Mapa da figura 1: Os limites aproximados da Fazenda de Santa Cruz em relação ao traçado dos Caminhos Velho e Novo.
Confira no texto da professora Manoela da Silva Pedroza colocado abaixo:
"As origens da Fazenda de Santa Cruz
A origem dos domínios que mais tarde formariam a Fazenda de Santa Cruz remontava a uma sesmaria dentre outras concedidas a Cristóvão Monteiro, em 1566. Fidalgo da Casa Real, ele veio cedo para o Brasil acompanhando a nau de Martim Afonso de Souza. Exerceu vários cargos de confiança na Vila de Santos, na década de 1550. Casado com filha de capitão vicentino, Monteiro fez parte do seleto grupo que veio de Santos para fazer guerra contra franceses e tamoios. Chegou à Guanabara trazendo um filho seu e muita gente à sua custa, escravos e índios para participar da tomada do forte Coligny. Lutou e permaneceu ao lado de Estácio de Sá na cidade velha.
Vitorioso em 1565, Monteiro passou a fazer parte do grupo a que chamamos de“conquistadores”. Este grupo conseguiu amealhar os primeiros cargos, mercês e sesmarias noRio de Janeiro. Em 1565, Monteiro recebeu terras em Piratininga, nas bandas da Carioca, no Rio Iguaçu e nos sertões da Gávea. Mas, em 1567, queixou-se ao capitão de São Vicente que não tinha onde fundar uma fazenda para sustentação de sua família, recebendo desta vez mais terras na região de Sepetiba, que iam da aldeia de Sapeagoera até Guaratiba, com um rio no meio chamado Guandu, que formariam a futura Fazenda de Santa Cruz. Segundo BenedictoFreitas, ele foi um dos mais aquinhoados dos 750 portugueses do Rio de Janeiro, em 1587, e pode ser considerado o fundador de uma das linhagens da nobreza da terra carioca. Monteiro, em 1568, foi colocado no cargo de primeiro ouvidor do Rio de Janeiro e, entre 1568 e 1572, foi vereador da cidade. Tratava-se da maneira corriqueira através da qual a Coroa Portuguesa delegava a particulares a execução de serviços, da guerra e das tarefas de colonização.
Vencidos os índios, Monteiro se estabeleceu nas terras recebidas na Baía de Sepetiba. Assumiu domínio e posse das terras que lhe foram concedidas por lá, construiu o primeiro engenho e capela, e lá faleceu. Ao que parece, Monteiro havia deixado clara a vontade de doar parte de suas terras para a Companhia de Jesus. Por isso, em 1589, sua viúva doou sua parte da sesmaria para a Companhia. Tratou-se de um legado pio, semelhante à uma capela, visto que instituiu a obrigação de encomendar a alma do casal. Esse tipo de doação, motivada por temores de sofrimentos após a morte, constituíram a maior fonte do patrimônio da Companhia e mostram sua ascendência moral diante da sociedade local e suas prerrogativas no que tangia à salvação das almas mediante legados imóveis. Segundo Benedicto Freitas, os jesuítas possuíam métodos específicos para dispor dos bens de viúvas ricas, e assim o fizeram.
Em 8 de dezembro de 1589, a filha de Cristóvão Monteiro, Catarina, e seu marido, José Adorno, fizeram uma “troca” da parte que lhes cabia na outra parte da vasta sesmaria herdada do pai, em Sepetiba, por um pequeno terreno que a Companhia possuía em Bertioga. Adorno, de origem fidalga, genovês, também fez parte do grupo vicentino de combatentes no forte Coligny e da carnificina no forte de Cabo Frio. Segundo Benedicto Freitas, ele era muito desprendido de bens materiais, um benfeitor de ordens religiosas, construtor de templos e filantropo. Possuía um tio jesuíta e outro casado com uma filha de Caramuru, servindo inclusive como intérprete da língua nativa para o padre Anchieta, Adorno tinha proximidade com os dois lados da moeda colonial, e suas ações mostram como a violência e o extermínio conviviam bem com o espírito ultrarreligioso da época.
