quinta-feira, abril 29, 2010

Gazeta oitocentista


Da economia à literatura, do anúncio da fuga de escravos ao da venda de vestidos da moda, muitas são as possibilidades de pesquisa nos jornais oitocentistas.

"Os jornais são uma fonte inesgotável para os historiadores. Nas páginas dos antigos periódicos foram registrados diversos aspectos da vida política, econômica, social e cultural do país.

Quanto a isso basta citar o clássico livro de Gilberto Freyre, cujo título quilométrico é bastante elucidativo a respeito das potencialidades dos acervos jornalísticos: O Escravo nos anúncios de jornais brasileiros do século XIX: tentativa de interpretação antropológica, através de anúncios de jornais, de característicos de personalidade e de deformações de corpo de negros ou mestiços, fugidos ou expostos à venda, como escravos, no Brasil do século passado.


No Brasil, a criação desse meio de comunicação data de 1808, quando a transferência da Corte portuguesa pôs fim à proibição colonial em relação à imprensa. Nesse mesmo ano, passou a circular em nosso território o Correio Braziliense, impresso em Londres, e a Gazeta do Rio de Janeiro.


Reproduções das páginas pioneiras do Correio estão no site da Brasiliana da USP. Já a Biblioteca Nacional disponibiliza vários volumes da Gazeta em seu site, que também abriga coleções de outros jornais antigos, como o Idade d’Ouro do Brasil (1811-1818), da Bahia, ou O Conciliador (1821-1823), do Maranhão.


Mais de 50 mil páginas de periódicos mineiros do século XIX também podem ser acessadas através do Arquivo Público Mineiro, que oferece aos pesquisadores uma base com 267 títulos, como O Universal, jornal liberal que circulou durante vinte anos, um marco para a época. Ainda em Minas, a Universidade Federal de São João del-Rei e a Biblioteca Municipal Baptista Caetano d´Almeida constituíram um importante acervo jornalístico online, assim como a Coleção Linhares, pertencente ao site da Universidade Federal de Minas Gerais. Nela, estão reunidos os primeiros exemplares de periódicos que circularam em Belo Horizonte.


Nas consultas pela rede, é possível cruzar os oceanos e também pesquisar os acervos jornalísticos de Portugal, onde as primeiras gazetas foram publicadas no século XVII. São duzentos anos a mais de material para os historiadores em sites como o Observatório da Imprensa e a Hemeroteca Digital."


Autor: Professor Renato Venâncio, da UFOP
Fonte: Revista de História da Biblioteca Nacional

Esse texto foi utilizado como fonte de pesquisa nas minhas aulas de História.

4 comentários:

Unknown disse...

Olá prof., mais uma das suas, os sites são interesantíssimo, e como é bom ver e ler os tabloides antigos.
Parabéns.
Abraço

Adinalzir disse...

Meu caro Lucidreira

Que bom que gostou do post. Agradeço a sua visita.

Abraços, :-)

Sabrina (aluna) disse...

Oi Prof!

Eu também adoro ler sobre jornais antigos. Muito bom o texto!

Beijos

Adinalzir disse...

Oi, Sabrina

Fiquei muito feliz com a sua visita. Volte sempre que puder.

Beijos!