quarta-feira, julho 01, 2020

O alagoano Augusto Malta, fotógrafo oficial do Rio de Janeiro entre 1903 e 1936


Augusto Malta. Rio de Janeiro. Acervo Arquivo Geral da Cidade do Rio de Janeiro. Autor Anônimo.

Já em 1900, o alagoano Augusto Malta, que viria a ser o mais  importante cronista fotográfico do Rio de Janeiro das primeiras décadas do século XX, passeava e trabalhava, pedalando pelas ruas da cidade, tendo sido, inclusive, secretário do Grupo de Velocemen, criado para organizar passeios e outros divertimentos ciclistas (Semana Sportiva, 25 de agosto de 1900, na seção “Velocipedia”).

Essa sua relação com a cidade e sua paisagem, construída, inicialmente, por seus deslocamentos com sua bicicleta, se expandiria para a formação de seu significativo legado iconográfico.

Foi, exatamente, a partir da troca de uma bicicleta por uma máquina fotográfica que o Rio de Janeiro ganhou um de seus mais atuantes fotógrafos. Em 1900, Malta comercializava tecidos finos no Centro do Rio e, para fazer entregas de encomendas, usava como transporte a bicicleta. Um de seus fregueses, um aspirante da Marinha, propôs a troca e, a partir desse trato, Augusto Malta começou a se interessar por fotografia.

Em 1903, foi contratado pela Prefeitura do Rio de Janeiro como fotógrafo oficial, cargo criado para ele. Passou a documentar a radical mudança urbanística promovida pelo então prefeito da cidade, Francisco Pereira Passos (1836-1913), período que ficou conhecido como o “bota-abaixo”. Augusto Malta trabalhou na Prefeitura até 1936, quando se aposentou.

Para acessar o link para as fotografias de autoria de Augusto Malta e de seus filhos Aristógiton e Uriel disponíveis na Brasiliana Fotográfica, o leitor poderá magnificar as imagens e verificar todos os dados referentes a elas.

Originalmente postado em Brasiliana Fotográfica

Postado neste blog por Adinalzir Pereira Lamego

2 comentários:

RODRIGO PHANARDZIS ANCORA DA LUZ disse...

Muito do que sabemos sobre a paisagem e o cotidiano do Rio antigo devemos a ele e ao Marc Ferrez.

Adinalzir disse...

Prezado Rodrigo Phanardzis
Exatamente, todos os dois fazem parte da memória coletiva do Rio antigo, com certeza.