Vejam aqui alguns fatos interessantes publicados no Jornal do Brasil, um dos mais antigos jornais em circulação no país, que mostram de forma clara que a questão da violência e do tráfico de drogas não tem limites e nem idade. O que mostra que a questão da violência social no Brasil é secular, vem desde a Colônia, passa pelo Império e chega na República.
Em 9 de agosto de 1892:
"Ontem, bem em frente ao Palacete Itamarati, foram presos dois menores, por terem furtado um relógio de ouro a um transeunte da Rua Larga de São Joaquim."
Em 4 de setembro de 1892:
"O Dr. Vaz Pinto, terceiro delegado, deu ontem busca na casa nº 1 da Rua do Costa e ai encontrou dois indivíduos a quem deu voz de prisão como suspeitos de serem ladrões. Na casa foi encontrada grande quantidade de uniformes, tanto da Marinha, quanto do Exército, uniformes que, ao que parece, serviam para disfarçar paisanos que se entregavam a gatunagem."
Em 15 de julho de 1922:
"Foram presos ontem três vendedores de cocaína: Heitor Dias Campelo, e os portugueses Henrique Marques e Joaquim Corrêa. Levados ao nono distrito, nada quiseram confessar. Novamente interrogados, porém, pelo senhor delegado, com muito jeito e truques habilíssimos, terminaram por reconhecer que eram vendedores do violento veneno e denunciaram como seu cúmplice um soldado da Polícia Militar."
Em 19 de julho de 1922:
"O comissário Castelo Branco prendeu ontem em flagrante João Antonio Fernandes, que vendia cocaína na Praça dos Arcos. Foram encontrados em seu poder cinco gramas do terrivel tóxico."
Para complementar. A imagem acima de autoria de Angelo Agostini, publicada no jornal Don Quixote em 1896, mostra uma extrema coincidência dos fatos também publicados em outros jornais. Onde podemos perceber que praticamente pouca coisa mudou. (Clique no desenho para ampliar e ver mais detalhes).
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