Também no campo da mentalidade, José Adorno transitava pela glorificação do divino em atividades bem materiais. Já viúvo, estava propenso a ingressar na Companhia de Jesus. Segundo Edgard Leite Ferreira Neto, a forte ascendência espiritual da Companhia, evidente na sociedade colonial, dotou-a de diversos mecanismos privados de financiamento. Foram inúmeras as doações particulares para a Companhia, consistindo estas nos principais meios de enriquecimento patrimonial dos jesuítas. Elas atestam, com efeito, além da existência de expressivas relações de poder entre a Companhia e os segmentos sociais importantes da colônia, uma liderança espiritual muito forte entre fazendeiros e outros poderosos. Em nosso ver, esses elementos também indicam os liames familiares e afetivos que uniam os padres à nobreza e fidalguia portuguesas, possibilitando uma ainda maior afinidade de métodos e trocas – materiais – entre eles.
Célere, em fevereiro de 1590, apenas sessenta dias após a doação do casal, a Companhia de Jesus tomou posse da totalidade da sesmaria concedida a Cristóvão Monteiro. Os padres iniciaram prontamente o trabalho de medição e demarcação da área, que durou até 1613. Neste ano já haviam instalado um curral e denominado a fazenda de “Santa Cruz”. Importa aqui notar a rapidez com que os padres agiram na confirmação das sesmarias, demarcação e medição, inéditos naqueles tempos.
Nos anos seguintes, os jesuítas adquiriram mais partes de sesmarias limítrofes a de Santa Cruz. Faziam compras em dinheiro, o que demostra sua disposição para ampliar patrimônios também através do precoce mercado de sesmarias da época. Foram quinhentas braças de testada e meia légua de sertão de terras compradas aos herdeiros de Manoel Veloso Espinha, em 1616, por sessenta mil réis. As que lhe foram concedidas tinham duas léguas de costa, na restinga de Marambaia, e três léguas para o sertão de Guaratiba, e foram legadas aos seus filhos, Manoel Veloso Espinha e Jeronymo Veloso Cubas, que as venderam aos padres.
Em 1645, os jesuítas trocaram com o governador terras referentes à aldeia de Itinga, atual cidade de Itaguaí, o que possibilitou que ‘arredondassem’ a testada da Fazenda de Santa Cruz para leste do Rio Itinguaçu, onde colocaram seu primeiro marco. Finalmente, em 1654 e 1656, adquiriram de Tomé Correia de Alvarenga e seu genro e primo, Francisco Frazão, uma sesmaria ainda maior do que a de Cristóvão Monteiro, pagando o procurador do Colégio quatrocentos mil cruzados ao primeiro e seiscentos mil ao segundo. A gleba havia sido legada por Manoel Correa, pai de Tomé, por sua vez genro de Tomé de Alvarenga, o velho, primeiro conquistador, a quem se concedeu a sesmaria. Segundo o padre, lá já teria havido “cem currais, que se despovoaram por medo dos negros fugidos”. Esta possuía seis léguas em quadra, em continuidade com a sesmaria de Cristóvão Monteiro, e se estendia para além dos altos da Serra do Mar (até o atual município de Vassouras). Portanto, o domínio de Santa Cruz totalizava, em meados do XVII, dez léguas em quadra.
