quinta-feira, setembro 15, 2011

Pequena história dos nossos livros de História

.Quando a Independência foi proclamada em 7 de setembro de 1822, o País se viu na urgência de contar a própria história. Na ausência de livros brasileiros, os mestres buscaram publicações européias que servissem de apoio aos estudantes da nova nação.

O primeiro livro didático adotado nas escolas foi Resumo da História do Brasil até 1828, baseado em obra francesa. Outros surgiram, sempre adaptados de obras estrangeiras de história universal. Entre os autores que os estudantes das elites brasileiras liam, estava o historiador Victor Duruy, ministro da França.

Viriam então os autores brasileiros: José Inácio de Abreu e Lima (1796-1869), general que lutou nas guerras de independência da América do Sul; e Adolfo de Varnhagen (1816-1878), estudioso do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro.

Em 1861, sai Lições de História do Brasil, com formato inovador. Reúne os fatos em ordem cronológica, com resumos e questionários ao final de cada capítulo, para ajudar a memorização.

Escrito por Joaquim Manuel de Macedo, romancista de A Moreninha e professor de História, era inspirado no conteúdo de suas aulas. Foi um sucesso. O historiador João Ribeiro (1860-1934) também empreenderia uma revolução, ao incluir em seus trabalhos temas como história do cotidiano e história local, além de valorizar ilustrações. Suas obras seriam adotadas até a década de 1960.

Texto de Juliana Winkel.

Saiba mais em: Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro

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8 comentários:

José Lima Dias Júnior disse...

As obras deixadas pelos historiadores Victor Duruy, Abreu e Lima, Varnhagen, Manuel de Macedo e João Ribeiro que enalteceram os feitos das elites locais, não podem ser desprezadas, já que são fontes de pesquisa e nos ajudam no fazer histórico.

Abraço,

Prof. José Lima Dias Júnior

Adinalzir disse...

Prezado Prof. José Lima Dias Júnior
É evidente que esses e outros historiadores também cumpriram solitariamente um papel inovador e muitas vezes de forma brilhante e pioneira. Mesmo com as mudanças que essa história tenha sofrido até os nossos dias, seus esforços ajudaram a promover uma grande ampliação no campo do conhecimento histórico que chegou até os nossos dias. Fico muito grato pela visita e deixo aqui um grande abraço!

Lilian Ferreira disse...

Concordo plenamente. Enaltecendo a elite, mas ainda assim, faz parte de nossa história. Até para nos proporcionar um parâmetro,um contraponto, não é?

Adinalzir disse...

Prezada Lilian
É isso aí. Parâmetros e contrapontos são sempre fundamentais na análise histórica. Grato pela visita!

Sítio Casarão disse...

Que saudades tenho das coisas que não vive!
Parabéns pelo Blog!

Valdeir Almeida disse...

É interessante conhecer a história dos livros de história: uma metalinguagem que preserva épocas. Bom saber também que um de meus autores favoritos, Joaquim Manuel de Macedo, foi autor de livros de história.

Abraços, professor e ótima semana.

Adinalzir disse...

Prezado Sítio Casarão
Agradeço sua visita e comentário.
Abraços! :-)

Adinalzir disse...

Prezado Valdeir Almeida
Fico muito feliz em saber que você gostou da postagem. Muito obrigado pela visita e um grande abraço!