Caminhada de reconhecimento da APA das Brisas e a Ilha de Guaraqueçaba

 

Um dos últimos remanescentes florestais de Restinga Arbórea e Floresta de Terras Baixas para o município da cidade do Rio de Janeiro, abrigando espécies endêmicas do Estado e ameaçadas de extinção. Uma área que precisamos preservar!

Corredor Ecológico - APA das Brisas e APA da Serra da Capoeira Grande.

A maioria das pessoas olham para esta região somente como simples área verde. Mas o que estas pessoas não sabem é que estas duas APAs (Áreas de Proteção Ambiental) estão ligadas em diversos fatores naturais. Por isso devemos lutar pela preservação e a criação de Corredores Ecológicos. Estes visam a mitigar os efeitos da fragmentação dos ecossistemas promovendo a ligação entre diferentes áreas, com o objetivo de proporcionar o deslocamento de animais, a dispersão de sementes, aumento da cobertura vegetal.

Belezas únicas da nossa terra. 

Mas apesar das formas e cores nossa fauna e flora que existem nas Restingas, elas nunca param de serem atacadas e devastadas. Pois a especulação imobiliária está sendo arrumando um jeito de burlar as leis e tentar ocupar essa áreas.  Porém esse importante e complexo ecossistema é o lar de importantes espécies de animais. Alem disso, algumas espécies da flora possuem valor medicinal. Preservar as Restinga, junto com os Manguezais é a única forma de evitar o avanço descontrolado do Mar. A APA das Brisas é uma unidade de conservação municipal de uso sustentável, majoritáriamente privada, que foi criada em 1992.

02 de Fevereiro - Dia Mundial das Zonas Úmidas.

As Zonas Úmidas podem ser definidas como áreas de pântano, charco, turfa ou água, natural ou artificial, permanente ou temporária, com água estagnada ou corrente, doce, salobra ou salgada, incluindo área de água marítima com menos de seis metros de profundidade na maré baixa. Tem um papel fundamental na manutenção da biodiversidade e para a regulação do clima. Situadas em uma área de transição entre os ecossistemas aquáticos e terrestres, essas áreas são muito vulneráveis.

Um jovem Jaçanã (Jacana Jacana) faz um belo vôo rasante sobre uma das lagoas da APA das Brisas. Afinal essa grande Área de Preservação Ambiental que mistura mangue, restinga, áreas úmidas e floresta, serve de abrigo e moradia para diversas aves.

Com seus quase 30 anos de criação, a APA das Brisas ainda não apresenta um plano de manejo e vem sofrendo inúmeros danos em seus ecossistemas sensíveis e raros para o município do Rio de Janeiro. Sendo uma área com elevada biodiversidade e com um grande potencial turístico, educativo e científico.

Créditos do texto e das imagens referenciadas acima: 

  # @sosapadasbrisas  @yuriborbaoficial

Algumas observações sobre a caminhada para reconhecimento da APA das Brisas (Área de Proteção Ambiental das Brisas):

Conforme estava previsto, realizamos no dia 09/09/2023, sábado, essa caminhada. Mas devido à intensidade dos ventos na região de Guaratiba, não foi possível fazer o reconhecimento da Ilha de Guaraqueçaba. De modo que estaremos remarcando nova atividade durante o mês de outubro. 

Participaram da travessia da trilha: Beth Souza, André Luís Mansur, Adinalzir,  Bruno, Silvan, Marcelo Ciro, Isra, Sinvaldo e Manfred Bert, o paisagista alemão, que serviu de guia, com competência e profissionalismo. 

De qualquer forma foi um programa agradável e bastante proveitoso. Seguem as fotos que foram enviadas pelo Repórter Fotográfico Marcelo Ciro. Nossos agradecimentos ao Sr. Geraldo, o Pescador de Pedra de Guaratiba, que ficou de prontidão para nos conduzir à Ilha de Guaraqueçaba, programa que será feito em outra oportunidade.

O texto acima foi produzido pelo professor  e historiador Sinvaldo Nascimento Souza.