Dom António Álvares da Cunha, primeiro Conde da Cunha. Foi o primeiro vice-rei do Brasil a ter sede no Rio de Janeiro. Como vice-rei do Brasil, o Conde da Cunha melhorou as fortificações e defesas então existentes na cidade do Rio de Janeiro. Foi também responsável, no Brasil, por um grande e importante apoio ao Hospital dos Lázaros, um dos mais antigos da cidade do RJ, que se dedicava a cuidar de vítimas de lepra, com capacidade para 52 enfermos naquele período.
A 19 de Dezembro de 1763, dez dias antes de fundar o Arsenal da Marinha, o vice - rei escreveu uma longa carta a Francisco Xavier de Mendonça Furtado, Secretário de Estado da Marinha e do Ultramar (1760-1769) e irmão do todo-poderoso ministro do rei, o futuro Marquês de Pombal.
Nessa carta, recomendou passar um mosteiro que era dos Jesuítas, após a expulsão dos padres da Companhia de Jesus em 1759 ao Hospital, de modo que o edifício poderia acomodar um maior número de enfermos, tendo a possibilidade de separar os doentes do sexo masculino dos do sexo feminino.
Nessa longa carta, o Conde da Cunha fez notar, entre muitas outras considerações, que o velho mosteiro jesuíta se encontrava desabitado e que já se encontrava equipado com uma capela para os defuntos, e que tinha acesso a água potável do Rio Maracanã para cuidar dos enfermos. O vice - rei recomendou ainda, para financiar a expansão do hospital com este novo edifício, cobrar um modesto imposto, que acreditava que os habitantes da cidade pagariam de bom grado para poder ver menos enfermos nas ruas. A 31 de janeiro de 1765 recebeu então o vice-rei um aviso régio que aprovava todas as suas sugestões.
A 31 de janeiro de 1766, exatamente um ano mais tarde, terminaram então as obras de adaptação do antigo mosteiro jesuíta para hospital, com lugar para mais 55 enfermos para além de empregados e escravos. O Hospital dos Lázaros teria assim, em menos de três anos, a sua capacidade ser duplicada.
Compartilhado de A Terra de Santa Cruz.
Postado neste blog por Adinalzir Pereira Lamego
2 comentários:
Um importante hospital.
A antiga rua do Cunha, no Catumbi, o homenagearia? Hoje é Dom Pedro Mascarenhas.
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