quarta-feira, agosto 24, 2011

A diferença entre Revolução e Golpe

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Revolução significa uma transformação profunda, um movimento de grandes proporções que rompe com o que existia até então. Geralmente, ela surge das bases da sociedade e envolve uma grande quantidade de pessoas, alterando as estruturas políticas, econômicas e sociais. A Revolução Francesa de 1789, é um bom exemplo. Ela contou com o envolvimento popular nas cidades e no campo e transformou a ordem vigente.

Já os golpes são uma iniciativa de elites políticas, econômicas e militares, não envolvendo a população, mesmo que, às vezes, contem com apoio popular. Dificilmente um golpe promove mudanças profundas. Em geral, eles ocorrem para preservar ou restaurar uma certa situação política, como a que ocorreu no Brasil em
1964. Uma cúpula militar apoiada por políticos destituiu o presidente João Goulart (1919-1976). Na época não havia um clamor popular para essa ação, embora parte da opinião pública tenha dado apoio a ela. A idéia era frear as mudanças que até então se anunciavam.

Fonte: Revista Nova Escola
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sexta-feira, agosto 19, 2011

19 de Agosto - Dia do Historiador

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A proposta de homenagear os historiadores é de autoria do senador Cristovam Buarque (PDT-DF), um dos políticos mais capacitados para falar de educação neste país. Inicialmente, a data escolhida foi o dia 12 de setembro. Mas ai, foi proposta uma emenda, aprovada pela comissão, que alterava a data para 19 de agosto. Isso tudo foi registrado na LEI Nº 12.130, DE 17 DE DEZEMBRO DE 2009.

O objetivo era aproveitar a data para homenagear Joaquim Nabuco, que nasceu no dia 19 de agosto de 1849. Nabuco, para quem gosta de História do Brasil, foi um dos maiores abolicionistas deste país. Também foi político, diplomata, jurista, jornalista, um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras e também Historiador.

Para homenagear a data de hoje, coloco aqui um trecho da justificativa do senador para criar o Dia do Historiador:

"Um povo sem história é um povo sem memória. Essa afirmação, mais que um dito já popular, é também uma verdade histórica, pois todos os agrupamentos humanos que não preservaram sua memória - em histórias, documentos, objetos de arte e arquitetura - acabaram sucumbindo a ditaduras e até acabaram por desaparecer da face da Terra.

Por essa razão, não apenas a disciplina que trata das histórias dos povos deve merecer nossa atenção, mas também os cientistas que se dedicam a essa tarefa tão nobre. Obviamente, a história se faz por seus protagonistas: lideranças políticas, religiosas e econômicas, por um lado; grupos populares, lutas contra a opressão e pela libertação, por outro. E para registrar tudo, o historiador.

E de tal modo é importante o papel dos historiadores que, por vezes, eles ajudam, também, a reconfigurar a história de um País. Ao lado da Filosofia e da Literatura, a História está presente desde os primeiros momentos da nossa tradição ocidental, constituindo um dos saberes mais antigos de nossa civilização."

Meus parabéns a todos os colegas Historiadores!
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quinta-feira, agosto 18, 2011

Coisas da Escola de Antigamente

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Se você foi criança ou adolescente nos anos 60 e 70 vai curtir esse trabalho genial que eu descobri no SlideShare. São coisas que os jovens de hoje nem imaginam que existia. Dá vontade de chorar de saudades!

domingo, agosto 14, 2011

O dinheiro como divulgador da imagem do Rio de Janeiro, antes mesmo da fotografia

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Sede da Casa da Moeda do Brasil em 1866.
Foto: Biblioteca Nacional (RJ, Brasil)

Em tempos passados, mesmo sem nunca haverem viajado para o Rio de Janeiro, os brasileiros não podiam dizer que desconheciam de todo a cidade.


Eram-lhes certamente familiares as imagens do Pão de Açúcar, em 1835; da Igreja da Candelária, em 1854; da famosa aléia de palmeiras imperiais do Jardim Botânico e do sistema de defesa da Cidade, em 1870.

