sexta-feira, maio 17, 2024

Um resumo histórico da Banda 24 de fevereiro, Santa Cruz, RJ.

Fundada em 24 de Fevereiro de 1891 por pessoas ilustres do bairro de Santa Cruz, a banda surgiu como uma homenagem à primeira Constituição Republicana. Seu primeiro presidente foi Felipe Basílio Cardoso Pires e seu primeiro regente o Maestro Manoel Angelino de Oliveira.




A trajetória da banda foi marcada pelas retretas em praças, participações em festas religiosas e presença em eventos de destaque como a inauguração do Trem Elétrico de Campo Grande a Santa Cruz, que contou com a presença do Presidente Getúlio Vargas.



Em sua sede acontecem ensaios semanais e são oferecidos cursos livres de música.



A banda centenária já formou gerações de músicos que integraram as bandas do Exército, da Polícia Militar, do Corpo de Bombeiros e de Fuzileiros Navais, além de orquestras sinfônicas.

Inúmeros acontecimentos importantes integram a vida desta centenária banda de Santa Cruz.

Texto e Fotografias: @marcelo_ciro

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terça-feira, maio 14, 2024

Biografia de Gustave Courbet

Gustave Courbet (1819-1877) foi um pintor francês, um dos pioneiros da pintura realista no século XIX, que procurou retratar o cotidiano de forma imparcial e objetiva, evitando as pinceladas intensas e dramáticas dos românticos.

Combatendo a arte acadêmica convencional, criou um estilo energético que deu nova importância aos menores fatos da vida cotidiana, abrindo caminho para os impressionistas.

Jean Désirè Gustave Courbet nasceu em Ornans, interior da França, no dia 10 de junho de 1819. Filho de ricos proprietários rurais, desde cedo mostrava interesse pelo desenho e pela política, influenciado por seu avô que externava um forte sentimento republicano.

Juventude e início da carreira

Com 12 anos, ingressou no Seminário de Ornans, onde iniciou seus primeiros estudos de artes. Em seguida, entrou para uma escola em Besançon, onde deu continuidade às aulas de desenho.

Em 1839, Courbet foi estudar direito em Paris, mas não tardou a abandonar o curso para se dedicar à arte. Alugou um ateliê e dedicou-se à pintura como autodidata.

Iniciou-se na arte copiando no Louvre os mestres espanhóis do século XVII e frequentando o estúdio do pintor Charles Steuben. Nessa época, a França vivia momentos de efervescência política, social e artística.

Nessa época, Courbet passou a frequentar os cafés de Paris, que reuniam um grupo de artistas franceses, que reagiam contra a subjetividade, individualismo e obsessões históricas dos românticos que retratavam cenas bíblicas e mitológicas, passando a adotar um estilo baseado na lealdade da natureza.

Na década de 40, Gustave Courbet pintou autorretratos, entre eles: Autorretrato com um cão (1842), que foi aceito pelo Salão. Nos anos seguintes, só algumas de suas obras foram aceitas.

Autorretrato com o cão (1842)

No entanto, Courbet gabava-se de desagradar o júri e via nessas recusas a prova de seu valor. Datam dessa época, uma série de primorosos autorretratos, como: O Violinista (1845) e O Homem Desesperado (1845), obras já realistas.

O Homem Desesperado (1845)

Um dos seus quadros mais célebres dessa época é Enterro em Ornans (1849). Esse retrato da vida campestre, vigoroso em sua plasticidade, escandalizou pelo tema e pelo realismo.

Enterro em Ornans (1849)

Após viajar aos Países Baixos e Inglaterra, Courbet fixou-se em Paris quando ligou-se a Baudelaire e outros pintores. Republicano ardente, cedo tornou-se figura notória por discursos acalorados nos cafés. É dessa época a obra Após o Jantar em Ornans (1849), que obteve no Salon uma medalha de segunda classe.

Após o Jantar em Ornans (1849)

O Realismo

Gustave Courbet, influenciado pelos ideais de democracia e socialismo que se seguiram à revolução de 1848, partilhava com seus contemporâneos, a crença de que a arte poderia ser uma força social.

O grupo desprezava os valores burgueses e defendia valores novos para a sociedade, aliando-se com isso ao apelo do povo francês que esperava mudanças profundas no país, que vivia um período de muita miséria. Publicou um manifesto contra as tendências românticas e neoclássicas.

O movimento artístico que foi chamado de “Realismo” substituiu os temas grandiosos e heroicos do Romantismo, por visões simples do cotidiano e o sentimentalismo pela observação imparcial e objetiva.

Evitavam as pinceladas intensas e dramáticas dos românticos, preferindo fazer suas pinturas claras e precisas, com temas de fácil compreensão, em particular os temas sociais.

Os pintores realistas – como Gustave Courbet - voltaram-se para representar as cenas da vida cotidiana e os flagrantes populares, muitas vezes impregnados de ideias políticas. Dizia Courbet “A pintura é uma arte essencialmente objetiva e consiste na representação das coisas reais e existentes”. 

