terça-feira, dezembro 30, 2008

Está chegando o Ano Novo!

O Ano-Novo é um evento que acontece quando uma cultura celebra o fim de um ano e o começo do próximo. Todas as culturas que têm calendários anuais celebram o "Ano-Novo".

A celebração do evento é também chamada de reveillon, termo oriundo do verbo réveiller, que em francês significa "despertar".

A comemoração ocidental tem origem num decreto do governador romano Júlio César, que fixou o 1º de janeiro como o Dia do Ano-Novo, em 46 a.C. Os romanos dedicavam esse dia a Jano, o deus dos portões. O mês de Janeiro, deriva do nome de Jano, que tinha duas faces: uma voltada para frente e a outra para trás.

Logo, aproveitando a oportunidade. Gostaria de desejar a todos os meus amigos um Feliz Ano Novo!

Evolução?


Será que desde o começo do mundo, houve até agora uma evolução? Veja o vídeo e deixe logo abaixo o seu comentário.


domingo, dezembro 28, 2008

Meus parabéns a Biblioteca Nacional



Biblioteca Nacional. Arquivo do IBGE

Não poderia deixar de colocar aqui também este artigo interessante de autoria de José Augusto Júnior do site Canção Nova Notícias e que muito contribui para a importância desse ícone cultural que todos nós brasileiros deveríamos conhecer. 
Leiam o texto na íntegra. 

"Acervo digital da Biblioteca Nacional é um dos maiores do mundo" A imponente arquitetura da fachada é apenas um aperitivo do que se apresenta internamente. Com o maior acervo bibliográfico do Brasil, a Biblioteca Nacional é, de fato, monumental. São cerca de dez milhões de itens entre livros, manuscritos, fotografias e documentos, conservados de forma bem cuidadosa. Após cada consulta, tudo é revisado e limpo antes de voltar para as prateleiras. A preservação deste verdadeiro museu, aliado ao processo de modernização, criou um processo de digitalização de cada item existente da biblioteca o que melhorou o acesso e gerou um número maior de consultas. 


Biblioteca Nacional. Arquivo BN Digital

No site da Biblioteca Nacional é possível folhear publicações históricas como o cardápio do último baile do Brasil Império, partituras de músicas clássicas, pinturas de artistas consagrados, verdadeiras obras de arte. Todas acessíveis aos usuários. Com relação a digitalização a Biblioteca Nacional está entre as oito maiores do mundo. A tecnologia deve proporcionar um crescimento ainda maior no acesso virtual e transformar os livros, cada vez mais, em peças de arte. Pela internet ou pela moda antiga, bom mesmo é praticar a leitura.

quarta-feira, dezembro 24, 2008

A verdadeira história do Natal


Nesta data não poderia deixar de registrar aqui a origem do Natal e o significado da sua comemoração. Conheça a história e as inúmeras tradições que deram origem à Noite Feliz.

Roma, século 2, dia 25 de dezembro. A população está em festa, em homenagem ao nascimento daquele que veio para trazer benevolência, sabedoria e solidariedade aos homens. Cultos religiosos celebram o ícone, nessa que é a data mais sagrada do ano. Enquanto isso, as famílias apreciam os presentes trocados dias antes e se recuperam de uma longa comilança.

Mas não. Essa comemoração não é o Natal. Trata-se de uma homenagem à data de "nascimento" do deus persa Mitra, que representa a luz e, ao longo do século 2, tornou-se uma das divindades mais respeitadas entre os romanos. Qualquer semelhança com o feriado cristão, no entanto, não é mera coincidência.

