Em tempos de carnaval ou em qualquer situação, o que não falta é campanha de conscientização. Beba com moderação, use camisinha, cuidado com as drogas, beba muita água, prefira roupas leves, faça revisão no carro, etc. No caso do xixi na rua, podemos ver que o mau costume é antigo, como prova esta aquarela de Debret, pintada entre 1817 e 1829, que, cheia de ironia, mostra um nobre da época se aliviando na parede, com um escravo que o protege do sol.
Creio que é chegada a hora de acabar com essa falta de educação aqui no Rio de Janeiro. Fora com os mijões, xixi na rua, não! Leiam também os comentários.
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Creio que é chegada a hora de acabar com essa falta de educação aqui no Rio de Janeiro. Fora com os mijões, xixi na rua, não! Leiam também os comentários.
25 comentários:
Professor,
Esse problema de má educação também ocorre aqui na Bahia.
Em Salvador, viadutos estão sofrendo de corrosão e correndo o risco de cair devido à urina deixada pelos mal educados.
Abraços.
Prezado Valdeir Almeida
Aqui no Rio de Janeiro, tem muitos mijões sendo presos. Alguns alegam que os banheiros públicos são poucos, por isso mijam nas ruas. Num dia desses, saiu no jornal "O Globo" que uma mulher visivelmente embriagada fazia xixi na água da praia de Copacabana. Acho que o governo deveria cobrar multa, como fazem alguns países europeus. Para mim, são todos uns mal educados.
Valeu pela visita! Estarei lá no seu blog. Abraços! :)
Então fazer xixi na rua é histórico rsrsr ta difícil de mudar então de uma hora para outra faz parte da nossa cultura .
rsrsr
Abraços prof, Adninalzir,
Obrigado pela visita e por esse excelente trabalho que mostra aqui nesse seu espaço.
Pois é, prezado professor, como já comentado, aqui em Salvador o prefeito tentou, primeiro, na base da conscientização e lançou a campanha "XIXI NA RUA, NÃO" - até hoje uma das escolas em que leciono mantém a faixa bem grande no muro. ( e está lá porque o muro é bem alto)
Aí o prefeito tentou falar grosso e sentenciou: "Quem mijá na rua, vai em cana!"
Deu certo não... os mijões ganharam esse round; (ao menos por enquanto, mas como é coisa antiga, só mesmo imitando o RJ - prenderam sei lá quantos neste carnaval)
Abs!
Isso deve acabar em nosso país de maus educados, isso sim.
O Prof. tem toda razão. Isso é uma Vergonha.
Abraço
Caro Prof. Fabiano Reis
Temos aí uma questão de educação e de evolução da nossa própria sociedade. Infelizmente, isso já está enraizado na nossa herança cultural.
Valeu, amigo! Grato pela visita! :-)
Apoiado, professor!
Infelizmente essa prática não é exclusiva do período de carnaval, bem como já se arrasta por muitos anos, conforme mostra a história.
É por isso que acho que os bannheiros químicos deveriam ser colocados em pontos estratégicos durante todo o ano e nas epocas de festas seu número teriam de ser ainda maior.
Mesmo assim, concordo com a repressão a este ato.
Abraço!
Prezado Jaime Guimarães
Ainda acho que é só prendendo, e cobrando multa que esse problema será resolvido. Não custa nada continuar tentando.
Um grande abraço e muito obrigado pela visita! :-)
Prezado Lucidreira
Apoiado! Repressão neles!
Grato pela visita, :-)
Meu caro Victor Faria
Isso que você diz tem todo o sentido. Repressão, mais educação, aliado a colocação de mais banheiros químicos, talvez esse problema possa ser resolvido. Vamos todos torcer.
Agradeço sua visita e comentário!
