A Revolução Francesa (1789) teve efeitos também na moda da Europa: linhas mais simples, vestidos tipo império e inspiração na tradição greco-romana – até os cabelos se tornaram mais curtos com a onda anti-monárquica e anti-nobreza. Ainda mais interessante é o efeito das ideias revolucionárias nos calçados femininos e masculinos.
A proposta era se vestir de maneira mais despojada e sem luxo (já vimos como isto durou pouco) e os saltos altos passaram a ser mal vistos pelos revolucionários. A moda na corte de Maria Antonieta era usar sapatos ricamente ornamentados com bordados e pedrarias, sempre com saltos altíssimos, tanto para mulheres quanto para homens (estes usavam saltos um pouco mais discretos). Com a Revolução, os sapatos se tornaram menos enfeitados, mais sóbrios, e os saltos abaixaram muito. Algumas mulheres usavam um saltinho de poucos centímetros, só para não perder o hábito.
Maria Antonieta, por exemplo, foi decapitada usando um modelo de salto modesto e sem detalhes – muito diferente dos modelos extravagantes que escolhia nos seus tempos de rainha. Como ninguém queria perder a cabeça, as damas e cavalheiros abriram mão dos calçados mais glamorosos. E este modismo não ficou só na França, os ingleses e italianos também aderiram e desceram dos saltos – como dizemos hoje.
Publicado em 22 de fevereiro de 2014 por Márcia Pinna Raspanti
Fonte: http://historiahoje.com/
4 comentários:
Muito bom entender a origem e motivos dos hábitos!
Grande Adinalzir Pereira:
Você tem postado muito pouco em sua página.
Felicidade e paz para você e para todos que pertencem ao seu círculo de amizade.
E cortaram os bicos dos sapatos nas guilhotinas
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