Nós estamos nele, ele... É apenas uma metáfora (e talvez a melhor metáfora com a qual eu tive contato até hoje. Absolutamente genial).
Você arriscaria a sua vida pela mensagem? Tem certeza? Ela é realmente importante dessa forma?
O poço, representa sem nenhum pudor todo o nosso egoísmo e cegueira, toda a nossa insensibilidade. E acredito que insensibilidade até seja uma palavra branda para o que quero expressar.
O poço era para ser uma viagem de aprendizado, uma viagem para aprender sobre solidariedade e empatia, sobre "comer" o que você precisa, e nada mais. Pois há pessoas nos níveis abaixo que também precisam dessa "comida".
A "comida" que estava no nível mais alto, era perfeita, mas a ganância, a gula, o egoísmo, destruiu toda a perfeição.
E talvez "O poço" fale sobre o estado, mas por que o estado tem que se adaptar? Por que não é o ser humano que desenvolve a empatia necessária? Se resolvermos o problema da superfície e não resolvermos o problema da raiz, de nada vai adiantar.
Ao meu ver, esse filme fala sobre a humanidade, ele vocifera com autoridade o que somos, ele dilacera a nossa retina para que enfim possamos nos livrar da cegueira (ou talvez, nem assim consigamos nos livrar dela).
E bem, no fundo do poço sobre a esperança. Lá no fundo dele, soterrada por fome, sofrimento, selvageria, sobra a esperança.
Você está disposto a enfrentar toda essa brutalidade para salva-lá?
Esse filme veio a calhar com a pandemia na qual estamos vivendo. Onde o mundo (ou melhor, cada um de nós) envolto em seu imenso egoísmo, declara guerra; mas contra sua própria espécie, e talvez nem tenha dimensão do que está fazendo com o simples ato de sair de casa. Guerra essa, onde até mesmo papel higiênico é motivo para uma batalha.
Originalmente postado em efifania on instagram
Postado neste blog por Adinalzir Pereira Lamego
3 comentários:
Um filme excelente!
Prezado Eduardo Morales
Também gostei. Agradeço pelo comentário
Abraço!
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