E em 1889, tornaram-se bastante conhecidas as da Praça D. Pedro II (hoje Praça XV de Novembro); da principal via: a rua Primeiro de Março; das residências imperiais: os Palácios de São Cristóvão e de Petrópolis; dos monumentos públicos cariocas; da praia de Botafogo e da bela construção neoclássica da Casa da Moeda.

A iconografia carioca circulou, sem nenhuma dúvida, por todo o Brasil. Do mais afastado rincão ao maior centro de população e desenvolvimento, os habitantes tiveram, em suas mãos, as imagens da Cidade Maravilhosa antes mesmo da chegada da fotografia.

Naqueles tempos, o dinheiro brasileiro deu a conhecer a face da cidade do Rio de Janeiro.

Com prazer, o Colégio Brasileiro de Genealogia (do qual eu me orgulho de fazer parte) divulga e recomenda um dos diversos trabalhos históricos do presidente Carlos Eduardo Barata. Clique diretamente no link abaixo ou copie-o/cole-o na linha apropriada de seu navegador de Internet.

http://www.youtube.com/watch?v=QykOm_fmOqE
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quarta-feira, agosto 10, 2011

Hitler e Lênin jogando xadrez em Viena

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Uma imagem inédita que mostra Adolf Hitler ainda jovem jogando xadrez com Vladimir Lênin, há 100 anos, foi recentemente revelada e está sendo leiloada por cerca de R$ 122 mil. A foto, que teria sido tirada pela professora de arte do ditador alemão, a judia Emma Lowenstramm, em Viena, no ano de 1909, no verso, o retrato está assinado por ambos.

Na ocasião em que a gravura foi feita, Hitler tinha perto de 20 anos e Lênin, aproximadamente o dobro de sua idade. O alemão era um artista amador e Lênin encontrava-se exilado na capital austríaca. A casa, onde foi retratado o encontro entre os dois, pertenceria a uma importante família judia e serviria de palco para discussões políticas no período. Com a Segunda Guerra Mundial, a família precisou fugir e acabou dando muitos dos seus bens, incluindo a foto em questão, para os seus empregados. E é justamente o tataraneto da governanta desta família que agora tenta vender tanto o registro histórico, quando as peças do antigo jogo de xadrez.

Embora ele afirme ter documentos comprovando a autenticidade do quadro, intitulado "Um jogo de Xadrez: Lênin com Hitler - Viena 1909", especialistas questionam a autenticidade da obra, em especial a presença de Lênin. Porém, de acordo com Richard Westwood-Brookes, que está negociando as peças. As assinaturas a lápis no verso da foto têm cerca de 80% de chance de serem verdadeiras. - Admito que parece bom demais para ser verdade, mas temos evidências muito fortes de que os itens são genuínos.

Polêmicas a parte, a gravura irá à venda em 1º de outubro, na casa de leilões inglesa Mullock’s.


Fonte: http://epocanegocios.globo.com/
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quarta-feira, agosto 03, 2011

A História apalpada

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Na edição do mês de julho, a Revista de História da Biblioteca Nacional traz relatos de momentos importantes do passado brasileiro, o que inclui episódios decisivos da Guerra do Paraguai. O conflito, que envolveu quatro países entre 1864 e 1870, foi o maior da América do Sul. O Paraguai, que saiu derrotado pela aliança entre Argentina, Brasil e Uruguai, acabou pagando um preço bem alto, não apenas em vida e em bens, mas também com a sua memória. O país perdeu, entre outras coisas, documentos e objetos pessoais do ditador Solano López. Alguns destes ficaram guardados na Biblioteca Nacional, no Rio de Janeiro, entre eles a sua espada e a última foto.

Em 1980, o presidente brasileiro João Figueiredo devolveu ao presidente paraguaio, Alfredo Stroessner (ambos ditadores militares), itens confiscados havia 110 anos. O paraguaio agradeceu: "O povo paraguaio queria ver, apalpar e sentir a sua própria história".

Fonte: Brasil - Almanaque de Cultura Popular.
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