Abraços, :-)
Olá professor! Concordo com o protesto, porém, pude comprovar na pele, ou melhor, no nariz, o quanto ficam fedorentos e sujos, os banheiros químicos ao usa-los neste carnaval, sem falar da fila ! não creio que prender seja solução! há muito a se fazer, não é questão apenas de má educação, normalmente se precisarmos de um banheiro, se estivermos no centro da cidade do Rio de Janeiro, só será possível utilizar um banheiro se for a um bar e isso se não for cobrada uma taxa para quem não for cliente! e muitas vezes o banheiro não tem acento sanitário que também é um erro! precisamos descobrir uma maneira mais eficiente e menos autoritária para esse problema!ah! acho um erro colocar os banheiros aglomerados, quando seria mais eficiente espalha-los!evitando-se assim o excesso de mal cheiro e talvez as filas! um abraço!
Meu caro Powerrangel
Sei que são muito convincentes as suas colocações. Mas eu ainda acho, que no geral, existe o problema da falta de educação. Nesses dias de carnaval, eu soube de um sujeito que urinou na descida da escada do metrô. Nessa hora ficou faltando a segurança e a repressão. E aí?
Um grande abraço e muito obrigado pela visita! :-)
O macho e sua mania de demarcar território...
Prezado Argentino Neto
Essa valeu, rsrs.
Muito obrigado pela visita! Abraços, :-)
Olá. Professor!
Esse problema deve ser coibido, pois vai de encontro as regras de trato social. Além disso, o governo deveria dar melhores condições de uso dos banheiros químicos!
Olá, Adinalzir!
Uma das coisas que mais me impressionaram quando fui ao Rio foi o cheiro de dejetos humanos e não me refiro somente ao xixi.
Para mim, o título de "Cidade Maravilhosa" é muito mais propagandístico, pois, apesar dos belíssimos pontos turísticos, é uma cidade maltratada, suja e em alguns pontos fétida.
Os cariocas deveriam honrar mais o título (mal) merecido e cuidar melhor de sua cidade.
Perdoe-me pela franqueza!
Olá, professor, tudo bem? Muito bom. Quando eu vi esta gravura, pensei exatamente nisso. E o pior é que antes ainda tinha o agravante de um escravo proteger o mijão. Fiquei curioso também sobre a história do bloco de mascarados e o Du Clerc. Abraços!
Caro Prof. José Lima Dias Júnior
Ainda acho que essa desordem não será resolvida com mais banheiros químicos. É falta de educação mesmo. Bebem, bebem e não conseguem se segurar. O resultado é essa vergonha que todos nós assistimos.
Grato pela visita e um grande abraço!
Olá, Gigi!
Por mim, você está corretíssima. O carnaval do Rio de Janeiro, por exemplo, há muito tempo deixou de ser uma festa popular. Transformou-se num festival de arruaceiros, beberrões, brigões, drogados e mijões que dão o maior show de falta de educação e desrespeito a nossa cidade. Todos os anos são os mesmos problemas: ruas fechadas, pessoas encurraladas em suas casas, sem contar os prejuízos em portarias de prédios e o odor. O fato é que, governo e sociedade têm enorme parcela de culpa nessa sujeira e "mijação predatória" da "Cidade Maravilhosa". Como carioca, acho que o Rio ainda precisa aprender muito para ser uma cidade séria e civilizada.
Abraços e muito obrigado pela visita! :-)
Prezado André Luis Mansur
Que bom saber que gostou do texto e da gravura. Como você disse... Naquele tempo, havia o escravo para proteger o mijão. Hoje temos nossa própria sociedade a favor, e contra todas as medidas que são tomadas. Realmente, é muito difícil agradar a gregos e troianos.
Abraços e valeu pela visita! :-)
O post é muito pertinente ao período do carnaval, mas esse "privilégio" não é exclusivo do RJ. Então, reforço sua campanha: "MIJÕES, FORA!!!". Um forte abraço Professor Adinalzir.
