domingo, maio 07, 2023

O Tupi na geografia de Magé.


19 de abril é o Dia dos Povos Indígenas. Mesmo nunca tendo pisado no Brasil, o cartógrafo português Luiz Teixeira, em 1586, fez um mapa da Guanabara. Isso explica o porquê dos rios Magé e Suruí aparecerem com as denominações trocadas entre si. Se olharmos com atenção, o mapa registra "Magepe". A palavra Magé surge, em 9 de junho de 1789, com a criação do Município de Magé pelo Vice-Rei Dom Luiz de Vasconcelos e Souza, com sede no povoado de Magepe.

A memória da presença indígena ficou preservada na denominação de vários topônimos do Município de Magé:

Caioaba = aberto, claro, monte isolado.

Imbariê = coisas misturadas.

Inhomirim (ou Anhumirim) = caminho estreito.

Ipiranga = rio vermelho.

Iriri = concha de marisco.

Itacolomi = menino de pedra.

Itinga = água clara de um riacho.

Magepe (ou Magebe) = casa do pajé.

Mauá = coisa elevada.

Pacobaíba (ou Pacopaiba) = banana que não presta.

Piabetá = muitas piabas ou lambaris.

Surui (ou Sururuy) = rio dos mexilhões.

Obs: Uma dica de leitura muito interessante é o livro de Pedro Guedes Alcoforado, "O tupi na geografia fluminense", publicado em 1950.

Esse texto foi publicado por Antônio Seixas no Grupo História do Municipio de Magé no Facebook. E postado aqui neste blog.

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