quinta-feira, dezembro 05, 2019

Pra quem não sabe, não lembra, ou não entendeu bem:



Ditadura Militar Brasileira  (1964–1985)

A história brasileira é marcada por grandes manifestações de luta entre a população e aqueles que detêm o poder. A ditadura militar é considerada um dos períodos mais aterrorizantes vividos pela sociedade brasileira, que, no ano de 1964, inconformada com a crise política do País, realizou passeatas contra o governo do então presidente João Goulart, que até então prometia a reforma das bases. Contudo, a parte conservadora da sociedade realizou manifestações contrárias ao discurso presidencial e, visto a enorme crise política e tensão social, a fim de evitar uma guerra civil, os militares tomaram o poder. O então presidente se refugiou no Uruguai e, consequentemente, ao longo dos anos, diversos generais mãos de ferro controlaram o País, cerceando a liberdade em geral, oprimindo e perseguindo a população opositora ao regime instalado, que, na tentativa de salvar o País, lutou como guerrilheira, sendo que nem todos os contrários eram, necessáriamente comunistas. A maioria era contrária às arbitrariedades cometidas.

No final de 1968, foi instituído AI-5, com consequências muito graves, como o fechamento do Congresso Nacional, a censura total dos meios de informação, perseguição a funcionários públicos (inclusive Juízes, Deputados e Senadores), artistas, intelectuais, professores, escritores e demais engajados na luta contra os desmandos dos militares, com perseguições diversas, torturas horrendas, exílios e mortes, até mesmo de pessoas não envolvidas, por simples "achismo", sem julgamento nem contemplação.

Com o passar dos anos, a situação econômica e as tensões sociais seguiam aumentando, mas, no ano de 1984, com a fragilização do poder militar e a vertiginosa crise econômica, ocorreu o movimento Diretas Já, um movimento social no qual milhares de brasileiros saíram às ruas a fim de exigir a aprovação, pela Câmara dos Deputados, da emenda do político Dante de Oliveira, que buscava o retorno das eleições presidenciais e o fim da ditadura. Contudo, apesar de a emenda não ter sido aprovada, a ditadura militar findaria e, no ano seguinte, deu espaço à redemocratização do País, com a escolha do deputado Tancredo Neves como presidente, o qual, em virtude do seu precoce falecimento, foi substituído pelo vice-presidente José Sarney, que, em 1988, aprovaria a nova Carta Magna, ou seja, a Constituição Federal de 1988 e, assim, o Estado Democrático de Direito.


Postado neste blog por Adinalzir Pereira Lamego.

Um comentário:

Clarice Ribas disse...

Que não voltemos mais a esses tempos sombrios.