A história do Natal começa, na verdade, pelo menos 7 mil anos antes do nascimento de Jesus. É tão antiga quanto a civilização e tem um motivo bem prático: celebrar o solstício de inverno, a noite mais longa do ano no hemisfério norte, que acontece no final de dezembro. Dessa madrugada em diante, o sol fica cada vez mais tempo no céu, até o auge do verão. É o ponto de virada das trevas para luz: o "renascimento" do Sol. Num tempo em que o homem deixava de ser um caçador errante e começava a dominar a agricultura, a volta dos dias mais longos significava a certeza de colheitas no ano seguinte. E então era só festa. Na Mesopotâmia, a celebração durava 12 dias. Já os gregos aproveitavam o solstício para cultuar Dionísio, o deus do vinho e da vida mansa, enquanto os egípcios relembravam a passagem do deus Osíris para o mundo dos mortos. Na China, as homenagens eram (e ainda são) para o símbolo do yin-yang, que representa a harmonia da natureza. Até povos antigos da Grã-Bretanha, mais primitivos que seus contemporâneos do Oriente, comemoravam: o forrobodó era em volta de Stonehenge, monumento que começou a ser erguido em 3100 a.C. para marcar a trajetória do Sol ao longo do ano.

A comemoração em Roma, então, era só mais um reflexo de tudo isso. Cultuar Mitra, o deus da luz, no 25 de dezembro era nada mais do que festejar o velho solstício de inverno – pelo calendário atual, diferente daquele dos romanos, o fenômeno na verdade acontece no dia 20 ou 21, dependendo do ano. Seja como for, esse culto é o que daria origem ao nosso Natal. Ele chegou à Europa lá pelo século 4 a.C., quando Alexandre, o Grande, conquistou o Oriente Médio. Centenas de anos depois, soldados romanos viraram devotos da divindade. E ela foi parar no centro do Império.

Mitra, então, ganhou uma celebração exclusiva: o Festival do Sol Invicto. Esse evento passou a fechar outra farra dedicada ao solstício. Era a Saturnália, que durava uma semana e servia para homenagear Saturno, senhor da agricultura. "O ponto inicial dessa comemoração eram os sacrifícios ao deus. Enquanto isso, dentro das casas, todos se felicitavam, comiam e trocavam presentes", dizem os historiadores Mary Beard e John North no livro Religions of Rome ("Religiões de Roma", sem tradução para o português). Os mais animados se entregavam a orgias – mas isso os romanos faziam o tempo todo. Bom, enquanto isso, uma religião nanica que não dava bola para essas coisas crescia em Roma: o cristianismo.

Solstício cristão
As datas religiosas mais importantes para os primeiros seguidores de Jesus só tinham a ver com o martírio dele: a Sexta-Feira Santa (crucificação) e a Páscoa (ressurreição). O costume, afinal, era lembrar apenas a morte de personagens importantes. Líderes da Igreja achavam que não fazia sentido comemorar o nascimento de um santo ou de um mártir – já que ele só se torna uma coisa ou outra depois de morrer. Sem falar que ninguém fazia idéia da data em que Cristo veio ao mundo – o Novo Testamento não diz nada a respeito. Só que tinha uma coisa: os fiéis de Roma queriam arranjar algo para fazer frente às comemorações pelo solstício. E colocar uma celebração cristã bem nessa época viria a calhar – principalmente para os chefes da Igreja, que teriam mais facilidade em amealhar novos fiéis. Aí, em 221 d.C., o historiador cristão Sextus Julius Africanus teve a sacada: cravou o aniversário de Jesus no dia 25 de dezembro, nascimento de Mitra. A Igreja aceitou a proposta e, a partir do século 4, quando o cristianismo virou a religião oficial do Império, o Festival do Sol Invicto começou a mudar de homenageado. "Associado ao deus-sol, Jesus assumiu a forma da luz que traria a salvação para a humanidade", diz o historiador Pedro Paulo Funari, da Unicamp. Assim, a invenção católica herdava tradições anteriores. "Ao contrário do que se pensa, os cristãos nem sempre destruíam as outras percepções de mundo como rolos compressores. Nesse caso, o que ocorreu foi uma troca cultural", afirma outro historiador especialista em Antiguidade, André Chevitarese, da UFRJ.

Não dá para dizer ao certo como eram os primeiros Natais cristãos, mas é fato que hábitos como a troca de presentes e as refeições suntuosas permaneceram. E a coisa não parou por aí. Ao longo da Idade Média, enquanto missionários espalhavam o cristianismo pela Europa, costumes de outros povos foram entrando para a tradição natalina. A que deixou um legado mais forte foi o Yule, a festa que os nórdicos faziam em homenagem ao solstício. O presunto da ceia, a decoração toda colorida das casas e a árvore de Natal vêm de lá. Só isso. Outra contribuição do norte foi a idéia de um ser sobrenatural que dá presentes para as criancinhas durante o Yule. Em algumas tradições escandinavas, era (e ainda é) um gnomo quem cumpre esse papel. Mas essa figura logo ganharia traços mais humanos.