Não era desconhecido dos padres o potencial fluvial-marítimo da Fazenda. Esta possuía abundantes quedas d’água, rios volumosos e navegáveis, e uma extensa testada para o oceano, contando com excelente porto natural. Neste ínterim, é preciso reforçar o “planejamento estratégico” dos jesuítas, de padrão completamente diverso dos outros colonizadores, e a forma com que inseriam a Fazenda de Santa Cruz numa geopolítica dos caminhos e rotas daqueles tempos. Segundo Márcia Amantino, os jesuítas teriam se interessado por aquelas terras por sua localização estratégica (meio do caminho para SãoVicente e também da rota da prata vinda de Buenos Aires). Segundo o mapa produzido por Adriano Novaes, pela Fazenda de Santa Cruz passava, de leste a oeste, o Caminho para São Paulo e, de Sul a Norte, o caminho de São João Marcos, que pode ser visualizado pelo mapa da figura 1 acima. É importante notar também que a Fazenda era costeada a oeste pelo Caminho Velho (criado em 1695) e a leste pelo Caminho Novo para as Minas (criado em 1707), o que pode ser mais bem apreendido pelo mapa da Estrada Real, na figura 1."
Bibliografia:
Ferreira Neto, Edgard Leite. Notórios rebeldes: A expulsão da Companhia de Jesus da América portuguesa. In: Andrès-Gallego, José (org.) Tres Grandes Questiones de la Historia de Iberoamérica. vol. 1. 2a edição. Madrid: FundaciónIgnacioLarramendi, 2005.
Freitas, Benedicto. Santa Cruz: fazenda jesuítica, real, imperial, vol. I: Era Jesuítica (1567-1759). Rio de Janeiro: Edições do Autor, 1985.
Leite, Serafim. História da Companhia de Jesus no Brasil. Tomo II (século XVI - O Estabelecimento). Coleção Coleção Reconquista do Brasil. vol. 202. Belo Horizonte / Rio de Janeiro: Editora Itatiaia, 2000.
Pedroza, Manoela. Capítulos para uma história social da propriedade da terra na América Portuguesa e Brasil. O caso dos aforamentos na Fazenda de Santa Cruz (Capitania do Rio de Janeiro, 1600-1870). (Tese de Doutorado). Niterói: PPGH - UFF, 2018. (663 páginas). Disponível em: < http://www.historia.uff.br/stricto/td/1970.pdf >.
Sobre a autora:
Manoela da Silva Pedroza é Historiadora e Doutora em História pela Universidade Federal Fluminense e autora da Tese “Capítulos para uma história social da propriedade da terra na América Portuguesa. O caso dos aforamentos na Fazenda de Santa Cruz (Capitania do Rio de Janeiro, 1600-1870)”, defendida no Programa de Pós-Graduação em História Social da UFF em 2018.
Vitorioso em 1565, Monteiro passou a fazer parte do grupo a que chamamos de“conquistadores”. Este grupo conseguiu amealhar os primeiros cargos, mercês e sesmarias noRio de Janeiro. Em 1565, Monteiro recebeu terras em Piratininga, nas bandas da Carioca, no Rio Iguaçu e nos sertões da Gávea. Mas, em 1567, queixou-se ao capitão de São Vicente que não tinha onde fundar uma fazenda para sustentação de sua família, recebendo desta vez mais terras na região de Sepetiba, que iam da aldeia de Sapeagoera até Guaratiba, com um rio no meio chamado Guandu, que formariam a futura Fazenda de Santa Cruz. Segundo BenedictoFreitas, ele foi um dos mais aquinhoados dos 750 portugueses do Rio de Janeiro, em 1587, e pode ser considerado o fundador de uma das linhagens da nobreza da terra carioca. Monteiro, em 1568, foi colocado no cargo de primeiro ouvidor do Rio de Janeiro e, entre 1568 e 1572, foi vereador da cidade. Tratava-se da maneira corriqueira através da qual a Coroa Portuguesa delegava a particulares a execução de serviços, da guerra e das tarefas de colonização.
