terça-feira, setembro 18, 2018

Silbene, símbolo de uma época

Por André Luis Mansur

A Silbene em plena atividade em 2011.

Fechada em março de 2012, a loja Silbene marcou época no bairro de Campo Grande. Situada entre as ruas Coronel Agostinho (o atual calçadão do bairro) e Augusto Vasconcelos, ela se destacou pela qualidade e variedade de seus produtos, desde a papelaria-livraria até a lanchonete, artigos de festas, quadros, produtos de informática etc. Frequentei muito. Lembro que sua banca de jornais trazia periódicos de outros países, os alimentos da lanchonete eram sempre muito bem preparados e, se não me engano, foi a primeira loja a oferecer uso da internet no bairro, o que hoje chamamos de lan house, sem contar a limpeza de toda a loja, que era impecável. Na época de compra de material escolar então, era uma movimentação que jamais se viu em alguma outra loja do ramo em Campo Grande.


Movimento intenso dentro da loja em 2011.

A loja foi fundada em 1960 por Jorge Elias, que sempre esteve à sua frente da loja, provocou depoimentos emocionantes quando encerrou suas atividades, como este, da fotógrafa Malu Ravagnani, publicada no Portal Guaratiba em agosto de 2012: "Não queremos saber o porquê, Sr. Jorge. Queremos que o senhor saiba que muito contribuiu para o desenvolvimento do bairro e pelas vidas das pessoas trazendo para o lado delas o que tinha de mais necessário, o senhor trouxe a modernidade da área de informática e um local onde compramos as tortas dos nossos aniversários. Sua SILBENE hoje é história e acredito que brevemente perderemos também a parte de alimentação. Queremos que o senhor descanse um pouco, que o senhor tenha tempo de admirar uma flor, o canto do pássaro, a dança das nuvens, o brilho das estrelas, que o senhor tenha tempo para si."

A Silbene tinha cerca de 200 funcionários quando fechou, na grande maioria mulheres, e não tinha filiais. Também Bruno Guedes fez um desabafo no blog Bacharel Carioca quando a Silbene fechou, ao ressatar a importância da loja como um símbolo do bairro: "Ela está para o local como o Cristo Redentor para o Rio de Janeiro, a Catedral para Brasília, os pulmões para o corpo humano. E justamente por ali corria o ar que fazia respirar o charme do maior calçadão da cidade".

Parte da loja da Silbene abriga hoje a loja Requinte Magazine e na outra parte está instalada a universidade Unisuam.

André Luis Mansur é jornalista e escritor.

28 comentários:

Cleonice Pereira disse...

Comprei muito material escolar nessa loja.

Adinalzir disse...

Valeu Cleonice Pereira!
Sempre muito grato pela sua visita.

Sergio disse...

Deixou muitas saudades. Suas lanchonetes eram símbolos de qualidades. Não havia nenhuma igual. Na confeitaria era visível o preparo dos bolos tortas etc. Comprei muito. Os salgados nota 11.As tortas eram maravilhosas. A coxinha, sem igual. Em fim, tudo maravilhoso. Parabéns seu Jorge, o senhor entendia do assunto Qualidade, higiene e tudo o mais.

Unknown disse...

Lembro do pastel de forno com caldo de cano....hummm que delícia, bem como o banheiro: limpo e impecável...saudades e símbolo de um tempo muito bom!!!

Unknown disse...

Até hoje eu sinto falta da Silbene, fui criado em Campo Grande e moro em Nova Iguaçu desde 1999 e mesmo assim sempre ia em Campo Grande por causa da Silbene. Faz muita falta.

Unknown disse...

Saudade do sanduíche de salada de galinha da Silbene.

Unknown disse...

Moro em Bangu,mas a maioria das minhas tardes passava na Silbene.Que maravilha eram essas tardes!!!
Eu deixava o tempo passar e nem me dava conta.Era muito relaxante e agradável.SAUDADES💕😅

Unknown disse...

MEU NOME É NILSON LIMA. TRABALHEI NA SILBENE ENTRE MARÇO E OUTUBRO DE 1974. GUARDO AINDA MUITAS LEMBRANÇAS, COM MUITO CARINHO, DESSE TEMPO... . O PROPRIETÁRIO ERA O Sr. JORGE ELIAS ANTÔNIO..., O GERENTE ERA O Sr. BACIN..., O SUB-GERENTE ERA O Sr. HENRIQUE..., O GERENTE DE COMPRAS ERA O Sr. NEWTON..., OS CHEFES DE SEÇÃO, Sr.PAULO..., Sr. JESSÉ..., Sr. MARCOS...,Sr.GEORGE, DA LANCHONETE... . LEMBRO TAMBÉM DE ALGUMAS AMIGAS / AMIGOS: JANETE..., TEREZA..., ALCINA..., REJANE..., MARLENE..., JOSÉ TADEU DO MONTE, PAULO, DA SEÇÃO DE PLÁSTICO. SDS... .

Unknown disse...