Nasce o Papai Noel
Ásia Menor, século 4. Três moças da cidade de Myra (onde hoje fica a Turquia) estavam na pior. O pai delas não tinha um gato para puxar pelo rabo, e as garotas só viam um jeito de sair da miséria: entrar para o ramo da prostituição. Foi então que, numa noite de inverno, um homem misterioso jogou um saquinho cheio de ouro pela janela (alguns dizem que foi pela chaminé) e sumiu. Na noite seguinte, atirou outro; depois, mais outro. Um para cada moça. Aí as meninas usaram o ouro como dotes de casamento – não dava para arranjar um bom marido na época sem pagar por isso. E viveram felizes para sempre, sem o fantasma de entrar para a vida, digamos, "profissional". Tudo graças ao sujeito dos saquinhos. O nome dele? Papai Noel.

Bom, mais ou menos. O tal benfeitor era um homem de carne e osso conhecido como Nicolau de Myra, o bispo da cidade. Não existem registros históricos sobre a vida dele, mas lenda é o que não falta. Nicolau seria um ricaço que passou a vida dando presentes para os pobres. Histórias sobre a generosidade do bispo, como essa das moças que escaparam do bordel, ganharam status de mito. Logo atribuíram toda sorte de milagres a ele. E um século após sua morte, o bispo foi canonizado pela Igreja Católica. Virou são Nicolau.

Um santo multiuso: padroeiro das crianças, dos mercadores e dos marinheiros, que levaram sua fama de bonzinho para todos os cantos do Velho Continente. Na Rússia e na Grécia Nicolau virou o santo nº1, a Nossa Senhora Aparecida deles. No resto da Europa, a imagem benevolente do bispo de Myra se fundiu com as tradições do Natal. E ele virou o presenteador oficial da data. Na Grã-Bretanha, passaram a chamá-lo de Father Christmas (Papai Natal). Os franceses cunharam Pére Nöel, que quer dizer a mesma coisa e deu origem ao nome que usamos aqui. Na Holanda, o santo Nicolau teve o nome encurtado para Sinterklaas. E o povo dos Países Baixos levou essa versão para a colônia holandesa de Nova Amsterdã (atual Nova York) no século 17 – daí o Santa Claus que os ianques adotariam depois. Assim o Natal que a gente conhece ia ganhando o mundo, mas nem todos gostaram da idéia.

Natal fora-da-lei
Inglaterra, década de 1640. Em meio a uma sangrenta guerra civil, o rei Charles 1º digladiava com os cristãos puritanos – os filhotes mais radicais da Reforma Protestante, que dividiu o cristianismo em várias facções no século 16. Os puritanos queriam quebrar todos os laços que outras igrejas protestantes, como a anglicana, dos nobres ingleses, ainda mantinham com o catolicismo. A idéia de comemorar o Natal, veja só, era um desses laços. Então precisava ser extirpada.
Primeiro, eles tentaram mudar o nome da data de "Christmas" (Christ’s mass, ou Missa de Cristo) para Christide (Tempo de Cristo) – já que "missa" é um termo católico. Não satisfeitos, decidiram extinguir o Natal numa canetada: em 1645, o Parlamento, de maioria puritana, proibiu as comemorações pelo nascimento de Cristo. As justificativas eram que, além de não estar mencionada na Bíblia, a festa ainda dava início a 12 dias de gula, preguiça e mais um punhado de outros pecados.

