sexta-feira, março 18, 2011

Padre jesuíta fez primeiro relato de terremoto no Amazonas em 1690

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Em tempos de terremotos pelo mundo. É sempre bom lembrar alguns fatos que quase sempre ficam guardados nos arquivos da História.

Ao longo de 40 anos, o padre jesuíta Samuel Fritz trabalhou em grandes trechos do rio Solimões em uma área que ia desde a foz do Rio Napo até a foz do Rio Negro, região toda mapeada por ele.
Manaus - "...no anno passado de 1690, pelo mez de junho ocorreu um grandessíssimo terremoto (...): penhascos caidos, arvores grossissimas derraigadas e lançadas ao rio; terras muito altas desmoronadas (...) no meio de pedras e arvores amontoadas sobre as margens; por toda parte lagoas abertas, bosques destruídos e tudo sem ordem misturado (...). Continuavam as ruínas por quatro léguas de rio; terra a dentro tinha sido maior o estrago".

O relato faz parte do diário de Samuel Fritz (IHGB,1917), missionário jesuíta do século XVII, que reportou os estragos causados por um terremoto observados por ele no trecho entre as desembocaduras dos rios Urubu e Negro, e é o primeiro registro histórico dessa instabilidade perto de Manaus, no Amazonas.
Segundo os relatos históricos, em 1690, ocorreu um grande terremoto na Amazônia que derrubou penhascos, árvores grandes e inundou as terras. Todos os índios atribuíam o fato a Samuel Fritz, considerado uma espécie de profeta.

Depois, Assumpção & Suárez (1988) informaram um terremoto de magnitude 5.1, ocorrido em 14 dezembro de 1963, com epicentro na margem esquerda do Rio Negro, na região do arquipélago das Anavilhanas.


Samuel Fernandes Fritz foi um padre missionário e cartógrafo á serviço da Espanha na Companhia de Jesus, que ajudou a catequizar vários povos indígenas nas várzeas do alto Rio Solimões, além de ser um dos grandes críticos contra a expansão portuguesa na Amazônia. Nascido em berço nobre, estudou humanidades e filosofia durante boa parte da juventude, ingressando na Companhia de Jesus aos 19 anos em 1673. No ano de 1685, ele é encaminhado para as Índias Ocidentais, na província de Quito.


Fonte: http://www.d24am.com/

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18 comentários:

Prof. Fabiano Reis disse...

muito interessante saber que esses tremores acontecem em nosso país em diferentes regiões e fica aqui o registro histórico, parabéns prof. Adinalzir

Leonardo Oliveira disse...

Esse post é pertinente ao momento em que vivemos. Que o Japão tenha força para superar esta tragédia. O SAIBA HISTÓRIA sempre com textos interessantes. Parabéns!

esteblogminharua disse...

Adinalzir, achei muito interessante essa informação. Seu blog continua um manancial de interessantes fatos históricos. Parabéns sinceros.
Franz

José Lima Dias Júnior disse...

Bela postagem. A História a serviço da informação! Desconhecia o registro de tremores no Brasil, sobretudo, no século XVII.
Faço das palavras do Franz as minhas, quando diz que "seu blog continua um manancial de interessants fatos históricos".
Saudações cordiais,
Prof. Lima Júnior

André Luis Mansur disse...

Impressionante este relato, professor. Excelente resgate de um assunto pouco conhecido. Abraços.

Adinalzir disse...

Prezado Prof. Fabiano Reis
Sua visita e seus comentários são sempre muito importantes por aqui.
Um grande abraço! :-)

Adinalzir disse...

Caro Leonardo Oliveira
Certamente o Japão é uma civilização extraordinária, e com certeza saberá se reerguer após essa tragédia. Muito obrigado pela visita e um grande abraço!

Adinalzir disse...

Meu caro Franz
Fico grato pela visita. Seus comentários são sempre muito bem vindos.
Abraços sinceros! :-)

Adinalzir disse...

Prezado Prof. José Lima Dias Júnior
Agradeço a honra da sua visita e comentário. Volte sempre!
Um grande abraço!

Adinalzir disse...

Valeu, André Luis Mansur!
Sua visita e seus comentários valorizam cada vez mais o meu trabalho. Fico muito grato!

Construindo História Hoje disse...

Olá, Professor Adinalzir.
Muito interessante o texto,pois aborta um relato de terromoto na Amazônia. Faz-me pensar quantos arquivos, diários e textos importantissimos como estes estão mofando em algum museu ou arquivo público esperando historiadores para traze-los novamente ao povo.
Parabéns pela escolha do texto!
Um abraço,
Leandro

Victor Faria disse...

Excelente post, professor! É o Saiba História sempre resgatando fatos esquecidos em nossos arquivos.
Abraço!

Adinalzir disse...

Prezado Leandro CHH
É isso aí, a riqueza da História, está presente em todos os lugares. Só é preciso que apareçam pessoas para farejar e resgatar os fatos.
Muito obrigado pela visita! :-)

Adinalzir disse...

Valeu, Victor Faria!
Fico grato pela visita e comentário. Aguarde que estarei também lá no Papo de Informática.
Abraços e um ótimo domingo! :-)

Unknown disse...

Como é bom passar aqui, ficamos por dentro de assuntos que a história nos deixou.
E o Sr. Prof. é um mestre em nos mostrar.
Abraço

Adinalzir disse...

Meu caro Lucidreira
Ando meio sem tempo para responder e visitar os amigos. Mas vim aqui para agradecer a sua visita e comentário. Valeu! :-)

Marcia Gomes Freire disse...

Professor gosto muito de seu blog aprendo muito com ele, gostei muito deste post, estou trabalhando os jesuitas no Brasil no período de 1600 e vou apresentar seu texto citando as fontes é claro muito pertinente no momento, obrigada e parabéns

Adinalzir disse...

Prezada Marcia Gomes Freire
Fico muito lisonjeado com sua visita e comentário. Só tenho a agradecer.
Volte sempre! :-)