Vencidos os índios, Monteiro se estabeleceu nas terras recebidas na Baía de Sepetiba. Assumiu domínio e posse das terras que lhe foram concedidas por lá, construiu o primeiro engenho e capela, e lá faleceu. Ao que parece, Monteiro havia deixado clara a vontade de doar parte de suas terras para a Companhia de Jesus. Por isso, em 1589, sua viúva doou sua parte da sesmaria para a Companhia. Tratou-se de um legado pio, semelhante à uma capela, visto que instituiu a obrigação de encomendar a alma do casal. Esse tipo de doação, motivada por temores de sofrimentos após a morte, constituíram a maior fonte do patrimônio da Companhia e mostram sua ascendência moral diante da sociedade local e suas prerrogativas no que tangia à salvação das almas mediante legados imóveis. Segundo Benedicto Freitas, os jesuítas possuíam métodos específicos para dispor dos bens de viúvas ricas, e assim o fizeram.
Em 8 de dezembro de 1589, a filha de Cristóvão Monteiro, Catarina, e seu marido, José Adorno, fizeram uma “troca” da parte que lhes cabia na outra parte da vasta sesmaria herdada do pai, em Sepetiba, por um pequeno terreno que a Companhia possuía em Bertioga. Adorno, de origem fidalga, genovês, também fez parte do grupo vicentino de combatentes no forte Coligny e da carnificina no forte de Cabo Frio. Segundo Benedicto Freitas, ele era muito desprendido de bens materiais, um benfeitor de ordens religiosas, construtor de templos e filantropo. Possuía um tio jesuíta e outro casado com uma filha de Caramuru, servindo inclusive como intérprete da língua nativa para o padre Anchieta, Adorno tinha proximidade com os dois lados da moeda colonial, e suas ações mostram como a violência e o extermínio conviviam bem com o espírito ultrarreligioso da época.
Também no campo da mentalidade, José Adorno transitava pela glorificação do divino em atividades bem materiais. Já viúvo, estava propenso a ingressar na Companhia de Jesus. Segundo Edgard Leite Ferreira Neto, a forte ascendência espiritual da Companhia, evidente na sociedade colonial, dotou-a de diversos mecanismos privados de financiamento. Foram inúmeras as doações particulares para a Companhia, consistindo estas nos principais meios de enriquecimento patrimonial dos jesuítas. Elas atestam, com efeito, além da existência de expressivas relações de poder entre a Companhia e os segmentos sociais importantes da colônia, uma liderança espiritual muito forte entre fazendeiros e outros poderosos. Em nosso ver, esses elementos também indicam os liames familiares e afetivos que uniam os padres à nobreza e fidalguia portuguesas, possibilitando uma ainda maior afinidade de métodos e trocas – materiais – entre eles.
Célere, em fevereiro de 1590, apenas sessenta dias após a doação do casal, a Companhia de Jesus tomou posse da totalidade da sesmaria concedida a Cristóvão Monteiro. Os padres iniciaram prontamente o trabalho de medição e demarcação da área, que durou até 1613. Neste ano já haviam instalado um curral e denominado a fazenda de “Santa Cruz”. Importa aqui notar a rapidez com que os padres agiram na confirmação das sesmarias, demarcação e medição, inéditos naqueles tempos.
Nos anos seguintes, os jesuítas adquiriram mais partes de sesmarias limítrofes a de Santa Cruz. Faziam compras em dinheiro, o que demostra sua disposição para ampliar patrimônios também através do precoce mercado de sesmarias da época. Foram quinhentas braças de testada e meia légua de sertão de terras compradas aos herdeiros de Manoel Veloso Espinha, em 1616, por sessenta mil réis. As que lhe foram concedidas tinham duas léguas de costa, na restinga de Marambaia, e três léguas para o sertão de Guaratiba, e foram legadas aos seus filhos, Manoel Veloso Espinha e Jeronymo Veloso Cubas, que as venderam aos padres.
