quarta-feira, fevereiro 27, 2019

História que você não aprende nos colégios e nas universidades



60 anos do massacre na Construtora Pacheco Fernandes Dantas.

No Carnaval de 1959, os chefes da Pacheco Fernandes tomaram medidas para evitar que os operários deixassem os alojamentos. A água foi cortada para que, sem banho, não fossem buscar diversão na Cidade Livre (atual Núcleo Bandeirante). O pagamento do salário no sábado ficou retido.

No domingo, dia 8 de fevereiro, a cantina serviu comida estragada. Os operários reclamaram, os ânimos se exaltaram e começou um quebra-quebra. A Guarda Especial de Brasília, a temida GEB, foi chamada para reprimir o tumulto e passou a espancar os envolvidos. A violência revoltou até mesmo os trabalhadores que não haviam participado da quebradeira, e todos partiram para cima dos policiais.

Os homens da GEB se retiraram, prometendo retaliação. Voltaram à noite ao acampamento, em número maior e com mais armamento — inclusive metralhadoras —, entraram nos alojamentos e começaram a disparar contra trabalhadores que dormiam nos beliches.

O número de vítimas nunca foi oficialmente revelado, nem a identificação dos corpos. O enorme canteiro de obras da nova capital estava longe dos olhos da imprensa, da Justiça e da opinião pública dos grandes centros.

Fontes:
Memorial da Democracia - http://bit.ly/2GPb006
Histórias de Brasília - http://bit.ly/2GSKtiM

Postado neste blog por Adinalzir Pereira Lamego

4 comentários:

RODRIGO PHANARDZIS ANCORA DA LUZ disse...

Caro Prof. Adinalzir,

Se não fosse pelo seu blogue, esse fato continuaria desconhecido para mim. E olha que já estive algumas vezes em brasília nos recentes anos visto que minha mãe reside lá, tendo em visitado lugares que falam sobre a histórica construção da cidade sempre focando no sucesso dos empreendimentos.

Verdade é que muitos feitos grandiosos se fizeram às custas da vida humana com a vil exploração do trabalho. Assim, fico a pensar, quantas pessoas não teriam morrido na época da construção das pirâmides do antigo Egito, das torres das cidades mesopotâmicas e do sagrado Templo de Salomão? Neste caso, nenhum verso da Bíblia registrou um óbito pois, na certa, o autor sacro omitiu.

Sendo assim, parabenizo-o pela postagem e aproveito para lhe desejar um ótimo período de festa.

Abraço

Adinalzir disse...

Prezado Rodrigo Phanardizis
Como sempre fico muito honrado pela sua visita e comentários sempre muito abrangentes.
Meu blogue está aqui para isso. Colocar a história ao alcance de todos.
Um forte abraço e um excelente carnaval!

Anônimo disse...

Pois aí está o resultado do FASCISMO implantado por Getúlio. Empresas que se tornaram amigas do governo podem tudo, até o dia de hoje.

Anônimo disse...

😱😱😱😱😱😱😱