Em 1855 seus quadros foram recusados pela Exposição Universal de Paris, então, Courbet reagiu organizando, em barracas, uma exposição de suas obras “realistas”, entre elas: Os Quebradores de Pedra (1850) e Os Camponeses de Flagey (1855), em que retratou aldeães humildes, camponeses e lavradores ao invés de deuses, heróis e figuras bíblicas temas usuais na época.

Os Quebradores de Pedra (1850)

Os Camponeses de Flagey (1855)

Entre as telas recusadas estava a imensa obra O Ateliê do Artista (1855), chamado pelo artista de “alegoria real”, um autorretrato com um nu representando a verdade e um grupo de personagens simbólicos e amigos do artista.

O Ateliê do Artista (1855)

Gustave Courbet concorreu com sucesso ao Salão de 1860. Sua influência atingiu a Bélgica e a Alemanha, onde esteve entre 1858-1859. Em 1865, Édouard Manet e Whistler tornaram-se seus alunos.

Na década de 1960, pintou uma série de paisagens e temas marinhos, entre elas: Luta de Cervos (1867) e O Mar Agitado (1868), que por se tratamento de luz e o profundo lirismo do conjunto, prenunciaram as novas concepções impressionistas.

O Mar Agitado (1868)

Últimos anos e morte

Em 1870 Courbet foi eleito presidente da comissão dos museus. Com grande escândalo, recusou a Legião de Honra, alegando não querer ser condecorado por Napoleão III.

 Revolucionário e provocador, autorizou que fosse desmontada a coluna Vendôme, decisão que a Comuna decretara em abril de 1871. Restabelecida a ordem, foi responsabilizado pela depredação e condenado a seis meses de prisão e a elevada multa.

Em 1873 refugiou-se na Suíça onde recomeçou a pintar retratos e paisagens. Sua saúde abalada, agravou-se com a notícia da venda em hasta pública de seus bens, inclusive os quadros.

Gustave Courbet faleceu em La Tour-de-Peilz, Suíça, no dia 31 de dezembro de 1877. Em 1919 suas cinzas foram transportadas para Ornans. Numerosos quadros seus estão no Museu do Louvre e no Museu Fabre em Montpellier.

Por Dilva Frazão

Biblioteconomista e professora

Fonte de Consulta: 

https://www.ebiografia.com/gustave_courbet/

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sexta-feira, maio 10, 2024

O Palácio do Catete: residência da Família do Barão de Nova Friburgo

O Palácio do Catete foi construído para ser a residência da Família do Barão de Nova Friburgo em 1866. 

O Palácio foi projetado em 1858 pelo arquiteto alemão Gustave Waehneldt (1830-1873) e ocupado pela família de Antônio Clemente Pinto (1795-1869), barão de Nova Friburgo em 1865 um ano antes do término das obras do então denominado Palácio de Nova Friburgo.



A obra que durou de 1858 a 1866 contou com a participação de escultores, estucadores, gravadores, pedreiros, carpinteiros, entre outros da Alemanha, Portugal e França. 

Destacam-se a participação de Quirino Antonio Vieira, responsável pelos ornamentos e esculturas da fachadas, e do pintor alemão Emil Bauch, principal responsável pela decoração dos interiores. Os retoques de acabamento levaram mais quase uma década para serem finalizados.




Estima-se que as obras custaram cerca de 5.000 contos de réis, sendo uma das luxuosas residências da corte imperial.

António Clemente Pinto, poderoso cafeicultor da região serrana do estado do Rio de Janeiro, conhecido como Barão de Nova Friburgo, viveu no Palácio do Catete com sua esposa e seu filho até 1869. Nessa época, o prédio era chamado de Palacete do Largo do Valdetaro e Palácio de Nova Friburgo.



Após a morte do pai, Antônio Clemente Pinto Filho, o Conde de São Clemente, vendeu o imóvel em 1889 para um grupo de investidores. Esses empresários fundaram no local a Companhia Grande Hotel Internacional – um hotel de luxo -, que acabou não dando muito resultado e faliu em pouco tempo.


No ano 1897, Manuel Vitorino, então vice-presidente do Brasil, assumiu o controle do governo após uma doença do presidente Prudente de Morais. Vitorino, que havia adquirido o Palácio do Catete, fez do local a sede do poder executivo nacional.


Apesar de ter sido local de trabalho comum a todos os presidentes, poucos usaram o Palácio do Catete como moradia. A maioria preferia residir nos outros imóveis oficiais da Presidência da República na cidade, como o Palácio Guanabara e o Palácio Laranjeiras.

Em 6 de abril de 1938, o Palácio do Catete e seu Jardim foram tombados pelo recém-criado Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (SPHAN), hoje Instituto do Patrimônio Histórico.

FONTE DE CONSULTA:
Palácio do Catete – Wikipédia, a enciclopédia livre:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Pal%C3%A1cio_do_Catete

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