A cadeira consiste em uma poltrona de braços, com alto espaldar, firmemente colocada sobre um estrado, com uma coberta oblonga de madeira da qual descem cortinas, geralmente de pano azul, com orlas e guarnições de cor, cuidadosamente fechadas atrás e na frente, mas abertas dos lados, e fáceis de abrir e fechar, à vontade do passageiro. Antigamente, as cadeiras usadas pelas damas eram ricamente ornamentadas, de acordo com o gosto, a riqueza e a posição do dono. As cobertas eram quase sempre pintadas de vermelho, ou preto, e adornadas com flores em relevo e outros ornamentos ricamente dourados.
Os carregadores eram escolhidos, entre os mais fortes e os mais belos negros da família, paramentados com librés vistosas, usando, às vezes, chapéus com plumas de cor. A cadeira ainda está em grande moda na Baía, ao passo que as carruagens são pouco usadas na cidade, em virtude dos morros íngremes sobre os quais foi construída. A "sege" ou "chaise" assemelha-se, em todos os sentidos, às de Lisboa. Sendo mais tosca, é, porém, mais rica em ornamentos. As cortinas da frente são de couro, firmemente esticadas para velar a entrada do sol ou da chuva. Têm encaixados dois pequenos vidros que permitem visibilidade ao passageiro, mesmo quando não deseje ser visto de fora.
A casa, com as armas reais sobre a porta, foi durante anos a residência da Missão Britânica.
Imagem e Texto do Livro "Vistas e costumes da cidade e arredores do Rio de Janeiro em 1819-1820 de Henry Chamberlain.
Compartilhado de A Terra de Santa Cruz.
Postado neste blog por Adinalzir Pereira Lamego
5 comentários:
Que máximo! Parabéns pela postagem!
Prezado Jorge Bernardino.
Fico muito feliz que tenha gostado.
Forte abraço e volte sempre a este blog!
Abraço, e continuação de Boas Festas, com muita saúde.
Prezada Maria
Fico muito grato pela sua visita.
Forte abraço e volte sempre!
Professor Adinalzir, onde se encontra o quartel da PM na av. Salvador de Sá, funcionou, no séc. XIX, a fábrica Rohe, de seges. Pesquise e encontrará inclusive gravuras. Parabéns!
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