Sinto muita falta da Silbene,comprei muito material escolar para o meu neto.Sinto muitas saudades

San disse...

Saudades só de entrar, os atendentes tinham outro nível. Saudades da casa Cruz

Gabriele disse...

Alguém sabe onde encontro uma torta de chocolate parecida com a da silbene? Ou quem fazia? Nossa, tenho tanta vontade. Nunca comi nada parecido.

Tenente Professor Marques disse...

Ponto turístico de Campo Grande... Sempre cruzava a loja para ver a beleza, a limpeza e as delícias ... Parte de minha infância... Muito obrigado por essas lembranças.

Unknown disse...

Essa loja me faz lembrar a minha infância,dos lanches que fazia la com minha saudosa vo.Tudo la era impecável,a limpeza a organizaçao.os salgados,as tortas uma delícia.Bons tempos.Fez história no bairro.

Luciana disse...

Me passa a receita do pastel de forno por favor

Luciana disse...

Quero a receita por favor do pastel de forno

Tia dá Emanuelle disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Leia disse...

Saía de Santa Cruz, pra comer cachorro quente, com colegas do Barão. Bons tempos.

Leilano disse...

Merecia uma réplica em miniatura da Silbene. Assim como tem das grandes obras de Oscar Niemeyer.

Unknown disse...

Minha memória olfativa me remete o cheiro das rosquinhas que ficávamos na fila olhando elas sendo preparada, embalados e sendo entregue.Eu era criança mas não consigo esquecer aquele cheiro e nem o sabor,nunca comi nada igual.
E a máquina que preparava? Era novidade na época!

Vic Perrotta disse...

🙌🏼 Foi um marco na história do Bairro. Sr. Jorge Elias Antônio cumpriu sua missão.

Unknown disse...

Gostaria q voltasse e que outras pessoas pudessem esta dando continuidade a este trabalho lindo do Sr.Jorge Elias campo grande nunca mais foi mesmo sem a Silbene.Ppt favor voltem.Precisamos daquele sorvete de coco,dos donuts,o pao em formato de jacaré,os melhores materiais escolares,brinquedos,e aquela musiquinha de natal no bandolim,nao me conformo com fim da Silbene.Tenho esperanca q Campo Grande volte a ter alegria de novo nem q seja um loja pequena mas com essa identidade unica q so a Silbene tem.

Anônimo disse...

Que saudades, eu trabalhei no setor de massa, boli e pães em 1985 até 89. Como faz falta

Anônimo disse...

AMAVA OS SALGADOS AS MASSAS M. MAE TEM 92 ANOS E SO LANCHAVA NA SILBENE. ELA E A FAMILIA SENTE MUITA FALTA .

Anônimo disse...

Que pena saber que uma empresa que encantou várias pessoas fecha as portas.

Anônimo disse...

Lembro de meu pai me levando a Silbene para comprar uma bola dente de leite! Tinha uns 9 anos na época, mas lembro claramente daquele dia nublado que esperei ansiosamente, ainda consigo sentir o cheiro da loja e daquela bola...nostalgia pura, Silbene era referência em loja de utilidades.

Anônimo disse...

Meu pai, Ahmed Rachid, (seu Almeida), trabalhou, na Silbene, no setor de embrulhos, por muitos anos. Silbene, era uma loja de departamentos, muito bem equipada e com a administração de um empresário e empreendedor de visão. Conhecida em todo o Rio, é muito bem frequentada, por cariocas e fluminenses, pois, praticamente tinha de um tudo. O fundador da Silbene, pai do Jorge, o (seu Elias), e meu pai, eram libaneses e vieram para o Brasil, em períodos próximos. Trabalhei com um irmão do Jorge, (Emilio), em uma loja, de sua propriedade, no início da Coronel Augustinho. Trabalhei na Casa Elias de Rocha Miranda, de propriedade da família, e mais tarde, Jorge e seus irmãos fundaram a Silbene, em Campo Grande. Não tinha conhecimento desta site, fiquei muito feliz, e ao mesmo tempo triste, foi um período importante em minha vida. Parabéns a todos, por preservarem a memória do Jorge Elias Antonio e da Silbene. Abraços, a todos

Anônimo disse...

Trata-se de um " adendo ". Revendo os comentários anteriores, li um de 2021, onde um participante, que se chama NILSON LIMA, não sei, se ainda ativo, neste site, mencionava funcionários de 1974,que trabalhavam, com ele, na Silbene. Nilson Lima, meu pai, trabalhava na Silbene, no setor de embrulhos, nesta época, (1974). Por favor, você conheceu meu pai, (Ahmed Rachid),seu colega de trabalho, conhecido (Seu Almeida) ?. Desculpe o incomodo, Nilson Lima, mais se puder, de um retorno. Um abraço. João Rachid

Anônimo disse...

Parabéns por preservarem a memoria, de um dos maiores empresários do Rio de Janeiro, Jorge Elias Antônio e da Loja Silbene fundada por ele, em 1960, e que com muita tristeza encerrou suas atividade. Muito bom, mais uma vez, parabéns a todos.