A população não quis nem saber e continuou a cair na gandaia às escondidas. Em 1649, Charles 1º foi executado e o líder do exército puritano Oliver Cromwell assumiu o poder. As intrigas sobre a comemoração se acirraram, e chegaram a pancadaria e repressões violentas. A situação, no entanto, durou pouco. Em 1658 Cromwell morreu e a restauração da monarquia trouxe a festa de volta. Mas o Natal não estava completamente a salvo. Alguns puritanos do outro lado do oceano logo proibiriam a comemoração em suas bandas. Foi na então colônia inglesa de Boston, onde festejar o 25 de dezembro virou uma prática ilegal entre 1659 e 1681. O lugar que se tornaria os EUA, afinal, tinha sido colonizado por puritanos ainda mais linha-dura que os seguidores de Cromwell. Tanto que o Natal só virou feriado nacional por lá em 1870, quando uma nova realidade já falava mais alto que cismas religiosas.

Tio Patinhas
Londres, 1846, auge da Revolução Industrial. O rico Ebenezer Scrooge passa seus Natais sozinho e quer que os pobres se explodam "para acabar com o crescimento da população", dizia. Mas aí ele recebe a visita de 3 espíritos que representam o Natal. Eles lhe ensinam que essa é a data para esquecer diferenças sociais, abrir o coração, compartilhar riquezas. E o pão-duro se transforma num homem generoso.

Eis o enredo de Um Conto de Natal, do britânico Charles Dickens. O escritor vivia em uma Londres caótica, suja e superpopulada – o número de habitantes tinha saltado de 1 milhão para 2,3 milhões na 1a metade do século 19. Dickens, então, carregou nas tintas para evocar o Natal como um momento de redenção contra esse estresse todo, um intervalo de fraternidade em meio à competição do capitalismo industrial. Depois, inúmeros escritores seguiram a mesma linha – o nome original do Tio Patinhas, por exemplo, é Uncle Scrooge, e a primeira história do pato avarento, feita em 1947, faz paródia a Um Conto de Natal. Tudo isso, no fim das contas, consolidou a imagem do "espírito natalino" que hoje retumba na mídia. Quer dizer: quando começar o próximo especial de Natal da Xuxa, pode ter certeza de que o fantasma de Dickens vai estar ali.

Outra contribuição da Revolução Industrial, bem mais óbvia, foi a produção em massa. Ela turbinou a indústria dos presentes, fez nascer a publicidade natalina e acabou transformando o bispo Nicolau no garoto-propaganda mais requisitado do planeta. Até meados do século 19, a imagem mais comum dele era a de um bispo mesmo, com manto vermelho e mitra – aquele chapéu comprido que as autoridades católicas usam. Para se enquadrar nos novos tempos, então, o homem passou por uma plástica. O cirurgião foi o desenhista americano Thomas Nast, que em 1862, tirou as referências religiosas, adicionou uns quilinhos a mais, remodelou o figurino vermelho e estabeleceu a residência dele no Pólo Norte – para que o velhinho não pertencesse a país nenhum. Nascia o Papai Noel de hoje. Mas a figura do bom velhinho só bombaria mesmo no mundo todo depois de 1931, quando ele virou estrela de uma série de anúncios da Coca-Cola. A campanha foi sucesso imediato. Tão grande que, nas décadas seguintes, o gorducho se tornou a coisa mais associada ao Natal. Mais até que o verdadeiro homenageado da comemoração. Ele mesmo: o Sol.

Bibliografia:
Texto de Thiago Minami e Alexandre Versignassi.
Religions of Rome - Mary Beard, John North; Cambridge, EUA, 1998
Santa Claus: A Biography - Gerry Bowler, McClelland & Stewart, EUA, 2005
www.candlegrove.com/solstice.html - Como várias culturas comemoram o solstício de inverno.

terça-feira, dezembro 23, 2008

Uma Árvore de Natal do futuro!


Gostaria de registrar aqui a beleza da fachada do prédio do Núcleo Avançado em Educação (Nave), escola estadual que funciona na Tijuca, RJ. A arte, aplicada na tela que cobre o prédio, foi criada pelos próprios estudantes com a colaboração dos designers Jair de Souza e Pojucan. Ficou uma bela composição de números binários, onde se misturam futurismo e harmonia visual. Os meus parabéns aos alunos, a professora Rita Quaresma Avellar e a todos que participaram desse belo projeto que faz parte da história do Nave. Um Feliz Natal e um ótimo 2009 para todos!

segunda-feira, dezembro 22, 2008

Uma aula interessante


Achei muito interessante a letra da música “Sapopemba e Maxambomba”, cantada por Zeca Pagodinho com letra de autoria de Nei Lopes e Wilson Moreira. É uma verdadeira aula de história da Baixada Fluminense e seus arredores. Deixo aqui os meus parabéns ao meu amigo historiador Alexandre Santos pelo incrível achado.