Em 1645, os jesuítas trocaram com o governador terras referentes à aldeia de Itinga, atual cidade de Itaguaí, o que possibilitou que ‘arredondassem’ a testada da Fazenda de Santa Cruz para leste do Rio Itinguaçu, onde colocaram seu primeiro marco. Finalmente, em 1654 e 1656, adquiriram de Tomé Correia de Alvarenga e seu genro e primo, Francisco Frazão, uma sesmaria ainda maior do que a de Cristóvão Monteiro, pagando o procurador do Colégio quatrocentos mil cruzados ao primeiro e seiscentos mil ao segundo. A gleba havia sido legada por Manoel Correa, pai de Tomé, por sua vez genro de Tomé de Alvarenga, o velho, primeiro conquistador, a quem se concedeu a sesmaria. Segundo o padre, lá já teria havido “cem currais, que se despovoaram por medo dos negros fugidos”. Esta possuía seis léguas em quadra, em continuidade com a sesmaria de Cristóvão Monteiro, e se estendia para além dos altos da Serra do Mar (até o atual município de Vassouras). Portanto, o domínio de Santa Cruz totalizava, em meados do XVII, dez léguas em quadra.
Não era desconhecido dos padres o potencial fluvial-marítimo da Fazenda. Esta possuía abundantes quedas d’água, rios volumosos e navegáveis, e uma extensa testada para o oceano, contando com excelente porto natural. Neste ínterim, é preciso reforçar o “planejamento estratégico” dos jesuítas, de padrão completamente diverso dos outros colonizadores, e a forma com que inseriam a Fazenda de Santa Cruz numa geopolítica dos caminhos e rotas daqueles tempos. Segundo Márcia Amantino, os jesuítas teriam se interessado por aquelas terras por sua localização estratégica (meio do caminho para SãoVicente e também da rota da prata vinda de Buenos Aires). Segundo o mapa produzido por Adriano Novaes, pela Fazenda de Santa Cruz passava, de leste a oeste, o Caminho para São Paulo e, de Sul a Norte, o caminho de São João Marcos, que pode ser visualizado pelo mapa da figura 1 acima. É importante notar também que a Fazenda era costeada a oeste pelo Caminho Velho (criado em 1695) e a leste pelo Caminho Novo para as Minas (criado em 1707), o que pode ser mais bem apreendido pelo mapa da Estrada Real, na figura 1."
Bibliografia:
Ferreira Neto, Edgard Leite. Notórios rebeldes: A expulsão da Companhia de Jesus da América portuguesa. In: Andrès-Gallego, José (org.) Tres Grandes Questiones de la Historia de Iberoamérica. vol. 1. 2a edição. Madrid: FundaciónIgnacioLarramendi, 2005.
Freitas, Benedicto. Santa Cruz: fazenda jesuítica, real, imperial, vol. I: Era Jesuítica (1567-1759). Rio de Janeiro: Edições do Autor, 1985.
Leite, Serafim. História da Companhia de Jesus no Brasil. Tomo II (século XVI - O Estabelecimento). Coleção Coleção Reconquista do Brasil. vol. 202. Belo Horizonte / Rio de Janeiro: Editora Itatiaia, 2000.
Pedroza, Manoela. Capítulos para uma história social da propriedade da terra na América Portuguesa e Brasil. O caso dos aforamentos na Fazenda de Santa Cruz (Capitania do Rio de Janeiro, 1600-1870). (Tese de Doutorado). Niterói: PPGH - UFF, 2018. (663 páginas). Disponível em: < http://www.historia.uff.br/stricto/td/1970.pdf >.
Sobre a autora:
Manoela da Silva Pedroza é Historiadora e Doutora em História pela Universidade Federal Fluminense e autora da Tese “Capítulos para uma história social da propriedade da terra na América Portuguesa. O caso dos aforamentos na Fazenda de Santa Cruz (Capitania do Rio de Janeiro, 1600-1870)”, defendida no Programa de Pós-Graduação em História Social da UFF em 2018.
Um comentário:
Parabéns a Professora Manoela da Silva Pedroza pelo texto excelente!
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