Concomitante à educação formal, surgiu uma nova apreciação da influência valiosa da mulher na sociedade. A corte francesa no século XVI começou a aceitar a ideia de que as mulheres eram tão inteligentes e capazes quanto os homens, porém muitíssimo mais atraentes. Subitamente, as amantes reais passaram a ser admiradas, imitadas e enaltecidas. Do século XVI ao século XVIII, a posição de amante do rei foi tão oficial quanto a do primeiro-ministro. Esperava-se que cumprisse certos deveres sexuais e outros -, recompensados por títulos, honrarias e um papel influente na corte. Ela encorajava as artes - teatro, literatura, música, arquitetura e filosofia. Usava seu encanto como arma contra os embaixadores estrangeiros. Acalmava o rei quando ele se zangava, animava-o quando estava desanimado, encorajava-o à grandeza em seus momentos de fraqueza. Assistia à missa diariamente, dava esmolas para os pobres e entregava suas joias ao Tesouro em épocas de guerras.
Fonte: HERMAN, Eleanor. Sexo com reis: 500 anos de adultério, poder, rivalidade e vingança. Tradução de Marisa Motta. 1ªed. Rio de Janeiro: Objetiva: 2005.
Imagem: Retrato de uma dama em um vestido branco adornado em rosa, tela de um seguidor de Francesco Salviati del Rossi, meados do séc. 16. (Foto de Wikipedia Commons)
Originalmente postado no blog Rainhas Malditas
Postado neste blog por Adinalzir Pereira Lamego
Um comentário:
Excelente postagem!
Adorei!
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