Confira abaixo a letra na íntegra:

Sapopemba e Maxambomba

(E esta vai pros pagodeiros da Baixada Fluminense)
(Segura aí!)

Tairetá hoje é Paracambi
E a vizinha Japeri
Um dia se chamou Belém (final do trem)
E Magé, com a serra lá em riba
Guia de Pacobaiba
Um dia já foi também (tempo do vintém)

Deodoro também já foi Sapopemba
Nova Iguaçu, Maxambomba
Vila Estrela hoje é Mauá (Piabetá)
Xerém, Imbariê
Mas quem diria
Que até Duque de Caxias
Foi Nossa Senhora do Pilar

Xerém, Imbariê
Mas quem diria
Que até Duque de Caxias
Foi Nossa Senhora do Pilar

Tairetá...

Tairetá hoje é Paracambi
E a vizinha Japeri
Um dia se chamou Belém (final do trem)
E Magé, com a serra lá em riba
Guia de Pacobaiba
Um dia já foi também (tempo do vintém)

Deodoro também já foi Sapopemba
Nova Iguaçu, Maxambomba
Vila Estrela hoje é Mauá (Piabetá)
Xerém, Imbariê
Mas quem diria
Que até Duque de Caxias
Foi Nossa Senhora do Pilar

Xerém, Imbariê
Mas quem diria
Que até Duque de Caxias
Foi Nossa Senhora do Pilar

Atualmente a nossa velha Baixada
Tá pra lá de levantada
Com o progresso que chegou
Tá tudo "Olinda"
O esquadrão fechou a tampa
O negócio é Rio-Sampa
Grande Rio e Beija-Flor

Morreu Tenório
Terminou sua epopéia
E Joãozinho da Goméia
Foi Oló, desencarnou
Naquele tempo
Do velho Amaral Peixoto
Meu avô era garoto
E hoje eu sou quase avô

Tairetá...

Tairetá hoje é Paracambi
E a vizinha Japeri
Um dia se chamou Belém (final do trem)
E Magé, com a serra lá em riba
Guia de Pacobaiba
Um dia já foi também (tempo do vintém)

Deodoro (que bonito!) também já foi Sapopemba
Nova Iguaçu, Maxambomba
Vila Estrela hoje é Mauá (Piabetá)
Xerém, Imbariê
Mas quem diria
Que até Duque de Caxias
Foi Nossa Senhora do Pilar

Xerém, Imbariê
Mas quem diria
Que até Duque de Caxias
Foi Nossa Senhora do Pilar

Atualmente a nossa velha Baixada
Tá pra lá de levantada
Com o progresso que chegou
Tá tudo "Olinda"
O esquadrão fechou a tampa
O negócio é Rio-Sampa
Grande Rio e Beija-Flor

Morreu Tenório
Terminou sua epopéia
E Joãozinho da Goméia
Foi Oló, desencarnou
Naquele tempo
Do velho Amaral Peixoto
Meu avô era garoto
E hoje sou quase avô

Naquele tempo
Do velho Amaral Peixoto
Meu avô era garoto
E hoje sou já sou avô

Quer ouvir um pouquinho? Acesse:

http://www.lastfm.pt/music/Zeca+Pagodinho/Zeca+Pagodinho+Ao+Vivo/Sapopemba+e+Maxambomba

O Velho Oeste carioca


No dia 13/12/2008 estive no lançamento do livro “O Velho Oeste carioca” do jornalista André Mansur. O evento foi no Chopp da Villa, na Estrada do Pré, 91, em Campo Grande, RJ. Foi um autêntico encontro de saudosistas da história da Zona Oeste num ambiente agradável e acolhedor, que até então eu não conhecia. Lá estavam presentes amigos e admiradores do autor. Entre eles o Matusalém e esposa, que eu tive o prazer de conhecer.

