Durante meses vivemos os horrores da guerra do Iraque. Deixou de ser a ficção de um filme que concorre para um Oscar de Holywood. Pela primeira vez o mundo inteiro tomou consciência e assistiu perplexo o absurdo do confronto bélico desde a gestação até os estertores do melancólico desfecho.
As manifestações populares se alternavam na diversidade dos povos e culturas e a palavra paz foi decantada em todas a línguas com revoadas de tantas pombas brancas que levaram a esperança para o infinito.
Por outro lado, no campo da morte, parecia não existir o ser humano. Ele foi substituído por robôs de um videogame, ao vivo, onde os comandos implacáveis manipulavam tanques e aviões a semearem o caos e o luto da morte.
Presenciamos perplexos a alta tecnologia da indústria da morte e a insensatez a que chega o ser humano quando a obstinação toma conta de alguém com as terríveis e inconseqüentes determinações e justificativas.
Mas, quem ficou com o prejuízo? Certamente não foram os senhores da guerra que perderam tanques e aviões, viram saqueados seus palácios, derrubadas as estátuas, queimada sua imagem.
Eles simplesmente entraram na história como loucos e ditadores bandidos... Como sempre acontece, ficou para os desprotegidos, as crianças, os jovens, os idosos e, sobretudo, para as mães.
Uma população inteira vendo suas casas destruídas, a procurar nos escombros alguma coisa que ainda restou da história que construíram.
Do outro lado do mundo, na intimidade de seus lares distantes, quantas famílias americanas e inglesas, viam, na silhueta de cada soldado, em cada tanque ou canhão, avião ou helicóptero que aparecia nas imagens da TV, imagem do esposo ou pai, do filho, o noivo, do namorado ou de um amigo querido...
E as crianças? Famintas, feridas, mutiladas, já não tinham o que chorar e sofrer...
Seus olhos diziam tudo... Perderam a expressão de alegria descontraída da inocência da infância. Invadiram-lhes o coração, a tristeza da dor, do vazio, do abandono, a falta de esperança.
Será que vamos aprender e tirar uma lição da guerra? Dessa guerra de um distante Iraque com seus desertos e campos de petróleo e da nossa guerrilha quotidiana com as balas perdidas dos tiroteios, os ônibus incendiados nas noites e madrugadas, das agressões e violências dos assaltos?
O mês de maio nos traz a celebração do simbólico Dia das Mães. sobre os escombros de tantos lares e famílias entristecidas.
Que ele nos ajude a reverter os sinais de ódio, vingança e desamor disseminado no coração humano. Mirem-se no exemplo das mulheres de Bagdá...
Com suas roupas austeras, cabeças cobertas e olhares sofridos, são as Nossas Senhoras das Dores que carregam no colo o que restou dos filhos para restitui-lhes vida!
E a vida só é possível quando houver alguém que tenha por ela, os mesmos sentimentos de um coração de mãe!
Pe. Paulo D´Elboux, SJ, Reitor do Colégio Santo Inácio
As manifestações populares se alternavam na diversidade dos povos e culturas e a palavra paz foi decantada em todas a línguas com revoadas de tantas pombas brancas que levaram a esperança para o infinito.
Por outro lado, no campo da morte, parecia não existir o ser humano. Ele foi substituído por robôs de um videogame, ao vivo, onde os comandos implacáveis manipulavam tanques e aviões a semearem o caos e o luto da morte.
Presenciamos perplexos a alta tecnologia da indústria da morte e a insensatez a que chega o ser humano quando a obstinação toma conta de alguém com as terríveis e inconseqüentes determinações e justificativas.
Mas, quem ficou com o prejuízo? Certamente não foram os senhores da guerra que perderam tanques e aviões, viram saqueados seus palácios, derrubadas as estátuas, queimada sua imagem.
Eles simplesmente entraram na história como loucos e ditadores bandidos... Como sempre acontece, ficou para os desprotegidos, as crianças, os jovens, os idosos e, sobretudo, para as mães.
Uma população inteira vendo suas casas destruídas, a procurar nos escombros alguma coisa que ainda restou da história que construíram.
Do outro lado do mundo, na intimidade de seus lares distantes, quantas famílias americanas e inglesas, viam, na silhueta de cada soldado, em cada tanque ou canhão, avião ou helicóptero que aparecia nas imagens da TV, imagem do esposo ou pai, do filho, o noivo, do namorado ou de um amigo querido...
E as crianças? Famintas, feridas, mutiladas, já não tinham o que chorar e sofrer...
Seus olhos diziam tudo... Perderam a expressão de alegria descontraída da inocência da infância. Invadiram-lhes o coração, a tristeza da dor, do vazio, do abandono, a falta de esperança.
Será que vamos aprender e tirar uma lição da guerra? Dessa guerra de um distante Iraque com seus desertos e campos de petróleo e da nossa guerrilha quotidiana com as balas perdidas dos tiroteios, os ônibus incendiados nas noites e madrugadas, das agressões e violências dos assaltos?
O mês de maio nos traz a celebração do simbólico Dia das Mães. sobre os escombros de tantos lares e famílias entristecidas.
Que ele nos ajude a reverter os sinais de ódio, vingança e desamor disseminado no coração humano. Mirem-se no exemplo das mulheres de Bagdá...
Com suas roupas austeras, cabeças cobertas e olhares sofridos, são as Nossas Senhoras das Dores que carregam no colo o que restou dos filhos para restitui-lhes vida!
E a vida só é possível quando houver alguém que tenha por ela, os mesmos sentimentos de um coração de mãe!
Pe. Paulo D´Elboux, SJ, Reitor do Colégio Santo Inácio
COMENTÁRIO: O autor deste blog oferece este texto para todas as mães e em especial as mães de Bagdá.
Nenhum comentário:
Postar um comentário