Meu caro, Leonardo Oliveira
Diante dessa praga que afeta o Rio e outras cidades do Brasil, proponho humildemente um conjunto de regras para tornar esses lugares habitáveis durante o carnaval e outros grandes eventos. São os dez mandamentos do sujeito sem educação: 1)Procurarás um banheiro sempre que necessário; 2) Não mijarás nas vias públicas; 3) Não jogarás lixo nas ruas e praias; 4) Tratarás bem os turistas; 5) Não beijarás ninguém à força; 6) Não beberás demais; 7) Se beberes, não dirigirás; 8) Deixarás a ciclovia para ciclistas e corredores; 9) respeitarás o próximo, ainda que ele não goste de carnaval; e 10) rezarás para que todos sigam estes mandamentos. Ele serve para todos os mijões e pessoas mal educadas do nosso país.
Um grande abraço e muito obrigado pela visita! :-)
É histórico o mau hábito do carioca de urinar nas ruas, assim como é crônica a falta de banheiros públicos na cidade. Em 1776, na primeira tentativa de acabar com o hábito dos moradores do Rio (cerca de 43 mil habitantes) de atirar nas ruas a urina acumulada na noite anterior, o nobre Antônio de Almeida Soares Portugal, o então terceiro vice-rei português, o Marquês de Lavradio (1769-1779), decretou: "Todo sujeito que for arremessar águas servidas pela janela deverá bradar antes "água vai". Ou seja, podia sujar, mas tinha que avisar
Essa preciosidade histórica foi registrada pelo escritor Luís Edmundo de Melo Pereira da Costa no início do século passado, no seu livro "O Rio de Janeiro no tempo dos vice-reis (1763-1808)". Ele descreve em 500 páginas uma cidade suja, onde não havia banheiros públicos, faltava higiene na população e até os nobres interrompiam cortejos para urinar nas ruas.
Segundo o professor e historiador Milton Teixeira, o Marquês de Lavradio legislou em causa própria. Um urinol cheio o acertou, em 1776. Furioso, o marquês imediatamente mandou lavrar uma lei instituindo uma prática que já existia em Portugal - a Lei do "Lá vai água". Mas houve algumas resistências à sua aplicação.
- As pessoas jogavam e avisavam ao mesmo tempo, ou jogavam primeiro e avisavam depois. Segundo Luís Edmundo, alguns bradavam corretamente e arremessavam até coisas mais sólidas - conta Teixeira.
No mesmo livro, Luís Edmundo já revelava a contradição entre a beleza do Rio e a sujeira de suas ruas. Faltava higiene. Escreveu ele: "Como hoje, já era de enlevo e de deslumbramento a impressão que assaltava o estrangeiro ao transpor a barra estreita da Guanabara". O escritor cita ainda o relato do primeiro vice-rei, o Conde da Cunha (dom Antonio Álves da Cunha), que, ao chegar para morar no Rio, reclamou do mau cheiro. "Não suporta as emanações pútridas e o mefitismo que o sitiam, vindos de toda parte. Não tem nariz nem estômago para tanto. E só pergunta, muito espantado, como seu antecessor pôde governar vivendo, como vivia, dentro de tal chiqueiro e tal cidade".
-É famosa uma gravura de Debret mostrando um nobre urinando na rua. O mau hábito tem raiz no passado, assim como a população, em especial o carioca, tem o péssimo hábito de sujar para que outro limpe - lembra Milton Teixeira.
Segundo pesquisas, foi a Princesa Isabel que teve a idéia de criar os primeiros mictórios públicos.
Com a cidade, suja, com muita falta de higiene e todo mundo sem pudores, urinando nas ruas, a princesa Isabel, regente do Império por três ocasiões, resolve, em 1887, pôr em prática um projeto de instalar "mijadouros públicos" na cidade. A princesa Isabel, entretanto, não achou o nome apropriado e, inspirada no latim, mudou o nome, criando a palvra mictório (expelir líquidos), palavra até hoje usada para definir banheiro. Mas o projeto acabou não saindo do papel.
De modo que os primeiros banheiros públicos só foram construidos no Rio pelo prefeito Pereira Passos, no início dos anos 1900. E mesmo assim só quatro: em frente ao Paço; na Praça Tiradentes; no Jardim do Valongo (no Morro da Conceição, na Saúde), até hoje funcionando e passando por reformas; e no Campo de São Cristóvão.
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