O que mais me impressionou no local foram as fotos de antigos personagens e outras curiosidades que fizeram a história do bairro. O simpático bar, onde se pode tomar um chope gelado, beber um vinho da melhor qualidade e curtir os amigos, merece até ser incluído como mais um ponto cultural em Campo Grande. Meus parabéns ao Mansur e ao seu Ernesto pela excelente iniciativa e pelo faro intelectual.

Saiba mais:
http://emendasesonetos.blogspot.com/2008/11/o-velho-oeste-cariocalanamento_17.html

E o João se foi


Aqui do Rio de Janeiro, do outro lado da “poça”, não poderia deixar de registrar com muito pesar, o falecimento do meu amigo professor de História João Batista de Andrade, cuja morte ocorrida no dia 09/12/2008 deixou órfãos todos aqueles que com ele conviveram. Principalmente os que residem na cidade de Niterói, que ficou de luto.

Tive a oportunidade de conviver com o João, durante as aulas do curso de pós-graduação em História do Brasil na UFF no período de 2003 a 2004 e também nos inúmeros contatos que tínhamos através da internet. Conviver com sua inquietude, seu espirito brincalhão, sua irreverência juvenil, seu constante desconforto em relação aos mais humildes e seu despojamento material, foi para mim um grande prazer. São pessoas como ele que nos trazem com sua presença uma sensação de pureza. O João foi para mim, aquele brincalhão sério que com sua simplicidade, sempre  nos divertiu e provocou a nossa consciência.

Infelizmente a cidade de Niterói ficou mais triste. Meu querido João, descanse em Paz. Um grande abraço para você e todos os seus amigos!

Obs: “Poça”. Era assim que o João se referia a todos os seus colegas de curso que moravam do outro lado da baía de Guanabara.

Nos versos abaixo deixo aqui a minha homenagem ao João:

"Há homens que lutam um dia, e são bons;
Há outros que lutam um ano, e são melhores;
Há aqueles que lutam muitos anos, e são muito bons;
Porém há os que lutam toda a vida:
Estes são imprescindíveis"

Bertold Brecht

Quer saber mais sobre o carisma do João acesse:

quinta-feira, dezembro 04, 2008

A “nave” da tecnologia contribuindo para a história da educação digital

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Gostaria de registrar aqui as minhas impressões sobre o Descolagem #3 realizado no dia 22/11/2008. E também dizer que eu estive lá.

Logo na entrada, pelo colorido do prédio de número 204 da Rua Uruguai, na Tijuca, no Rio de Janeiro, já se percebe que ali funciona uma escola diferente. Na verdade, talvez seja a única do tipo no Brasil. Uma escola moderna com formação técnica digital, um clima futurista, horário integral, inovadora e interativa. Durante o evento, o que mais me impressionou foi o entusiasmo e o interesse do público presente em todas as palestras dadas e onde o que mais se buscou por parte de todos os palestrantes, foi a troca de saberes e conhecimento.


Adinalzir Pereira e Alexandre Rosa Sales
É sempre muito importante estimular os jovens e os professores com projetos como esse, que valorizam o trabalho coletivo e as novas tecnologias. E para mim, projetos desse tipo têm sido um bom exemplo. O problema é o despreparo da maioria dos professores, pois a meu ver existe um abismo tecnológico entre os alunos e os próprios educadores. O que para os jovens significa uma coisa natural, para o professor, infelizmente, é um enorme desafio a ser vencido. E aí está lançada a questão. Como contar com os professores nesse processo?

Um dos temas do evento

Sugiro, para quem não assistiu e até mesmo para quem quiser repetir. Ver também os seguintes vídeos:

http://videolog.uol.com.br/video.php?id=389425
http://videolog.uol.com.br/videos.php?ordem=1&periodo=1&id_usuario=373404
http://videolog.uol.com.br/videos.php?ordem=1&periodo=1&id_usuario=373404
http://maffalda.blogspot.com/2008/11/cobertura-do-descolagem-3.html