pelo Decreto nº 3.158, de 23 de julho de 1981, com alterações do Decreto nº 5.280, de 23 de agosto de 1985.
Grumari é conhecido principalmente pela beleza de sua orla. É o bairro menos populoso da cidade, pois grande parte de sua área é ocupada pela orla e por uma área de proteção ambiental.
A Praia de Grumari tem aproximadamente 2,5 km de extensão, localiza-se a cerca de 20 quilômetros da Barra da Tijuca. A praia não se situa em uma área residencial, sendo parte de uma reserva ambiental, juntamente com a Praia do Abricó. O acesso à praia é feito a partir dos bairros do Recreio dos Bandeirantes, pela Avenida Estado da Guanabara, que começa no encontro da Praia da Macumba com o canal do Rio Morto e da Barra de Guaratiba, através da sinuosa Estrada Velha de Grumari.
Seu nome, que vem do indígena “CURU” (seixos, pedras soltas) e “MARI” (que produz água), também é o nome de uma árvore encontrada nas encostas da região. Cercada pelas serras do Grumari, de Guaratiba e de Piabas, é a última área natural e preservada do litoral carioca.
Constitui o Parque Natural Municipal do Grumari, tombado pelo Estado em 1985, e pelo Município, em 1986. Praticamente isolada, seu acesso se dava pela Estrada Velha de Grumari, sinuosa e estreita, vinda de Barra de Guaratiba ou pela trilha colonial na Serra de Piabas. Na década de 1970, foi aberta a Avenida Estado da Guanabara, ligando o bairro ao Recreio dos Bandeirantes.
Em Grumari há, também, a Praia do Abricó, para os adeptos do naturismo, e a Prainha, tombada em 1989, como Área de Preservação Ambiental – APA - freqüentada por surfistas. Esta última integrava a antiga propriedade de Catarina de Sá e Benevides, nos tempos coloniais.
Fontes consultadas:
https://www.multirio.rj.gov.br/index.php/series/serie/2816-bairros-cariocas
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Grumari
5 comentários:
Moro bem próximo, a Grumari.
Não tem coisa mais linda subir e descer Grumari.
É encantador.
Moro no Recreio dos Bandeirantes.
Show! O Conhecimento é tudo!
Parabéns, Professor Adinalzir! Gosto fo "Conhecimento"!
Obrigada!
Seus comentários contribuem e muito para enriquecer o meu trabalho.
Muito obrigado, meu caro Anônimo!
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